Sem novidades de fundamentos, o mercado de café tem mais uma semana influenciado principalmente pelo cenário macroeconômico, encerrando a sexta-feira (28) cotado a US$ 222,00/saca na BM&FBovespa , para o vencimento dez/12. No acumulado da semana, a desvalorização registrada foi de US$1,50/saca.




Dando continuidade a um movimento lateral, o mercado vem tentando se manter acima do nível de US$210,00/saca, porém, sem força compradora, a cotação tem tido dificuldade de se manter acima de US$240,00/saca. Na semana, o café na BM&FBovespa variou de US$ 216,70 a US$ 224,75.





O cenário macroeconômico segue recheado de incertezas e nesta semana mais indicadores negativos foram divulgados. Nos EUA, a queda do índice de atividade dos gerentes de compra impediu a valorização dos mercados de commodities. Na zona do euro, o que influenciou foi o resultado dos testes de estresse com bancos espanhóis, que vieram em linha com o esperado, mas mantiveram os mercados sob pressão e ainda a possibilidade de que a Espanha seja rebaixada pela Moody’s.

Enquanto isso, no mercado interno, produtores aguardam novas altas e preços melhores para comercializarem seus cafés recém colhidos, deixando o ritmo dos negócios mais lentos. A cautela nas vendas tem sustentado o mercado nos últimos dias.

Segundo Safras & Mercado, no Sul de Minas, cafés com bom aspecto foram comercializados a R$ 395,00/saca. Na Zona da Mata, mercado ainda lento mesmo com o avanço dos preços, impedindo novos negócios.

Com a safra brasileira quase encerrada, ficam as expectativas de chuvas para a época, a fim de beneficiar a florada da próxima safra.

No Espírito Santo, a maior parte das lavouras já floresceram e se tudo correr bem a próxima safra pode ser abundante para o conilon. Já em Minas Gerais e São Paulo, pequena porcentagem das lavouras está em florescimento. Aguarda-se maior volume de precipitação para as próximas semanas, de forma contínua, para que se obtenha uma boa florada.

Ainda é cedo para prever o volume e qualidade da próxima safra, mas vale destacar que 2013 será ano de baixa bienalidade para o café no Brasil, o que reforça ainda mais o aperto ou mesmo a não recuperação dos estoques, diante consumo mundial ainda aquecido.

Fatores como esses podem dar certa firmeza ao mercado nos próximos meses.

No mercado internacional, o Commitments indica pouca variação em relação à posição dos fundos de investimentos, estando estes vendidos em 18.709 contratos até o dia 25 de setembro, com aumento de 66 contratos vendidos em relação à posição da semana passada.

Na bolsa de NY, o mercado encerrou a semana a US$ 173,50, com leve alta de 20 pontos, oscilando de 167,65 a 175,20.



Bom final de semana!