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O preço do fertilizante aumentou! E agora José?

POR ANDRÉ GUARÇONI M.

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 31/10/2008

6 MIN DE LEITURA

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Não nos cabe mais falar sobre o aumento no preço dos fertilizantes, nem sobre os fatores que levaram a sua elevação. Esse é um fato inegável e tem sido discutido e sentido por diversos cafeicultores. Temos, sim, que tentar conviver com a adversidade e buscar alternativas para manter o custo de produção o mais estável possível.

Existem duas linhas de ação para que esse objetivo seja atingido: racionalizar a adubação, de forma a aumentar o aproveitamento dos fertilizantes, e utilizar adubos alternativos mais baratos. Essas duas linhas de ação, individualmente, podem levar a resultados satisfatórios. Mas, se utilizadas em conjunto, tendem a garantir resultados surpreendentes.

Na verdade, talvez este seja o momento ideal para se mudar a perspectiva geral utilizada atualmente na adubação: doses maiores do que as necessárias, pequeno enfoque no equilíbrio entre nutrientes, fontes caríssimas com reduzida relação benefício:custo, excesso de modismo, relutância em se utilizar o básico e simples.

Racionalização da adubação

Podemos apresentar um conceito que agrupa todos os fatores envolvidos nesse caso:

Quantidade de fertilizante = (quantidade de nutriente exigida pela cultura - quantidade de nutriente a ser suprida pelo solo) ÷ aproveitamento do fertilizante.

A partir desse conceito, poderíamos discutir questões que iriam preeencher um livro, mas esse não é o objetivo. Todos os artigos publicados no radar técnico "Solos e Nutrição", do CaféPoint, abordam, de uma forma ou de outra, este conceito. Como a quantidade de nutrientes exigida pela cultura é uma informação que muitas vezes não está ao alcance de técnicos e cafeicultores, temos que nos ater aos pontos a que temos acesso e que podem ser melhor empregados para reduzir as doses e aumentar o aproveitamento dos fertilizantes.

Para sabermos a quantidade de nutrientes a ser suprida pelo solo, a alternativa é, obrigatoriamente, realizar a coleta e a análise de solo. Não se pode adubar uma lavoura sem esta informação, e o próprio conceito mostra isso. Se o produtor soubesse quanto recurso poderia ser economizado apenas realizando-se a análise de solo, boa parte do problema estaria resolvida.

No CaféPoint, existem dois artigos que tratam desse assunto: "Amostragem de solo para a cultura do café" e "Amostragem de solos: Exemplos da relação entre o número de amostras simples e o diâmetro do trado utilizado". Além da análise de solo, a análise foliar também pode proporcionar uma base para nutrir o cafezal de forma mais eficiente, uma vez que o extrator de nutrientes mais adequado é a própria planta. Não se recomenda adubação a partir da análise foliar, mas pode-se ter uma idéia da eficiência das doses e fontes utilizadas, especialmente para micronutrientes.

Para um maior aproveitamento dos fertilizantes, o processo se inicia pela aplicação de calcário e gesso, se necessária. Não há aproveitamento adequado de fertilizantes se o solo não for corrigido ou se houver teores tóxicos de alumínio e baixos teores de cálcio e magnésio. Artigos que tratam desse assunto: "Necessidade de calagem para a cultura do café" e "Recomendação de gesso agrícola para a cultura do café".

Estando o solo corrigido, devemos aplicar os fertilizantes de forma que seu aproveitamento seja favorecido, especialmente os nitrogenados e fosfatados, o que irá reduzir as perdas. Este é um assunto extenso e complexo, mas existem cinco artigos no radar técnico Solos e Nutrição que discutem esse assunto:

Aplicação de uréia em cobertura para a cultura do café
Fontes de potássio e a qualidade do café produzido
Calcário mais super simples, uréia versus sulfato de amônio e cal hidratada em solução de micronutrientes
Micronutrientes: fontes e formas de aplicação
Adubação fosfatada para o cafeeiro

Pela quantidade de artigos relacionados, fica claro que a nossa preocupação em reduzir custos se fez presente muito antes do aumento no preço dos fertilizantes, sempre enaltecendo as vantagens do básico e do simples, em relação à utilização de estratégias mirabolantes.

Utilização de adubos alternativos

Podemos dividir os fertilizantes entre tradicionais e alternativos. Os fertilizantes tradicionais são aqueles obtidos a partir de processos industriais. O fato de um fertilizante ser obtido a partir de um processo industrial, seja por meio de uma complexa síntese ou de uma simples moagem, não o desabona como insumo viável, uma vez que as plantas, até que se prove o contrário, utilizam os nutrientes exclusivamente na forma mineral.

