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Mãozinha quase milagrosa na colheita do café

POR JOSÉ BRAZ MATIELLO

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 09/06/2016

2 MIN DE LEITURA

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Por José Braz Matiello*


Colher a lavoura de café, derriçando os frutos com as próprias mãos, está ficando cada vez mais raro depois que surgiram as “mãozinhas” mecânicas, as derriçadeiras motorizadas de operação manual. Elas vêm sendo adotadas em grande escala e de forma crescente, a cada ano e em todos os lugares. Ao vê-las operar, por trabalhadores com elas habituados, verifica-se que esse equipamento faz um bom trabalho, quase um milagre, substituindo uma operação, antes lenta e penosa, da colheita por derriça manual.


Foto: Procafé
As derriçadeiras e as “mãozinhas” são de diversas marcas, modelos e materiais. A da esquerda tem sido bem aceita por colhedores
 
Mas no início, faz mais de 20 anos, a introdução de maquinário derriçador semelhante vindo da Europa e, depois, as primeiras etapas do maquinário aqui fabricado geraram desconfiança e pouca aceitação. Era muita quebra de máquina, eram frutos voando longe, era quebra de ramos, desfolha e outros problemas operacionais. Gradativamente o maquinário foi melhorando, os trabalhadores foram sendo treinados e o sistema, hoje, pode ser considerado amplamente aprovado, embora, como tudo, sempre haverá necessidade de novos aperfeiçoamentos.

Foto: Procafé


As derriçadeiras motorizadas tem apresentado um bom rendimento na derriça, sendo que, normalmente, podem substituir dois a três trabalhadores na derriça manual. Este é o rendimento normal, no entanto, operadores bem treinados e trabalhando bem podem substituir mais, até quatro colhedores na colheita manual. O usual é um colhedor, com a máquina, colher 20-25 medidas (de 60 litros) por dia, mas tem alguns que colhem até 40 medidas.

A máquina derriçadeira possibilitou a criação de turmas profissionais de colhedores motorizados, que trabalham terceirizados, assim atendendo aos cafeicultores. Também nas propriedades foram adotados sistemas que garantem o melhor funcionamento do maquinário. Eles podem ser de dois tipos - Ou o proprietário compra o maquinário e destaca alguém para supervisão ou manutenção no dia a dia, ou, mais adequadamente, tem havido a aquisição pelo próprio colhedor, muitas vezes com adiantamento do recurso pelo proprietário. Deste modo, sempre o operador vai ter mais cuidado com o seu equipamento.

Com o maquinário o trabalhador aumentou os seus ganhos. Nesta safra tem gente ganhando até mais de R$200 por dia. Para o proprietário também trouxe vantagens, pois pode viabilizar com mais tranquilidade a colheita de suas lavouras, podendo contratar menos pessoas, já que estava difícil conseguir toda a mão-de-obra, antes necessária.

A derriçadeira motorizada beneficiou, especialmente, a cafeicultura de montanha, que vinha passando dificuldades na contratação de pessoal, em quantidade e custos compatíveis. Facilitou, ainda, para o cafeicultor familiar, vez que este e sua família podem, eles mesmos, fazerem sua própria colheita sem a necessidade de desembolsar recursos para a contratação externa. Também, ultimamente, a derriçadeira de operação manual passou a ser usada no repasse de derriça após o trabalho das colhedoras mecanizadas, automotrizes ou tratorizadas.

Finalmente, um comentário complementar de ordem econômico-social,na forma de uma pergunta que paira no ar. Estaria o maquinário desempregando pessoas? A resposta é negativa, pois essas pessoas, que eventualmente não seriam mais empregadas, já não vinham sendo encontradas. Assim, ao contrário, a maior viabilização da atividade da cafeicultura, em áreas montanhosas e em condições de pequenas propriedades, na realidade, gera mais renda e, com ela, mais pessoas dela usufruirão.


*José Braz Matiello é engenheiro agrônomo da Fundação Procafé

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LUIS ANTONIO RIBEIRO FONTÃO

VARGEM GRANDE DO SUL - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 24/07/2019

Parabéns pela matéria!
Em 1998 tive o prazer de fazer o projeto da primeira Derriçadeira de Café Manual do mundo quando trabalhava em uma conhecida empresa. Posteriormente em 2002 projetei a atual e que vende até hoje com diversas versões mas potencialmente o meu mesmo projeto.
Como a patente foi feita e concedida para a empresa que trabalhava e em nome de meu gerente da época, aguardei os vinte anos se passarem para finalmente fazer o meu projeto particular
Executei agora um novo projeto, a maquina KF1 que esta licenciada para a empresa Kadoshi de Varginha. Com este projeto melhoro ainda mais a qualidade da colheita, aumentando a eficiência, preservando ainda mais as gemas da próxima florada, diminuindo a desfolha e aumentando o rendimento.
Ficaria honrado em conversarmos a respeito..

