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Sustentabilidade, amor, violência e corrupção: reflexões sobre a comunicação

PAULO HENRIQUE MONTAGNANA VICENTE LEME

EM 27/05/2012

5 MIN DE LEITURA

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 A sustentabilidade é a palavra que mais causa emoção nos dias de hoje. Não era para ser assim. O termo surgiu de debates acerca do ideal de desenvolvimento econômico com respeito ao uso dos escassos recursos naturais de nosso planeta. O debate começou desta forma, mas conforme ganhou notoriedade e instituições, governos, empresas, celebridades e políticos se apropriaram da palavra, parece que o termo hoje adquiriu múltiplos significados.

Virou algo de nosso dia a dia. Aparece nos telejornais, é tema de aulas para todas as idades, aparece na política, no marketing, na economia e nos bares e botecos. Sua onipresença gera ruídos de comunicação. Tornou-se tão comum, que deixamos de pensar em seu real significado quando a ouvimos. Se parece assim com as palavras “amor”, “violência” e “corrupção”, de tão faladas e reproduzidas, elas perdem parte de seu significado e sua capacidade de comover ou gerar reações naqueles que as ouvem. Ninguém mais se assusta com tanta violência ao abrir um jornal, ou fica indignado com a corrupção, e mesmo o amor, se torna comum aos olhos de pessoas e claro, consumidores tão ocupados.

E é quando este conceito chega à mente dos consumidores que a coisa se complica. Para nós do agronegócio café, é importante compreender como esta tal de sustentabilidade é interpretada pelos consumidores de café. Desta forma, fazemos neste artigo uma reflexão sobre como é esta interpretação, e como é a nossa comunicação.

Para começar, precisamos deixar bem claro que existem dois mundos diferentes no café: o Brasil e os outros países produtores. Em média, podemos dizer que os produtores de café na América Central e México, Ásia, África e América do Sul, exceto Brasil, são de pequenos produtores com média inferior a 4 ha de café, onde predomina a colheita seletiva e o uso quase que exclusivo de mão-de-obra familiar.

No Brasil também devemos separar a produção de café, entre grandes, médios e pequenos cafeicultores. Por aqui, podemos dizer que a cafeicultura familiar se caracteriza por áreas maiores que no restante do mundo, de até 20 ha no total, e cuja mão-de-obra é quase que totalmente familiar . Mesmo assim, é bem diferente da cafeicultura no resto do globo como vimos acima.

Ao olhar desta forma, percebemos que muitos dos cafés produzidos no mundo são cafés diferenciados e especiais, onde a raridade e a forma de produção ajudam bastante na diferenciação e valorização destes cafés. Porém, a verdade é que grande parte dos produtores no mundo tem baixo acesso ao mercado, à tecnologia de produção e baixa produtividade. Para piorar, boa parte do grande diferencial de preço que estes cafés possuem em relação ao brasileiro não chega os produtores e fica retido na mão de intermediários.

Sendo assim, como fica a sustentabilidade? Como comparar sistemas de gestão e produção de mundos tão diferentes? Como comparar a sustentabilidade da produção em situações tão complexas?

O problema está nos olhos de quem avalia o que e sustentável ou não, ou seja, os compradores de café. Para quem está do lado da produção de alimentos, está muito claro que não existem os famosos pilares social e ambiental da sustentabilidade sem o pilar mais importante, que é o da sustentabilidade econômica.

A sustentabilidade econômica deveria sempre ser o primeiro pilar em qualquer análise de sustentabilidade que envolva a produção de alimentos. Mas parece que o mundo “releva” a importância do econômico, prevalece muito o social, e depois o ambiental, a depender dos apelos de quem vende a ideia.

Porque quem avalia, quem tem a visão da sustentabilidade são os compradores e consumidores. E esta visão do que é a sustentabilidade se confunde com outras visões, que envolvem o assistencialismo, a pobreza, a floresta e a agricultura familiar ou de subsistência. Quando deveria envolver o bem-estar econômico e social dos produtores e suas comunidades, o respeito ao meio-ambiente e o uso consciente de recursos, respeitando as gerações futuras.

