ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Preocupação dos cafeicultores, Mancha Aureolada é tema de palestra de pesquisadora do Instituto Biológico de Campinas

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 01/11/2013

3 MIN DE LEITURA

0
0
A mancha aureolada, causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. garcae, tornou-se uma doença muito importante da cafeicultura, especialmente em algumas regiões, como o sul e o cerrado mineiro, além dos estados de São Paulo e Paraná. Por isso, a pesquisadora do Instituto Biológico de Campinas (SP), Flávia Rodrigues Alves Patrício, tem ministrado palestras com o intuito de difundir as informações e peculiaridades da doença por toda a comunidade cafeeira.

De acordo com ela, as lavouras mais prejudicadas pela doença são as novas, com até três a quatro anos de idade e aquelas que sofreram podas, como recepa ou esqueletamento. Essas são muito suscetíveis, principalmente as situadas em locais de elevada altitude e nas faces sul e sudeste das áreas montanhosas, que estão sujeitas a ventos frios constantes.

A pesquisadora explicou que o aumento da adoção da colheita mecanizada de café, que abre ferimentos podendo favorecer a penetração e disseminação da bactéria nas plantas, pode ter agravado a doença nos cafezais. As condições climáticas que favorecem a mancha aureolada são temperaturas amenas, principalmente à noite, chuvas e elevada umidade relativa do ar.

A bactéria penetra na planta por vários mecanismos, nas brotações jovens e folhas novas, por ferimentos ou aberturas naturais (fotos abaixo) e também nas inflorescências.


A bactéria penetra sistemicamente nos ramos, que inicialmente exibem lesões escuras que atingem as folhas, e com o avanço da doença ocorre a desfolha dos ramos (veja nas fotos a seguir).


Segundo Flávia, o manejo da mancha aureolada deve iniciar pela utilização de mudas sadias. Por esta razão o produtor deve fazer uma seleção rigorosa das mudas a serem levadas ao campo, evitando o plantio de mudas com sintomas da doença.

“Poucos estudos avaliaram a resistência de cultivares de cafeeiro a essa doença. As do grupo Mundo Novo mostram-se bastante suscetíveis, enquanto que do grupo Catuaí são moderadamente suscetíveis. Algumas cultivares do grupo Icatu parecem ter resistência parcial, e a variedade Geisha e os materiais portadores do gene SH1 (resistência à ferrugem) são considerados resistentes. Porém, mais estudos são necessários para comprovar esta resistência”, explicou.

A pesquisadora complementou. “Em campos infestados o manejo consiste em evitar a ocorrência de ferimentos nas plantas, com o plantio de quebra-ventos, além de aplicações sistemáticas de fungicidas à base de cobre. Entre as opções de quebra-ventos temporários sugerem-se o milheto, a crotalária, o feijão guandu entre outras, e como espécies permanentes podem ser utilizadas grevílea, bananeiras, abacateiro, cedrinho, eucalipto e outras”, disse.

Embora o controle químico de bacterioses não seja tão eficiente quanto o controle químico de doenças provocadas por fungos, a aplicação de fungicidas cúpricos é recomendada para o combate à bactéria em lavouras infestadas.

Aplicações de fungicidas cúpricos nas áreas mais afetadas são recomendadas logo após a colheita e no início do ciclo reprodutivo do cafeeiro, compreendido entre o florescimento e o início da formação dos frutos.

“Depois da colheita, principalmente a mecanizada que provoca ferimentos no caule e nos ramos das plantas, o uso desses fungicidas é muito interessante para a cultura do café, porque evita a entrada de fungos e bactérias pelos ferimentos ocorridos durante a colheita, prevenindo o ataque da mancha aureolada e de outras doenças”, aconselhou.

Além de proteger os cafeeiros os fungicidas à base de cobre conferem um efeito tônico, que promove a recuperação das plantas e aumenta a retenção foliar. Também, reduzem o potencial de inóculo da ferrugem e da cercosporiose, que restaram da safra anterior.

A pesquisadora ressaltou ainda que é importante observar que a proteção com fungicidas cúpricos deve ser feita antes da penetração da bactéria na planta, e em períodos muito chuvosos, de intensa brotação das plantas e no período do florescimento, os intervalos entre as aplicações devem ser reduzidos (20 a 30 dias). No entanto, no início do ano a elevação da temperatura desfavorece a colonização dos cafeeiros pela bactéria e a epidemia da mancha aureolada é, de maneira geral, reduzida. Por esta razão sugere-se que os meses mais quentes do ano fiquem sem aplicações de cobre, para manter o equilíbrio natural do ambiente.

Por se tratar da aplicação de produtos químicos, a utilização de fungicidas cúpricos deve ser orientada por engenheiros agrônomos devidamente habilitados.

As informações são do Polo de Excelência do Café, adaptadas pelo CafePoint

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures