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Utilização de silicatos na cafeicultura |
ANDRÉ GUARÇONI M.
D.Sc. em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal de Viçosa-MG. Pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper)
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ANA PAULA PEGORER DE SIQUEIRATERESÓPOLIS - RIO DE JANEIRO EM 13/03/2008
Caro André,
Parabéns pelo artigo. Gostaria apenas de indicar a utilização de outras fontes de Silício. Uma delas é o pó-de-rocha, geralmente disponível e abundante em todas as regiões, como o pó-de-basalto e o pó-de-granito, que possuem uma grande concentração de Si e são materiais geralmente baratos, conseguidos em pedreiras locais. Já existem muitos trabalhos no Paraná e em Brasília comprovando a sua eficácia inclusive em lavouras temporárias. Um dos efeitos interessantes, além dos já abordados no artigo, seria a maior resistência aos efeitos das geadas. Os pós-de-rocha são geralmente utilizados na melhoria das estradas rurais e tem granulometria variável, porém, quando associados ao manejo da biomassa, podem ter sua solubilização extremamente potencializada. Outra fonte interessante seria a terra diatomácea, ou diatômita, utilizada em várias indústrias e originada da moagem de conchas de algas diatomáceas. É possível utilizá-la em pulverizações foliares e sua granulometria é bem fina, porém é mais caro. Sugiro a leitura do artigo Revitalização dos solos em processo de transição agroecológica no Sul do Brasil, de Edinei de Almeida et all, publicada na Revista Agriculturas: Experiências em Agroecologia Vol 4 n°1- Além da substituição de insumos, encontrada no link: https://agriculturas.leisa.info, que aborda o uso de pó-de-basalto associado ao manejo da biomassa. Cordiais saudações! |
ALBINO JOÃO ROCCHETTIFRANCA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 13/03/2008
O último capítulo do artigo diz o que muitos não querem ouvir, principalmente aqueles que apostam em modismos e são "novidadeiros". Não quero dizer que Si não seja importante e não deva ser estudado, mas antes deve ser feita a "lição de casa" da nutrição, que é o que realmente gera produção.
Eng. Agro. Albino João Rocchetti- Consultor e cafeicultor. Franca - SP |
RAFAEL ALTOE FALQUETOVENDA NOVA DO IMIGRANTE - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 09/03/2008
Parabéns por salientar e esclarecer algumas dúvidas sobre esse tema que as empresas, muitas vezes, por questões de interesse econômico, não têm o menor interesse em abordar ou mesmo citar. Concordo plenamente que o Silício pode ser uma ferramenta a mais para reduzir o estresse hídrico, e que fontes com elevada absorção por via foliar são indicadas para este fim (quelato de Si).
Gostei da fundamentação sobre o perigo das escórias de aciarias como corretivos de solo. As empresas não citam o perigo que existe em utilizar um material que contém metais pesados (Cádmio, Rubídio, Estrôncio, outros) que serão disponibilizados para as plantas à medida que o Ph do solo for reduzindo. A agricultura tem que deixar de ser o "lixão" das industrias! Somos o setor que mais gera divisas para o Brasil e responsável por mais de 40% do PIB! Será que isto é uma boa justificativa para boicotarmos as escórias aciarias da agricultura? |
RUBALDO PATRESI JUNIORPOÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 08/03/2008
Caro amigo André,
É de grande importância podermos, como produtores, receber os "dois lados da mesma moeda" para que possamos melhor avaliar novas tecnologias que surgem, às vezes, como modismos, nos descapitalizando mais, com investimentos desnescessários! Obrigado mais uma vez por seu ponto de vista!! |
CARLOS OTÁVIO RIBEIRO CONSTANTINOMIMOSO DO SUL - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 08/03/2008
André parabéns pelo artigo, realmente esta questão do silício é interessante, pois ocorre no campo muito modismo e pressão vendedora sem comprovação cientifica dos fatos.
O esclarecimento por hora apresentado traduz as informações que precisamos. Um grande abraço. |
PAULO HENRIQUE LEMELAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 07/03/2008
Prezado Prof. André,
Parabéns pelo excelente resumo sobre a atual utilização do Si e da evolução das pesquisas nesta área. Tive a oportunidade de trabalhar com o Prof. Jair Moraes, do Depto. de Entomologia da Universidade Federal de Lavras, e ele conduz experimentos sobre a utilização do Si e seus efeitos no controle de pragas na agricultura. É comprovado que o uso do Si em aplicações via solo, e mais eficientemente, via foliar em gramíneas reduz a severidade do ataque e a longevidade das pragas. Existe um grande acúmulo de Si nas folhas das plantas, que criam uma barreira natural contra os insetos (e também contra fungos). Porém, enquanto tive o privilégio de trabalhar com ele, não havíamos estudado a aplicação do Si no café, mas estava nos planos de pesquisa do Prof. Jair Moraes. Um dos interessante experimentos conduzidos por ele, foi avaliar o tempo de permanência e o número de "picadas" dos pulgões em plantas de trigo. Imagino que para o café a aplicação foliar seria a mais eficiente, porém a fonte deveria ser um silicato muito solúvel em água, o que é bem mais caro que outras formas de silicatos no mercado. O que você acha? Parabéns novamente pelo excelente artigo e pela excelente conclusão do mesmo. Atenciosamente, Paulo Henrique Leme |
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