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As relações fonte-dreno e a produtividade brasileira de 2012 - uma reflexão

GUILHERME JULIANO BRAGA DA ROSA

EM 22/11/2011

11 MIN DE LEITURA

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Num contexto de baixíssimos estoques de arábicas finos, problemas climáticos na América Central e uma Colômbia ainda em processo de reestruturação de seu parque cafeeiro, todos os olhos se voltam para o tamanho da próxima safra brasileira. Fontes “altistas” alardeiam que será a maior safra já vista. As “baixistas” alertam para os problemas climáticos ocorridos no último período seco (maio/setembro), cuja intensidade e duração acentuadas teriam repercutido negativa e fortemente sobre o potencial produtivo dos cafezais.

Não se têm a intenção de municiar com argumento qualquer setor da cadeia café, sejam vendedores ou compradores. O foco é fomentar a discussão técnica a respeito de alguns fatores condicionantes da próxima safra, principalmente no que tange ao balanço energético das plantas submetidas ao estresse hídrico. Para tanto, avaliemos os eventos ocorridos no período que antecedeu a florada 2011.

1. Cotações do café x aporte de insumos

Sabe-se que, quando se trata de lavoura cafeeira, uma safra começa a ser preparada com 2 anos de antecedência. Eis o motivo: a produção que colheremos em 2012 é fruto da florada ocorrida em 2011. Como a floração/frutificação em Coffea arabica ocorre em ramos novos, estes são forçosamente formados na estação anterior, ou seja, setembro/2010 a março/2011. Sendo assim, a próxima safra (2012) começou a ser preparada no 2º semestre de 2010, com os tratos culturais que se iniciaram após a colheita daquele ano.
A partir de junho/2010 uma nova realidade se impôs ao mercado de arábicas, com as cotações suplantando consistentemente, depois de muitos anos, a marca de R$ 300,00 por saca ao produtor brasileiro (aproximadamente 170,00 US$ cents/lb em NY). Esta arrancada foi praticamente contínua até março/2011, a partir de quando o contrato “C” estabeleceu uma nova faixa de operação entre 230 e 300 US$ cents/lb (gráfico 1).
Gráfico 1: 1º Vencimento - contrato C (Café arabica, cents/lb x mês/ano – NY); fonte: ICE.

A repercussão deste aumento de preços, naquele fim de 2010, época de planejamento e compra de insumos, foi um crescimento da tecnologia por parte dos cafeicultores de todos os estratos (familiares, pequenos, médios e grandes). Desde o ano de 2000 não se via uma relação de troca tão favorável entre café e adubos (gráfico 2). E desde a safra 2008, quando os fertilizantes – antes da crise subprime – atingiram seu mais alto preço na história recente da agricultura, produtores aguardavam melhores condições para investir em suas lavouras.
Gráfico 2: relação de troca (sacas café / adubo 20:05:20); fonte: Instituto de Economia Agrícola (IEA/SP).

Ao contrário do que aconteceu naquele 2008/09, quando muitos produtores cortaram insumos e reduziram adubação, na execução dos tratos da safra 2010/11 (setembro/10 a março/11) houve aumento significativo no aporte de fertilizantes. Isto resultou numa exuberância vegetativa dos cafezais como há anos não se via, com expressivo crescimento de ramos: começava a se desenhar a safra 2012.

Neste período os cafeeiros, quase todos com uma carga reduzida devido à bienalidade, apresentaram superávit na geração de energia e de carboidratos (CHO’s), que permitiram o crescimento de novos lançamentos, bem como o armazenamento do excedente sob a forma de amido em suas folhas, ramos e troncos.

2. Colheita 2011 – mais cara e mais mecanizada – e seu reflexo na produtividade 2012

Enquanto isso, a cafeicultura sofria cada vez mais a concorrência pela mão-de-obra com outras atividades, industriais e agrícolas, e a percepção, por parte dos trabalhadores rurais, de que o café voltara a remunerar os produtores. Isto exerceu forte pressão sobre o valor do trabalho nas últimas duas colheitas. A mão-de-obra temporária, fortemente demandada neste período, atingiu patamares médios acima de R$ 70,00 /dia em muitas regiões, passando de R$ 100,00 / dia em locais de maior demanda.