As imagens que estão na mente dos consumidores quando olham um produto sustentável se confundem com a “necessidade de ajudar”. E nisto, as imagens de pobreza, crianças na lavoura, e florestas são um apelo muito forte para qualquer consumidor com responsabilidade e preocupado com sua prática de consumo. Sejamos criteriosos, as imagens abaixo refletem uma produção de cafés sustentáveis? Pois bem, foram retiradas da internet, em peças de comunicação que falam, justamente, de sustentabilidade.

Vamos agora olhar o nosso lado da moeda. As imagens que a cafeicultura brasileira transmite não possuem tal apelo, pelo contrário, transmitem a imagem: “estamos bem, obrigado”.

Por sua vez, quando vemos os desejos dos consumidores, temos uma clara lição. Quatro de cinco consumidores da Europa consideram o impacto ambiental dos produtos que compram . Também consideram em sua compra a “qualidade”, “marca reconhecida” e “produtos éticos e sustentáveis” como aspectos premium de produtos. Também desejam estar associados com marcas boas, responsáveis e rejeitam empresas “do mal” .

Ao olhar tais pesquisas, a empresas respondem aos consumidores. Uma das formas é a certificação. O jornal Estado de São Paulo divulgou em 2010 uma pesquisa onde cita que existem 600 certificações com atributos de sustentabilidade no país, a maioria criada pela própria empresa que fabrica o produto . Ou seja, a resposta é muito simples, “preciso de alguma forma comunicar que sou sustentável, que sou verde”. Isto é sustentabilidade?

Reflita agora como consumidor. Qual imagem acima tem maior apelo de venda?

O problema é crônico, pois estas imagens apesar de ajudarem a vender, perpetuam a pobreza e as práticas - que por mais "tragicômico" que sejam – não são sustentáveis!

A questão principal é, portanto, a imagem ideal do que é a “gestão sustentável”. Ela é em boa parte distorcida como vimos. É claro que os cafeicultores no mundo necessitam de apoio e suporte, e necessitam de bons programas de apoio para gerar renda e se apropriar desta renda. Mas a resposta para um mundo sustentável não está simplesmente em assistencialismo ou em florestas. A resposta está em comunicar os verdadeiros valores da gestão sustentável.

Esta é o grande avanço que o mundo do café necessita. O Brasil está à frente em muitos aspectos, mas no mundo temos condições de produção e subsistência completamente diferentes. Podemos sempre nos perguntar: uma mudança nas regras do que é ser sustentável ajudaria o Brasil? Sim, mas... O Problema é a visão do mundo sobre a sustentabilidade que coloca outros valores e outros problemas à frente do essencial.

Sustentabilidade, amor, violência e corrupção: aonde erramos?


1 - Mais uma vez, temos diversas definições de diversas instituições no Brasil e no mundo. Esta é uma visão particular do autor.
2 - Eurobarometer survey 2009.
3 - IGD research 2008.
4 - Selos verdes confundem consumidor. O Estado de São Paulo. 2010. Disponível em: https://www.estadao.com.br/noticias/impresso,selos-verdes-confundem-consumidor,580855,0.htm

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PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 03/07/2012

Prezada Natália,

Que bom que está de volta! rs, fico feliz que tenha gostado do artigo, vamos ver se conseguimos mudar estas percepções!

Grande abraço!

PH
NATÁLIA SAMPAIO FERNANDES

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 03/07/2012

Excelente artigo. Parabéns PH!!!

De fato, a sustentabilidade não é sustentabilidade sem o viés econômico, assim como não é sem o ambiental e social. O difícil é transmitir o real significado da palavra, com tantas informações distorcidas correndo soltas.

A sustentabilidade é ligada com o conceito "verde", mas o buraco é mais embaixo.

Um assunto delicado e particular, para diferentes realidades. As opiniões são formadas sem muito conhecimento do assunto, e aí mora o problema. Pude constatar isso pelo caso das "sacolinhas plásticas", em que é mais fácil concordar com o que a mídia passa, do que estudar o assunto por completo.

