Algumas regiões no Brasil estão sofrendo com a crise hídrica no agronegócio. A maioria das propriedades rurais toma emprestada da natureza a água da chuva, ainda assim, muito precisa ser feito para melhorar a eficiência no uso das águas na agropecuária.
O Brasil está entre os 10 países com maior área equipada para irrigação do mundo. Atualmente, são 6,95 milhões de hectares cobertos por irrigação no País, porém, o volume ainda é pequeno frente ao potencial estimado pelo levantamento.
Nos próximos anos, a pressão pelo uso racional da água deve fomentar a sustentabilidade da atividade e a consequente redução do desperdício, aumentando a necessidade de expansão de sistemas mais eficientes, avanços para melhor caracterização e monitoramento da atividade.
Algumas empresas já desenvolveram tecnologias inteligentes que permitem maior controle, assertividade e praticidade nas operações de irrigação. A multinacional israelense Netafim/Amanco lançou recentemente um sistema de irrigação ‘com cérebro’.
Denominado NetBeat, o software reúne todas as funcionalidades de automação, controle e monitoramento em uma única plataforma, para facilitar as atividades diárias nas propriedades rurais. O Gerente de Digital Farming da empresa, Bruno Toniello, explica que a solução é a primeira do mercado a oferecer recomendações técnicas de irrigação, baseada em modelos de cultivos dinâmicos que foram e estão sendo desenvolvidos em parcerias com institutos de pesquisa.
“A Netafim/Amanco revolucionou o setor de irrigação mundial anos atrás, ao desenvolver o sistema de gotejamento que permitiu expandir a produção de alimentos em climas hostis de forma sustentável. Agora, a empresa busca uma nova revolução tecnológica ao trazer uma tecnologia de alta precisão, eficiência e praticidade”, descreve o gerente.
Na página, que pode ser acessada por desktop, tablet ou smartphone, o produtor consegue ter informações atualizadas de clima, previsão do tempo e processos em andamento, além de agendar novas programações de irrigação com auxílio do assistente exclusivo.
Outro grande diferencial são as informações em tempo real, captada por sensores espalhados pelo campo, que trazem mais precisão nas tomadas de decisão. A tecnologia contempla desde o sensoriamento de solo, controle de irrigação, gestão da nutrirrigação e gerenciamento do ciclo de cultivos. Os sensores permitem obter informações sobre as condições do solo, desempenho e saúde das plantas, que são combinadas com os modelos de cultivos e oferecem recomendações técnicas, atualizadas a cada sete dias.
Entre os benefícios destacam-se a possibilidade de aumentar a produtividade e a otimização dos custos nas fazendas, já que as análises possibilitam mais assertividade nas operações. “Além de trazer mais praticidade com a automação, o propósito do NetBeat é também trazer mais precisão nas operações, tornando a atividade mais rentável e sustentável, com menor consumo de água, energia elétrica e mão de obra”, finaliza Toniello.
Mais informações: https://www.netafim.com.br/digital-farming/