Observações de campo têm mostrado que ramos laterais grossos e velhos quando cortados curtos, pela poda de esqueletamento em cafeeiros, brotam mal ou não brotam deixando, assim, de emitir novos ramos laterais.
O uso da poda de esqueletamento tem sido muito ampliado nos últimos anos pelas vantagens que esse tipo de poda oferece, pela renovação da ramagem, pela possibilidade de programação e da redução dos custos da produção de café.
Na adoção do esqueletamento ou desponte são importantes a época mais cedo, a altura de corte do tronco mais alta e, no que se refere a distancia lateral de corte da ramagem, ela pode ser mais curta (20-30 cm) ou mais longa, esta na forma de um desponte.
Os problemas de dificuldade na brotação da ramagem têm sido verificados no caso de distâncias de poda mais curtas, normalmente indicadas onde existem muitos ramos laterais nas plantas e onde se deseja desembatumar a ramagem excessiva. Ocorre que em condições de plantas que sofrem o esqueletamento pela primeira vez, especialmente na parte baixa dos cafeeiros, a poda curta encontra muitos ramos grossos e velhos. Estes ramos, quando cortados curtos, expõem porções de ramos muito velhas com a casca suberificada e, talvez por isso, com poucas ou sem gemas novas capazes de brotarem novos ramos laterais, o que seria o desejado.
Com a pouca ou nenhuma brotação dos ramos podados perde-se parcialmente a recomposição da ramagem esperada para cobrir aquelas partes do cafeeiro onde os novos ramos são mais necessários, deixando, assim, “buracos” na copa das plantas.
Desse modo, na indicação da poda de esqueletamento, caso a condição da parte baixa do cafeeiro se encontre com ramos velhos e grossos deve-se considerar o uso de distâncias maiores da poda lateral, para que ela venha a cortar porções de ramos mais novos.
Detalhes da ausência de brotações em ramos grossos com corte curto (acima) e ramos finos, novos, com boa brotação na mesma planta (abaixo)