Diretamente, os ventos frios causam, mecanicamente, o entortamento de plantas, escoriações na folhagem e ramagem nova e as lesões de colo das plantas, pelo roçar da casca junto ao solo. De forma indireta, os ventos provocam as aberturas nos tecidos, especialmente nos mais jovens e tenros, facilitando a infecção por doenças, como a Phoma e a Pseudomonas.
Dois efeitos novos têm sido observados, no campo, pela ação dos ventos. O primeiro diz respeito ao aumento das brotações que saem do tronco, causado pelo encurvamento/tombamento das plantas, exigindo desbrotas corretivas. O segundo, por efeito de ventos constantes, leva à emissão de raízes primárias múltiplas, parecendo ser uma forma das plantas, na condição de ação de ventos, possuírem uma melhor sustentação, por raízes auxiliares.
Para a proteção dos cafezais, inicialmente, são indicados renques de plantas de porte alto, plantadas no meio da lavoura recém-instalada. Uma boa opção, que vem sendo usada, é a Crotalaria juncea, que possui bom crescimento, tem porte ereto e é uma leguminosa, sendo, ainda, de fácil eliminação quando necessário. Outra opção é o plantio de renque de milho. O plantio de feijão guandu, também em uso, apresenta o inconveniente de maior concorrência com os cafeeiros e as plantas se tornam lenhosas com o tempo, sendo mais difíceis de eliminação.
A indicação dos quebra ventos, com plantas como a Crotalária, deve ser feita com renques plantados a cada 3-4 ruas do cafezal, desde o plantio até o segundo ano da lavoura.