Esta supervalorização da mão-de-obra impulsionou ainda mais a mecanização da colheita, com todas as vantagens já conhecidas que ela traz. Entretanto um ponto tem sido pouco discutido/alardeado a respeito da prática da colheita mecânica no ano de safra baixa, qual seja: a redução do potencial de produção de lavouras colhidas mecanicamente naquela situação.

Apesar de inúmeros trabalhos de pesquisa que demonstrem que colheita mecânica bem feita não repercute em redução da produtividade no ano subseqüente, a campo se observou, ao longo de 2011, inúmeras lavouras desfolhadas e danificadas pelas colhedoras. A possível explicação para tal fato se apóia nas evidências de que lavouras em ano de baixa safra, quando colhidas manualmente, têm apenas alguns poucos ramos injuriados pelas mãos do colhedor – aqueles ramos com frutos. Ao passo que na colheita mecanizada, muito embora apenas parte dos ramos possua frutos, todos os ramos são atingidos pelas hastes da máquina.

Ficam os questionamentos: estão adequados os parâmetros de colheita (velocidade, vibração etc.) atualmente utilizados? Estariam as colhedoras injuriando as lavouras mais novas? Estaria havendo imperícia por parte dos operadores, muitos novatos de profissão? Segundo SANTINATO et al. (2011), há situações em que vibrações de 750 ciclos por minuto causam menos danos às plantas que a 950. Mas parte considerável das propriedades ainda utiliza vibrações entre 900 e 1000 ciclos/minuto. Lavouras em que já se utiliza a muito tempo colheita mecanicamente aparentemente sofreram menos injúrias que aquelas de 1ª ou 2ª utilização.

De qualquer forma, a super-utilização da vibração como instrumento de retirada de maior quantidade de café da árvore num contexto bienal de baixa produção como em 2011, parece ter reduzido o potencial de produção de inúmeras lavouras para 2012, causando aumento da desfolha justamente no período em que se preparava a florada da safra alta.

3. Balanço hídrico 2011: muita água no início, seca prolongada no final

Em 2011 o clima se mostrou atípico: apesar de um fevereiro muito pouco chuvoso, em março muitas regiões receberam mais de 300 mm de chuvas. As lavouras entraram o período seco com uma confortável reserva hídrica. Uma geada prejudicou severamente algumas lavouras no sul de Minas, mas ficou restrita a algumas regiões cuja topografia propiciou o acúmulo do ar frio.

A colheita 2011 foi extremamente favorável à qualidade, com pouquíssima chuva. Entretanto, setembro se desenharia como um dos mais secos dos últimos anos para boa parte das regiões cafeeiras. As estações meteorológicas do PROCAFÉ de Boa Esperança (Sul), Araxá, Patrocínio e Araguari (Triângulo) apresentaram déficits hídricos acima de 200 mm no final de setembro. Sabe-se que déficits hídricos acima de 150 mm são danosos à produção, fazendo-se necessário o uso da irrigação.
Gráficos 3 a 6: balanço hídrico 2011 para Boa Esperança, Araxá, Patrocínio e Varginha (MG); fonte: PROCAFÉ

 
Além de castigar o cerrado e o sul de Minas, o déficit hídrico acentuado também se fez presente na Mogiana paulista e, em menor grau, na Zona da Mata mineira, embora sem apresentar dano significativo às lavouras de arabica do Espírito Santo.
O retorno a uma situação de disponibilidade de água no solo em 2011 ocorreu apenas no início de outubro, o que proporcionou a 1ª florada entre os dias 12 e 13 daquele mês.