Tudo, nesse caso, irá depender de seu preço. Já os adubos alternativos, são, principalmente, de origem orgânica. Maiores informações sobre esse tipo de adubo, bem como suas vantagens e desvantagens, podem ser obtidas no artigo "Adubação orgânica ou não, eis a questão".

Existe, atualmente, grande movimentação para que sejam utilizados adubos alternativos, devido ao elevado custo dos adubos tradicionais. A proposta, a princípio, é interessante, mas devemos definir, claramente, se os adubos alternativos são realmente mais baratos do que os adubos tradicionais e, ainda, se a relação benefício/custo será compensatória.

Para avaliarmos corretamente o preço de um fertilizante, não basta sabermos o preço de uma saca ou de uma tonelada do mesmo. Temos, sim, que encontrar o preço do kg de determinado nutriente ou dos nutrientes, contidos no fertilizante. O Quadro 1 mostra a concentração de nitrogênio em alguns fertilizantes, bem como o preço de venda e o preço real do nutriente.

Quadro 1 - Concentração de N, volume de comercialização, preço de venda e preço real de alguns adubos minerais e orgânicos


1/ Considerando 40 % de umidade; 2/ Considerando a compra do esterco e o custo da mão-de-obra utilizada para preparação do composto.

A partir do preço da saca, tenderíamos a escolher, como mais barato entre os fertilizantes minerais, o sulfato de amônio ou o nitrato de cálcio. Entretanto, se calcularmos o preço do kg de N, veremos que a uréia é o fertilizante mineral, fonte de nitrogênio, mais barato, mesmo que ocorram perdas.

Entre os adubos orgânicos, apenas o composto caseiro seria mais barato do que a uréia, se o objetivo for fornecer apenas nitrogênio para as plantas. Mas os adubos orgânicos contêm outros nutrientes, os quais seriam igualmente fornecidos, ainda que em pequenas quantidades.

Para comparar o preço do kg de nutrientes contidos nos diversos adubos, foi elaborado o Quadro 2, no qual se relacionam a concentração de nutrientes, o preço de venda e o preço real do kg de nutrientes.

Quadro 2 - Concentração de nutrientes, volume para comercialização, preço de venda e preço real dos nutrientes, de alguns adubos minerais e orgânicos


1/ Considerando 40 % de umidade; 2/ Considerando a soma nas concentrações de N, P, K, Ca, Mg e S.

Comparando o preço do kg de nutrientes entre os adubos minerais e os adubos orgânicos, podemos constatar que estes são mais baratos, especialmente o composto preparado na própria propriedade. Por outro lado, por apresentarem baixa concentração de nutrientes, o gasto com transporte e mão-de-obra para aplicação será maior com os adubos orgânicos. Isso deve ser levando em consideração quando formos escolher o fertilizante, pois, aplicar 50 toneladas de adubos orgânicos, em uma lavoura implantada em área com elevada declividade, não é uma tarefa fácil.

Além desses fatores, podemos relacionar alguns outros relativos aos adubos orgânicos. Sua capacidade de melhorar as características físicas dos solos é inegável, melhorando a retenção de água, a aeração e a retenção de nutrientes. Por outro lado, mesmo que se aplique uma quantidade elevada de adubos orgânicos, é possível que alguns nutrientes ainda estejam em nível inadequado, causando deficiências. Isto ocorre não apenas pela diferenciada proporção dos nutrientes contidos nesses adubos, mas, também, pelo elevado tempo requerido para sua disponibilização. Nesse sentido, a adubação com fertilizantes alternativos (orgânicos) será mais eficiente caso sua aplicação seja contínua em diversos ciclos produtivos.

Considerações finais

Como já discutido, a utilização dos adubos alternativos não seria suficiente para reduzir os custos de produção. Para isso, devemos, também, racionalizar a adubação, evitando perdas. Nesse sentido, podemos sugerir os fatores que devem ser considerados para que a adubação seja a mais econômica possível:

a) Fazer análise de solo e foliar.

b) Calcular as doses de corretivos e fertilizantes com base nesses resultados.

c) Escolher o fertilizante com base no preço dos nutrientes.

d) Aumentar a eficiência de aplicação dos fertilizantes.

e) Aproveitar os resíduos produzidos na propriedade.

f) Evitar, a todo custo, qualquer desperdício de recursos.

No momento econômico atual, só temos uma certeza: a época do desperdício acabou! Agora, José, ou se é empresário e se utiliza as tecnologias economicamente viáveis, ou se abandona a cafeicultura.

ANDRÉ GUARÇONI M.