Enquanto isso, o tripé da sustentabilidade fica torto!!! Difícil, porém, acredito no equilíbrio!

Parabéns novamente
JOSÉ ANTONIO PADIAL POSSO

MONTE CARMELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 03/06/2012

Em tempo: sob um ponto de vista... (e não sobre) rsrsrsrs
JOSÉ ANTONIO PADIAL POSSO

MONTE CARMELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 03/06/2012

Caro Paulo Henrique.

Você compreendeu bem sim. Entendo que a sua abordagem sobre o assunto é voltada ao marketing. Mas eu não resisti a tentação de abordar sobre um ponto de vista mais sociológico.

Também concordo que é um paradigma a ser quebrado. Nesse nosso mundo excessivamente ranqueado, a cultura dominante é a da valorização dos primeiros, onde os mais ricos são tidos como mais eficientes.

A acumulação excessiva é tão entrave para a sustentabilidade quanto a renda insuficiente dos citados produtores. O que acontece também é que os mais ricos dão um tiro no próprio pé ao dificultar a distribuição das riquezas geradas, e isso a mídia teria que divulgar mais. Hoje, uma fragilidade de um setor qualquer, em um canto qualquer do planeta, tem consequências diretas ou indiretas de abrangência muito amplas. O equilíbrio deve ser buscado sempre.

Já divaguei demais, abraços.

José Antonio Padial Posso
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/06/2012

Caro Reinaldo,

Agradeço pela costumeira atenção com nossos artigos.

Grande abraço,

Paulo Henrique Leme
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/06/2012

Prezada Eliane,

Sempre atenta aos meus artigos, muito obrigado e concordo plenamente com você.

Um abraço,

PH
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/06/2012

Caro Celso,

Assino embaixo: desenvolvimento é a nossa meta.

Grande abraço,

PH
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/06/2012

Caro Jose Antonio,

Fico contente que tenha gostado da palestra, obrigado pelo prestígio. Não sei se lhe entendi bem, mas acho que a minha resposta seria: as duas podem ser sustentáveis.

Nesta análise complexa, se olharmos para apenas um ângulo da questão podemos cometer injustiças. Os dois modelos podem e devem ser sustentáveis. Por exemplo, se no primeiro caso, este produtor possuir uma renda que possa lhe permitir uma boa condição de vida, e no segundo caso, se o empresário não respeitar as questões ambientais, o pequeno produtor será mais sustentável.

De qualquer forma, comprar um produto sustentável é diferente de comprar um produto para realizar uma boa ação humanitária. Este eu acho que é o ponto que mais confunde as pessoas quando colocamos esta questão em debate.

O segundo ponto, se bem entendi, se refere à concentração de renda. Eu acho que aí está outro paradigma a ser quebrado. Não há pecado em empresários rurais ganharem dinheiro com seu trabalho. Se forem eficientes, e respeitarem os pilares da sustentabilidade, bom para todos.

Perdoe-me se não lhe compreendi corretamente.

Grande abraço,

Paulo Henrique Leme
JOSÉ ANTONIO PADIAL POSSO

MONTE CARMELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 02/06/2012

E bota complexidade nisso!

Ouvi a sua palestra aqui em Monte Carmelo. Não tem nada de errado com ela. Mas, gostaria de propor uma análise considerando as situações abaixo. Qual dessas cafeiculturas seria a mais sustentável?

Situação A: Nesse mundo, que compreende os outros países produtores, um número muito grande de famílias se sustentam cultivando seus dois ou três hectares de café.
É claro que levam uma vida muito simples, pra não falar miserável, o que poderia ser um pouco diferente se os outros integrantes da cadeia agissem de forma mais justa.
Mas de qualquer forma, considerando a realidade local, normalmente muito precária, não fosse a cafeicultura, as condições de vida para essas famílias seriam provavelmente ainda pior.