Estes eventos condicionaram estresses fisiológicos em maior ou menor grau nas diversas regiões, que acarretaram e ainda acarretarão algumas ocorrências nos cafeeiros, quais sejam:

4. Quedas de folhas e esgotamento das reservas da planta: mecanismos de defesa frente às secas

A queda de folhas é uma resposta fisiológica natural das plantas ao déficit hídrico acentuado. É uma maneira de conservar água em períodos críticos. Secas e altas temperaturas afetam acentuadamente a duração foliar por promoverem uma diminuição dos níveis de carboidratos (CHO’s) das folhas (RENA & MAESTRI). Existe uma relação direta entre falta de água no solo e teor de etileno nas folhas, o hormônio associado a situações de estresse nas plantas e abscisão foliar.

Muitas lavouras chegaram muito menos enfolhadas que o usual no período de floração deste ano. O verde claro - quase amarelado - que preponderou nas lavouras durante todo o mês de outubro revelava a predominância absoluta de folhas novas sobre as velhas – estas quase todas caídas ao chão devido à deficiência de água nos solos.

Apesar da intensa desfolha, a floração foi abundante e muitos ramos, principalmente no ponteiro, apresentando pegamento de frutos extremamente satisfatório. Entretanto, uma observação mais acurada dos ramos em muitas lavouras denuncia uma situação paradoxal: ramos com 100 a 150 frutos (chumbinhos) sem nenhuma folha fisiologicamente madura – apenas folhas novas. Qual o resultado disto para os próximos dias?

O cafeeiro demora 14 a 20 dias para emitir cada novo par de folhas em períodos quentes do ano. Enquanto a folha está em crescimento, se comporta como um dreno metabólico, não como fonte. Em outras palavras, durante seu desenvolvimento a folha requer mais energia (leia-se “carboidratos (CHO’s) oriundos da fotossíntese”) do que propriamente pode gerar. É como uma usina em construção, algumas “turbinas” já geram energia mas, até que complete seu desenvolvimento, importará mais energia do que pode produzir. Apenas após este período pode produzir CHO’s excedente para manter-se e fornecer aos frutos em crescimento.

Além disto, aproximadamente a partir do 65º dia após a abertura das flores (antese) inicia-se uma fase no desenvolvimento dos frutos conhecida por “rápida expansão”. É o período no qual eles começam a crescer acentuadamente, acumulando muita massa em pouco tempo. Frutos verdes realizam fotossíntese, mas em intensidade insuficiente para suprir suas próprias demandas. Por isto dependem dos carboidratos de reserva das folhas e ramos e, principalmente, da fotossíntese das folhas fisiologicamente maduras para completar seu desenvolvimento. Para cada fruto em formação o cafeeiro necessita de cerca de 20 cm2 de área foliar fotossinteticamente ativa.

 
Gráfico 7: acúmulo de matéria seca (MS) de frutosde cafeeiro – mg/fruto; fonte: LAVIOLA et. al. (2007)
(traço pontilhado: lavoura a 720 m de altitude; traço contínuo: lavoura a 950 m de altitude)


Haja visto toda a problemática da desfolha por diversos motivos mencionados anteriormente, qual seria a reação natural dos cafeeiros diante de uma situação de alta carga (dreno) x baixo enfolhamento (fonte)? Espera-se que, a partir da 2ª quinzena de novembro, ao iniciar a fase de rápida expansão dos frutos, as lavouras com baixo índice de área foliar (IAF) apresentem como resposta fisiológica um significativo abortamento, devido à pouca área fotossinteticamente ativa frente à grande quantidade de grãos em formação.

Numa situação destas, pulverizações com fungicidas pouco ou nada adiantam, tendo em vista que a queda de frutos é, em última análise, devido a um déficit de carboidratos. O manejo recomendado para se minimizar tal abortamento é a antecipação e o equilibrio nas adubações (de solo e foliares), de modo a estimular o rápido reestabelecimento da área foliar dos cafeeiros, bem como sua atividade fotossintética plena.

5. Conclusões


 O aporte de insumos aos cafezais cresceu a partir de 2010, com reflexos positivos ao crescimento de ramos, ao acúmulo de reservas nas plantas e à produtividade potencial;

 A seca prolongada de 2011 e a colheita mecanizada em áreas de baixa carga acentuaram a desfolha, comprometendo a área fotossintética e os estoques de carboidratos das plantas, bem como a capacidade de retenção de frutos para a safra 2012;

 Lavouras com baixo IAF (baixa relação fonte x dreno) devem apresentar abortamento de frutos acima da média a partir da 2ª quinzena de novembro;

 A produtividade efetiva de boa parte dos cafezais brasileiros na safra 2012 deve ficar aquém da sua produtividade potencial.

