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Café tem mais uma semana de queda, pressionado pelo cenário macroeconômico e previsão de chuvas para

NATÁLIA SAMPAIO SENE FERNANDES

EM 11/10/2012

2 MIN DE LEITURA

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 Dando continuidade ao movimento da semana passada, o café fecha mais uma semana com perdas, influenciado fortemente pelas incertezas do cenário macroeconômico

Notícias negativas como rebaixamento na nota de risco de longo prazo da Espanha pela S&P, de BBB+ para BBB-, afirmam que o país enfrenta uma forte recessão. Até a saída dos dados de pedido de auxílio desemprego nos EUA, nesta sexta-feira (11), que vieram abaixo do esperado, o mercado reagia negativamente durante a semana.

Mesmo com a valorização da maioria das commodities nesta sexta-feira, conforme visto no gráfico abaixo, o café não teve força suficiente para recuperar as perdas anteriores.


Acredita-se que as belas floradas do cinturão cafeicultor, juntamente com as previsões de chuvas para os próximos dias, têm pressionado as cotações.

Sendo assim, o vencimento dez/12 na bolsa de NY encerrou a semana cotado a US$ 161,10/lb (US$ 213,10/saca), com desvalorização acumulada de 670 pontos na semana.



A BM&FBovespa acompanhou as bolsas internacionais, e o café vencimento dez/12 encerrou a US$ 208,10/saca, com queda de US$9,40/saca na semana.



Para o bom andamento da florada, espera-se uma boa e uniforme precipitação nas próximas semanas. Lembrando que ainda é cedo para estimar a produção para a próxima safra brasileira.

As lavouras da região de atuação da Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Caratinga (Coopercafé), na Zona da Mata de Minas Gerais, ainda não registraram aberturas de floradas para a próxima safra de café, devido à ausência de chuvas.

No mercado físico, os negócios seguem lentos. Quanto mais negativo o mercado, mais os produtores recuam à espera de melhores preços.

A comercialização da safra de café do Brasil 2012/13 (julho/junho) fechou o mês de setembro em 43%. O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado, com base em informações compiladas até 30 de setembro. Em igual período do ano passado, 56% da safra 2011/12 estava comercializada.

No Sul de Minas saiu negócio de café Duro/riado a R$ 360,00.

Enquanto observa-se o baixo interesse de venda por parte dos produtores, soma-se a baixa demanda internacional pelos cafés do Brasil. Dados de estoques internacionais mostram leve alta, significando a busca por demais origens para o suprimento dessas demandas.

Para próxima semana, vale se atentar para as notícias do cenário macroeconômico e para o volume e frequência de chuvas nas regiões produtoras.

Natália Fernandes
Assessora Técnica
Comissão Nacional do Café - CNA




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