D.Sc. em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal de Viçosa-MG. Pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper)

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RONALDO LUIZ DE LIMA

MUZAMBINHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 26/12/2008

Prezado Dr. André
Na Fazenda que trabalho estou com dificuldade de controlar a Foma do café,estou pulverizando a cada 30 dias e não estou tendo resultado nas mihas pulverisação
Tenho feito análice de solo e de folhas não está apresentando desenquilibrio
Esta é uma lavoura de 3 anos produziu na clheita passada 4 litros em mádia por pé,medisseram com o o crescimento da lavoura vai diminuindo a doença só que estou perdendo produção deste ano por que está secando varas e ponteiros
Qual será a sua posição do que fazer para controle da doença?
Obrigado
Ronaldo
CELSO VIEIRA JUNIOR

MINAS GERAIS

EM 15/11/2008

Prezado Dr. André,

Tive a oportunidade de conhecer a fazenda do INCAPER em Venda Nova dos Imigrantes - ES e parabenizo-os pelo trabalho desenvolvido. Nesta ocasião tivemos encontro com o pesquisador Luiz Carlos Pressotto num debate sobre o tema desta coluna. NUTRIÇÃO DE CAFEEIRO ARÁBICA.

Fica claro que nós, produtores rurais, estamos encurralados com a atual situação. Provavelmente não conseguiremos nutrir nossos cafeeiros conforme as cartilhas mandam. Além disto, é muito importante que técnicos e produtores "troquem figurinhas" na hora de planejar sua adubação. Ficar semprede olho na formulação do produto, principalmente FÓSFORO, já que dependendo da fonte utilizada pelo fabricante a disponibilidade não será colocada a tempo;

outro cuidado é quanto ao NITROGÊNIO: produtos (uréia) estão sendo vendidos aos cafeicultores com a alegação que podem ser utilizados sem chuvas, que não volatizam, etc... mas não nos avisam que nesta tecnologia o produto tem prazo de validade (6 semanas) e que, se aplicado sem chuvas, volta a ser a "velha" uréia em 15 dias, ou seja, volatilizam também. E vão arrancando dinheiro do produtor desinformado.

Na produção orgânica, o gargalo é o nitrogênio, acredito. Se o produtor, principalmente os pequenos, numa ação integrada de produção, conseguir produzir parte dele na propriedade, estará menos dependente dos vendedores de adubo...
RONALDO SOUZA MORAIS

BOA ESPERANÇA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 09/11/2008

Dr. Andre,

Sou produtor de café em Boa Esperança e por incrível que pareça, o sul de MG tem talvez, mais de 20 mil ha de café arrebentado por granizo(chuvas recentes) dos quais, minha lavoura faz parte.

Então, no ES estão irrigando café conilon, e esta tecnologia ajuda a conseguir altas produções. Nos cafés irrigados por aqui no sul de MG, apesar de certos erros de execução, consegue-se até o dobro da safra no ano de alta produção e o triplo no ano de baixa produção.

De maneira geral, dizemos por aqui que conseguimos uma media de 65 a 70 sc beneficiadas/ha, sem fazer safra zero. Logicamente que podas vão fazer parte do planejamento para grandes produções.

O custo de produçõa da saca de café está maior que o preço de venda, ou seja, está na cara que vai dar prejuízo na proxima safra.

Na composiçõa do custo da saca de café os itens relacionados a fertilizantes químicos estão em dobro se comparados com a safra passada, portanto, nós produtores de cafe, além de não racionalizarmos a fertilização quimica, não vamos comprar aquela quantidade que as indústrias esperavam vender, ou seja, oferta maior que procura.

Será que os misturadores de fertilizantes importaram com preços altos? O petróleo está mais barato. Será que o produtor de café vai pagar esse prejuízo para quem importou mal? Duvido muito, estão mais esclarecidos.

Abracos
PEDRO DONIZETE DA COSTA

POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 04/11/2008

É importante termos pessoas capacitadas e interessadas em orientar-nos, como o Dr. André Martins. São informações como essas que nos possibilitam tomadas de decisões relacionadas à adubação.

Principalmente cortes de custos, com a utilização de fertilizantes orgânicos, especialmente o esterco bovino, que muitos têm em suas propriedades, o que nos possibilita utilizar menos produtos industrializados e caríssimos.
ROBLEDO RENE DE MORAES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/11/2008

Muito oportuna esta análise, que nos dá opções para escolher o que fazer neste ano de altos preços dos insumos e baixo preço do café.

Para quem tem esterco bovino ou outro qualquer em sua propriedade, o melhor é continuar colocando-o continuamente ao longo dos anos para conseguir bons resultados, como afirma o doutor André. Parabéns pelo ótimo artigo.

Além dessas considerações, gostaria que o autor fizesse uma comparação entre os diversos tipos de fontes de fósforo, com ênfase no fosfato natural de Araxá ou de Patos de Minas, que apesar de não surtirem efeito em curto prazo, têm importância no final.
ROMEU AMARAL JUNIOR

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 31/10/2008

Caro Doutor,

Como agrônomo fico assustado quando vejo artigos como o seu. Precisamos parar de brincar com o produtor e deixar de considerar compostos orgânicos como fertilizante. Estes importantes aliados da agricultura, principalmente, das culturas perenes devem sim serem considerados como estruturadores de solos. Mas, recomendá-los com fontes de nutrienes é no mínimo insensato. Você pode fazer qualquer análise econômica da lavoura que não chegará a nenhum resultado satisfatório de produção e bebida com esta argumentação.