 Medidas para reduzir/minimizar abortamento de frutos devem contemplar antecipação e equilibrio das adubações de solo, bem como as foliares.

6. Referências

LAVIOLA, B. G.; MARTINEZ, H. E. P.; SALOMÃO, L. C. C.; CRUZ, C. D.; MENDONÇA, S. M. & NETO, A. P. Alocação de fotoassimilados em folhas e frutos de cafeeiro cultivado em duas altitudes. Pesquisa Agropec. Brasileira, Brasília, v.42, n.11, p.1521-1530, nov. 2007.

THOMAZIELLO, R.A. O cultivo de cafeeiro em sistema adensado. O Agronômico, Campinas, 53(2), 2001.

RENA, A. B. & MAESTRI, M. – Fisiologia do Cafeeiro, p.13-113 in: RENA, A. B.; MALAVOLTA, E.; ROCHA, M.; YAMADA, T. Cultura do cafeeiro – fatores que afetam a produtividade. Piracicaba: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1986.

SANTINATO, F.; SILVA, R. P.; CASSIA, M. T. LOUREIRO Junior, A. M. Colheita mecanizada de café em duas freqüências de vibração das hastes em duas safras; 37º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras. Poços de Caldas, 2011.

7. Agradecimentos

Pedro Paulo de Faria Ronca, Engenheiro Agrônomo e sócio da ViaVerde Consultoria.

Marcos Vinicius da Silva, Técnico da COOCAFÉ de Lajinha/MG.

Agno Tadeu da Silva, Engenheiro Agrônomo extensionista do INCAPER DE Venda Nova do Imigrante/ES.

Aécio Flávio neves, Secretaria municipal de agricultura, meio ambiente e agronegócios de Iúna/ES.
 

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AGUINALDO DE RESENDE TOLEDO

VARGINHA - MINAS GERAIS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 24/11/2011

Prezado colega, Guilherme Rosa. Parabéns pelo seu artigo. Nós, técnicos, produtores de café (pequenos, médios, grandes) , enfim toda a cadeia produtiva de café, responsável, não tem como discordar de sua matéria.
VIAVERDE CONSULTORIA AGROPECUÁRIA

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/11/2011

Prezados Kenny, Eudair e Artur
Nossa maior força reside na capacidade de construir e elaborar juntos.
Os relatos, críticas e sugestões de vocês é que norteiam nossas ações e nosso trabalho.
Estamos sempre à disposição.

Ilustre Dr. Rena
Seus textos e ensinamentos são, desde a faculdade, referência fundamental às nossas reflexões.
Nós é que agradecemos sua imensa contribuição aos estudos do cafeeiro e sua fisiologia. E também pelo relato da realidade da Zona da Mata mineira!

Saudações cafeeiras
Guilherme Rosa
ALEMAR BRAGA RENA

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/11/2011


Caro Guilherme

Bela contribuição! É rara tanta lucidez com requintes de evidências técnico-científicas. Esse é o retrato da Zona da Mata mineira e, pelo visto, bem nacional.

Saudações cafeeiras
Rena
ARTUR QUEIROZ DE SOUSA

CAMBUQUIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/11/2011

Parabéns pelo artigo e pela forma em que se expressa, denotando conhecimento e maturidade nas suas colocações.
EUDAIR FRANCISCO MARTINS

BAURU - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/11/2011

Parabéns pelo artigo do Engº Agrº Guilherme Rosa, com enfoque na fisiologia do cafeeiro e as consequencias da seca acentuada que passamos em 2.011, que sem nenhuma dúvida vai afetar a produção de 2.012. Em minha propriedade localizada em Arealva (SP), próximo a Bauru (SP), no talhão de Obatã que alem de ser o maior em área seria o que iria ter a maior produtividade com previsão para 60 sc/ha, a seca provocou uma queima severa na folhagem, sendo que a lavoura apresentou abertura de botões florais apenas no terço superior, onde estamos prevendo em torno de 10 sc/ha.
KENNY JOSÉ DA COSTA