Situação B: No Brasil, uma boa parcela da produção é obtida através da cafeicultura empresarial, de escala. Onde os recursos são otimizados, sem dúvida. É boa geradora de emprego também, com remuneração digamos, a preço de "mercado".

Onde quero chegar? O que me leva a comparar essas configurações, a princípio com obvia opção pela segunda no quesito sustentabilidade?

Essa dúvida é motivada pelo fato de que notoriamente, um dos maiores problemas da humanidade é a concentração de renda e de capital. E em consequência o abismo que se abre entre os mais ricos e os mais pobres, com clara tendência de perpetuação e ampliação dessa diferença.

Abraço.
José Antonio
CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 29/05/2012

Prezado PH
Minha abordagem talvez seja mesmo radical. Gosto muito do conceito de desenvolvimento ao invés do outro. Desenvolvimento é diferente de crescimento e extrapola a dimensão econômica desse último.
Desenvolver o agronegócio café....eis nossa missão e esforço. De nossa parte, corresponde às formas de ganhar inteligência sobre esse sistema complexo.
Abçs
Celso Vegro
ELIANE DE ANDRADE C. NOGUEIRA

SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 29/05/2012

Na verdade , a bastante tempo venho questionando "Sustentabilidade".As certificadoras têm a obrigação de divulgar nosso cuidado sócio ambiental, levando-se em conta as nossas leis trabalhistas e ambientais mais rígidas do mundo
Temos que tratar nossos trabalhadores com dignidade e o meio ambiente com responsabilidade, isso é fato.Mas competir com países que empregam crianças , o trabalhador exposto a todo tipo de perigo , sem fornecimentos de EPIs não é fácil.
Cabe ao governo e as empresas exportadoras de cafés , divulgarem, fazer um Marketing forte no exterior , mostrando a verdadeira realidade de uma empresa rural nesse País.
Cabe a nós fazer-mos essa cobrança.
Isso é "Sustentabilidade", Ter lucro no seu ramo , respeitando o ser humano e o meio ambiente.
REINALDO FORESTI JUNIOR

CAMPANHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 29/05/2012

Prezado Consultor Paulo Henrique Leme.A sustentabilidade econômica necessária e suficiente para retorno dos investimentos e apontada no excelente artigo e a realidade de nossa produção em confronto com a mundial em termos de áreas ocupadas,uso de mão de obra e mecanização intensiva nos credencia como maiores produtores mundiais e um plus diferencial a nosso favor.\Parabéns pelo excelente artigo e a destemida coragem no enfrentamento subjetivo e objetivo dos paradigmas existentes e superação positiva dos mesmos.Atc.
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 28/05/2012

Caro Celso,

O objetivo deste artigo é justamente quebrar os paradigmas da comunicação. Neste caso, permita-me discordar de você. Devemos enfrentar este desafio, pois quem o faz hoje são justamente as certificações internacionais, as grandes comercializadoras e as grandes industrias. Nem por maldade, mas por pura miopia, comunicam aquilo que melhor lhes interessa e que não necessariamente reflete o que é uma gestão sustentável.

Muitos destes agentes estão longe das trincheiras de café, e estão "impregnados" com o tradicional discurso da sustentabilidade.

Este desafio não é apenas brasileiro, mas da cafeicultura como um todo. Os consumidores europeus devem cobrar das certificações e empresas que transmitem selos verdes: cadê a melhoria de gestão e de vida destes produtores certificados?

Acho que fazemos bem nossa lição de casa, dentro das fazendas cafeeiras. Mas não vamos passar a mão na cabeça de ninguém: ainda temos muito por fazer.

De qualquer forma, precisamos que os produtores brasileiros façam esta escolha: comunicar ou não comunicar. Mesmo que decidam pelo não, devem entender que serão julgados de qualquer jeito, por pessoas que nunca pisaram em suas lavouras.

Esta compreensão e atitude evitaria uma série de erros que estamos cometendo em nossa comunicação, e já faz muito tempo.

Grande abraço e obrigado pela reflexão!