Tenho 20 anos de experiência com café, atuando no ES, BA e MG e posso lhe afirma que a queda de produtividade é tão significativa que não remunera o produtor, dado que acredito seja de seu conhecimento.

Estamos vivendo um momento onde o que se deve decidir é o quanto de minha área eu devo tratar bem e tirar o máximo de produtividade e qualidade. Este é o tipo de decisão que deve ser tomada neste momento.

É esta a revolução pela qual a cafeicultura brasileira precisa passar. Só se obtém resultados de incremento de preços em commodities através do balanço entre oferta e demanda.

Vale ressaltar que opções como a sua podem ser até viáveis para o pequeno produtor. Mas, na minha opinião, acredito que se deveria propor a eles a melhoria de qualidade de bebida como forma de melhorar sua remuneração e não reduzir o nível de tecnologia aplicada. Não fosse assim o ES, estado no qual você atua, não teria desenvolvido tecnologia para a produção de 130 sacas/hec de conilon, por exemplo, como se obtém hoje em Linhares/ ES. Fica aqui meu registro.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Romeu Amaral Junior,

Acredito que possa se acalmar, pois o seu susto é, até certo ponto, infundado. Na verdade, você não entendeu corretamente as idéias levantadas no artigo.

É inacreditável o fato de você achar que estou "brincando" com os produtores, por isso, nem vou comentar. Dizer, também, que não se deve considerar compostos orgânicos como fertilizantes é, antes de tudo, um pensamento crasso. Ademais, no presente artigo, não recomendo a utilização exclusiva de fertilizantes orgânicos, mesmo que existam cafeicultores ganhando um bom dinheiro com "café orgânico", sendo isso um fato inegável.

Sugiro que leia o artigo "Adubação orgânica ou não, eis a questão" para que entenda melhor o meu posicionamento sobre o assunto. Mas posso antecipar alguma coisa, mostrando apenas o último parágrafo: "A utilização conjunta dos dois tipos de adubo (mineral e orgânico), visando-se aproveitar ao máximo os benefícios que cada um deles pode fornecer, parece ser a forma mais racional de adubação, deixando os extremismos para aqueles que não sentem no próprio bolso o peso de decisões equivocadas".

Você está correto quando afirma haver uma queda na produtividade quando se aplicam, exclusivamente, fertilizantes orgânicos e, mais correto ainda, quando acredita ser isso de meu conhecimento. Inclusive, no presente artigo, discuto as causas dessa redução.

Como agrônomo, você parece desconhecer que muitos cafeicultores estão deixando de adubar suas lavouras devido ao elevado preço dos fertilizantes. Isso não ocorre porque tenham receio do balanço entre oferta e demanda ou de um possível decréscimo no preço dessa commoditie, mas porque estão descapitalizados, sem capital de giro. Eu, pessoalmente, considero insensato sugerir a um cafeicultor, nessas condições, que contraia dívidas para melhorar a qualidade do seu café, baseando-se, apenas, nos fertilizantes utilizados.

Nesse sentido, Ensei Uejo Neto, profissional competente em qualidade de café, ensina que, "o café, como bebida, é influenciado diretamente pelas condições geo-climáticas e pela variedade utilizada, cabendo, ainda, a ação de fatores como o ponto de maturação e o processo de secagem". Portanto, os fertilizantes utilizados não seriam os pontos determinantes para que se obtenham cafés de qualidade superior. Sugiro a leitura dos artigos "https://www.cafepoint.com.br/?noticiaID=32151&actA=7&areaID=26&secaoID=69";, de minha autoria.

No presente artigo, não recomendo, de forma alguma, a redução no nível de tecnologia a ser aplicada. No último parágrafo do artigo proponho, sim, que devem ser utilizadas as tecnologias <u>economicamente viáveis</u>. E isso, ao que me parece, não significa reduzir o nível tecnológico, muito antes pelo contrário.

Realmente, no ES, alguns produtores têm conseguido produzir 130 sc/ha de café conilon, devido, principalmente, a trabalhos desenvolvidos no Incaper, Instituto no qual atuo. Resta saber se esses são os produtores que obtêm a maior <u>renda líquida</u> de suas lavouras, uma vez que, produtividade, em si, não quer dizer muita coisa. Com certeza, você, como agrônomo, já ouviu falar em dose de máxima eficiência econômica.

Agradeço pelo claro registro de suas idéias.

Atenciosamente,

André Guarçoni M.

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