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Período das cigarras demanda atenção de cafeicultores

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 25/10/2013

3 MIN DE LEITURA

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Estamos na Primavera e a pouco menos de dois meses do Verão. É nessa época que um inseto comum costuma se multiplicar na natureza. Quem já não se sentiu incomodado com o barulho ou não tomou um banho do líquido expelido pelas cigarras ao passar debaixo de uma árvore? Importante para o equilíbrio natural, esse inseto que parece inofensivo, quando encontrado em grandes quantidades, representa praga para alguns tipos de cultura. O café, com maior representatividade na região, é uma dessas que sofrem danos.

O ataque aos pés de café acontece quando o inseto ainda está na fase de larva ou ninfa. Esse período que antecede a fase adulta tem duração longa, de um a cinco anos. Ao contrário da fase adulta, que dura apenas alguns dias. Quando adultas, após o acasalamento entre os meses de setembro a março, os insetos botam os ovos no tronco e folhas das plantas. Após o rompimento dos mesmos, as ninfas descem ao solo e se fixam às raízes da planta, próximo ao tronco, onde sugam a seiva por meio do seu aparelho bucal em forma de estilete.

Alguns especialistas apontam que o ataque das cigarras aos cafeeiros foi uma opção encontrada pelo inseto para sobrevivência. Isso porque suas espécies favoritas, antes encontradas nas matas de Cerrado, foram eliminadas e substituídas pela ação do homem, transformando-se em pastagens e lavouras. Os gêneros mais comuns dos insetos são a Quesada (6 a 7 cm), Carineta (2 a 3 cm) e os menores, Fedicina e Dorisina.

Apesar de ser uma planta forte, o cafeeiro é muito prejudicado com o ataque dos insetos. Os pés apresentam fraqueza na parte aérea, com amarelecimento e deficiências nutricionais nas folhas, ramos secos e baixa produção. O engenheiro agrônomo, Raul Carvalho Guimarães, atende inúmeros clientes em uma área com mais de 10 mil hectares de café. Segundo ele, é comum encontrar o problema nas lavouras. “A cigarra ainda pode ser considerada um problema sério. É comum encontrar lavouras aparentemente saudáveis, mas que apresentam baixa produção por causa do ataque dos insetos”.

Engenheiro agrônomo, Raul Carvalho Guimarães, explica que é comum encontrar lavouras aparentemente saudáveis, mas que apresentam baixa produção por causa do ataque das cigarras. (Foto: André Silva Rosa)

Apesar de ser um problema, Raul afirmou que nos últimos anos tem ocorrido uma diminuição no ataque das cigarras. “Na microrregião de Três Pontas notei esse fato. Isso acontece devido à conscientização dos produtores e também ao trabalho dos técnicos da região que fazem o acompanhamento e recomendam produtos eficientes para o controle do inseto”. Ele disse ainda que o controle da praga deve ser feito de maneira consistente e em toda região. Se apenas um ou outro produtor fizer, não há um controle efetivo do inseto.

Para combater as cigarras são utilizados inseticidas sistêmicos e de contato. “Os sistêmicos são aqueles aplicados nas plantas, absorvidos e que chegam aos insetos através da seiva. Os de contato são aplicados diretamente no solo”, explicou o profissional. Na empresa em que Raul trabalha, o custo médio à vista para o controle da praga por hectare é de R$120,00 ou 0,4 sacas de café tipo 6 ou 7, para o produtor que optar por pagar com produção. O trabalho preventivo é realizado agora, no período chuvoso, entre os meses de outubro e fevereiro, intensificado principalmente de outubro a dezembro.

Além do dano físico causado ao cafeeiro, a cigarra enquanto praga gera prejuízos econômicos e financeiros ao produtor. “O cafeicultor vive da produtividade. Se em sua lavoura há cigarra adulta, ninfa e larva sugando seiva, prejudicando a alimentação da planta, obviamente ele terá perdas na produtividade. Por isso o produtor deve sempre estar atento e procurar a assessoria de um engenheiro agrônomo”.

O trabalho de diagnóstico de uma lavoura para confirmação ou não do ataque das cigarras ocorre diretamente no cafezal. É necessário furar um buraco próximo ao tronco da planta e verificar a existência das ninfas. Em alguns casos, já foram encontradas de 300 a 1.000 ninfas por planta. As espécies maiores do inseto causam danos ao pé de café quando encontradas em quantidades superiores a 20 ninfas/planta. Já as espécies menores em quantidade superior a 60 ninfas/planta.

As informações são do CCCMG, adaptadas pelo CafePoint

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AUGUSTO COMUNIEN

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

EM 28/10/2013

Eita, bichinho excomungado.... o cafeicultor ainda tem que lidar com esta praga. Haja dinheiro ,é tudo caro. Perdi 2500 pés com estes bichos malditos.

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