Paulo Henrique Leme
CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 28/05/2012

Amigo PH
Sabe para evitar essa bagunça com o excesso de fluidez do conceito, prefiro nem mencioná-lo. Quando alguem o levanta compete explorar o que de fato entende quando o lança ao debate e o quão ele pode ser viesado a depender o ângulo de referência.
Comunicar esse assunto é campo minado. Deixar as certificações fazer seu trabalho é o melhor que podemos esperar. Quanto mais produto certificado maiores as garantias de que lá se faz como se deve ser. Depois virá a melhoria contínua que trará mais segurança e rastreabilidade aos produtos. Tudo isso vai construir um novo mercado muito mais ligado ao consumo e menor dependente das transnacionais interessadas apenas em lavar em verde suas marcas e rotinas.
abçs
Celso Vegro
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 28/05/2012

Caro John,

Você mencionou um ponto muito importante. A transparência. O fato é que já estamos expostos a todos os tipos de julgamento, pois as informações rodam o mundo de forma quase que instantânea. A questão é o modo como vamos responder e mostrar ao mundo quem realmente somos.

Obrigado pela participação!

Grande abraço,

Paulo Henrique Leme
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 28/05/2012

Caro Marcos,

Agradeço pelo comentário, às vezes devemos olhar grandes dogmas por outras ângulos.

Um abraço,

Paulo Henrique Leme
JOHN CARTER

GOIÂNIA - GOIÁS

EM 28/05/2012

Paulo Henrique,
Parabéns! A palavra "sustentável" criou uma zona de confusão que deixou o cidadão urbano confuso. O produtor pode fazer limonada desse limão usando a transparência e dados sobre produção. Espero que sua matéria seja lida por todos os "ONGeiros sustentáveis."
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 28/05/2012

Caro Eduardo,

Que bom que gostou do artigo, muitas destas ideias discutimos lá em Monte Carmelo. Realmente temos as ferramentas para virar este jogo, mas se elas não estiverem organizadas sob a mesma égide, de nada adiantará. A questão é o que queremos com esta comunicação... Será que sabemos mesmo?

Um abraço e obrigado!

Paulo Henrique Leme
MARCOS CARVALHO DOS REIS

ITUIUTABA - MINAS GERAIS - ZOOTECNISTA

EM 28/05/2012

A Sustentabilidade é dificil até para colocar no papel e voce conseguiu muito bem passar o recado de uma forma simples curta .....Excelente Matéria '' Parabéns" Paulo Henrique
EDUARDO HERON SANTOS

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 28/05/2012

Bom dia PH,

Gostaria de parabenizá-lo pelo excelente artigo. Na minha opinião, não há pecado em ter uma cafeicultura bem desenvolvida, gerida e mecanizada, mas o que falta é comunicarmos os demais atributos do café brasileiro, pouco explorados e conhecidos pelo consumidor. Como exemplos dessa afirmativa ,cito:

1. Sem entrar no mérito da fiscalização, nossa Legislação ambiental e trabalhista é uma das mais rígidas do mundo;

2. Existem inúmeros programas sociais na cafeicultura brasileira, como o "Criança do Café na Escola" (CECAFÉ), "Café na Merenda Saúde na Escola" (ABIC), Produtor Informado, Programa Mini-Empresa / Junior Achievement, projeto "Escola no Campo", projeto "Crescer no Campo" e etc.

3. Com relação as certificações para café, existem no Brasil pelo menos 12 que são conhecidas, destacando-se a nossa certificação "Certifica Minas";

4. Temos ainda várias iniciativas como o Café Seguro, programa Cafés Sustentáveis do Brasil/ABIC, Sebrae Educampo, Manual da Cafeicultura Sustentável (Cooxupé),
programa Coamo de Aperfeiçoamento em Gerenciamento Rural, Cafeicultura Sustentável: Benefício para todos - Coopfam e Horta nas Escolas - Coocafé/MG


Tenho certeza que devem existir muitos outros programas e iniciativas sustentáveis, resultantes de um esforço coletivo e continuo da cadeia café, que destacam o Brasil cada vez mais na sustentabilidade e na qualidade do seus cafés.

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