PIUMHI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/11/2011

Parabens pela materia. Excelente.
VIAVERDE CONSULTORIA AGROPECUÁRIA

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/11/2011

Prezados Artur Moscofian e Milton Silveira
Obrigado pelos depoimentos.
Nós da ViaVerde acreditamos que a troca de informações é fundamental!
Saudações!
MILTON MELO SILVEIRA

CÁSSIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/11/2011

Caro Guilherme,
excelente o artigo. Explica muito bem o que está acontecendo no campo esses dias.
A perda de chumbinhos na região sudoeste de Minas é alarmante. Quem viver verá.
ARTHUR MOSCOFIAN JUNIOR

SERRANIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/11/2011

A materia acima, demonstra claramente o que esta ocorrendo na minha fazenda, estou ciente que posso reduzir o abortamento, graças a explanação desta meteria. Parabenizo pela clara explanação tambem nas conclusões.
Arthur Moscofian Jr
VIAVERDE CONSULTORIA AGROPECUÁRIA

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/11/2011

Caro Carlos Alberto
Apesar de não trabalhar com robusta, me atrevo a algumas elocubrações:o café robusta é mais adaptado à situações de calor, visto que é originário de áreas baixas da África equatorial, ao contrário do arábica, de regiões montanhosas e planaltos da África tropical. Isso lhe dá uma vantagem em relação ao primeiro, com maior resistência ao déficit hídrico.
Apesar disto, o fundamento fisiológico é o mesmo: grãos precisam de área fotossintéticamente ativa que gerem excedente de carboidratos para que se desenvolvam!
Você tem razão, a escaldadura pode eventualmente ocorrer e será tanto mais séria quanto menos preparada (pouco enfolhada e nutrida) estiver a planta no período de alta intensidade luminosa.
Grande abraço!

CARLOS ALBERTO DE CARVALHO COSTA

MUQUI - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/11/2011

Parabéns pelo excelente artigo. Apezar de ser um produtor de robusta, a desfolha ocorreu em nossa região de modo identica ao a que o senhor explanou, comprometendo a área fotossintética e os estoques de carbohidratos das plantas. Agora pergunto eu, no caso do robusta, esses galhos sem folhas mas que a floração pegou, gerando grande quantidade de chumbinhos, o que será deles ficando espostos ao sol escaldante de Dezembro, Janeiro e Fevereiro sem nenhuma proteção foliar? Por isso acho uma estimativa atual da safra de 2012 totalmente sem fundamento.

PS: Nas lavouras irrigadas do norte do ES não aconteceu a queda de folhas.

ABS: Carlos Alberto de Carvalho Costa/ produtor de conilon em Muqui-ES
VIAVERDE CONSULTORIA AGROPECUÁRIA

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/11/2011

Prezado Carlos Eduardo
Muito obrigado pelas palavras.
Acho muito importante que todos nós coloquemos nossas impressões, para que a discussão se amplie e a cadeia café tenha mais subsídios para basear suas análises.
Saudações cafeeiras.
CARLOS EDUARDO DE ANDRADE

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 24/11/2011

Parabéns pelo artigo. Nós Eng. Agrônomos precisamos escrever artigos consistentes e com argumentações baseadas em conhecimentos tecnicos-científicos para acabar de vez com os achismos e a picaretagem várias pessoas que divulgam na mídia dados sem o mínimo de escrúpulo.
MURILO MERTINS FERREIRA BETTARELLO

FRANCA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/11/2011

Amigo Rosa,

Parabéns pelo artigo e excelente visão critica dos fatores que afetam a produção de nossas lavouras em 2011/2012.

Com bons preços e profissionalização da atividade, nesta fase de pós florada o produtor precisa se preocupar em "segurar" o maximo de furtos possiveis em suas lavouras. Isso com uma boa orientação de planejamento, nutrição(solo e foliar) e controle fitossanitário.

Abraço

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