Luis Antônio Ribeiro Fontão
JOSÉ BRAZ MATIELLO

MACAPA - AMAPÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/03/2019

Olha, possível é colher cafeeiros de primeira safra com as derriçadeiras motorizadas de operação manual, no entanto, elas não apresentam tantas vantagens, ou seja, um bom diferencial de rendimento, como quando utilizadas em plantas altas. Alem disso, elas agridem um pouco mais a folhagem e ramagem dos cafeeiros e, assim, tratando-se de cafeeiros jovens, que prometem safra em seguida, sempre é mais critico seu uso. Matiello
LUIS ANTONIO RIBEIRO FONTÃO

VARGEM GRANDE DO SUL - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 22/09/2020

Respeito seu ponto de vista mas convidaria-o a ver os resultados obtidos com minha nova derriçadeira a KF1, que mantem quase que integralmente a planta e se necessário, colhe ainda verde.
Hoje posso afirmar que não temos um equipamento ou método "produtivo" que agrida menos a planta na hora da colheita.
Quanto aos pés mais altos concordo ser mais difícil, porem temos tubos mais longos para este fim.
Quando da implantação das derriçadeiras os pés eram quase centenários e consequentemente muito altos e adensados, hoje tudo mudou, temos tecnologia e pés produzindo já nos primeiros anos de vida, com qualidade e batendo recordes de produção por hectares plantados.
Grande abraço..
Fontão
WAGNER ROGERIO SILVA

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 26/03/2019

Boa tarde ! Se alguém poder me tira está dúvida. Tenho uma lavoura que agora na colheita , junho 2019 vai está com 30 meses. Esta mãozinha faz um bom trabalho em lavoura nova , ou não é indicada?
LUÍS ANTÔNIO RIBEIRO FONTÃO

VARGEM GRANDE DO SUL - SÃO PAULO

EM 16/11/2016

Com muito orgulho pude acompanhar a evolução deste mercado.

Quando trabalhava na Brudden, tive a oportunidade de projetar a primeira derriçadeira comercial no Brasil (DCM10) e nesta época os pés de café tinham mais de trinta anos, as culturas não eram arruadas (plantadas com espingarda) e nem podíamos falar em esqueletamento.

A História (Globo) fala que a "EMBRAPA" estava desenvolvendo maquina semelhante que nunca tive noticias de seu lançamento e nem o nome do fabricante.

Apesar de tudo, meu maior medo na época (2003 / 2004) era ser responsável por acabar com a mão de obra no campo.

A segunda maquina que projetei foi a atual líder de mercado a DCM11, também pela Brudden e agora posso afirmar que o mercado e a cultura do café no Brasil mudou para melhor após o lançamento de minha maquina..



Luís Antonio R. Fontão
GUILHERME DOS SANTOS SALOMÃO

MUZAMBINHO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/06/2016

A muitos anos (desde de 95) minha família adotou não só a colheita semi mecanizada com o auxilio das máquinas motorizadas portáteis, mas também toda a linha destas ferramentas que são hoje indispensáveis para a condução das lavouras. Ao longo dos anos observamos grande avanço a respeito de adaptações, melhorias, diversificação dos acessórios e implementos. Hoje, graças a toda esta tecnologia, é possível obter algum lucro na cafeicultura sem que haja esforços deletérios a saúde dos produtores e trabalhadores rurais.

Em conversa com um cafeicultor em Pinhalão no norte Pioneiro do Paraná, ouvi uma frase que explica muito bem toda esta revolução: "Se Deus tivesse criado o homem para trabalhar com sua força bruta, andaríamos sobre 4 patas"
ADELBER VILHENA BRAGA

CAMPESTRE - MINAS GERAIS

EM 13/06/2016

Boa tarde Professor Matiello!



É com grande satisfação que recebo seu convite.

Sou produtor e amante da cafeicultura, e procuro dedicar minhas pesquisas principalmente a importância social da cafeicultura.

Será para mim uma grande oportunidade e uma imensa honra estar ao lado de pessoas que admiro e respeito por sua dedicação à melhoria da cafeicultura!



Meu e'mail é: adelbervbraga@hotmail.com



Att: Adelber Vilhena Braga.


JOSE BRAZ MATIELLO

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PESQUISA/ENSINO

EM 11/06/2016

Adelber, voce pode apresentar o seu trabalho em nosso Congresso de Pesquisas Cafeeiras, que vai ser de 18-21 de outubro, em Serra Negra-SP.
LEONILDO MICALI JÚNIOR

LUCÉLIA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 10/06/2016

Nas áreas de montanha da resultado !!!!!
JOÃO BATISTA VIVARELLI

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/06/2016

Mãozinha realmente milagrosa, de muita utilidade, em muito veio agilizar à colheita de café em regiões de montanha.
JOÃO BATISTA VIVARELLI

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/06/2016

Mãozinha realmente milagrosa, em muito agilizou à colheita do Café em regiões de montanha.
ADELBER VILHENA BRAGA

CAMPESTRE - MINAS GERAIS

EM 09/06/2016

Estou desenvolvendo meu TCC para conclusão do curso de pós graduação em cafeicultura pelo Instituto Federal de Muzambinho, intitulado "CONDUÇÃO DO CAFEEIRO PARA COLHEITA SEMIMECANIZADA: PERCEPÇÃO DOS PRODUTORES E TABALHADORES DO BAIRRO POSSES EM CAMPESTRE-MG". Neste trabalho procuro enfatizar a importância do planejamento no plantio e condução das lavouras pensando no rendimento da colheita e no conforto do trabalhador, com o intuito de reduzir custos de colheita. O planejamento assim como acontece em regiões mecanizadas deve ser prioridade também para colheita semimecanizada. O trabalho está em fase de conclusão, e é um estudo de caso, onde levo em conta principalmente o conhecimento dos produtores e apanhadores profissionais, que é o que realmente importa na minha opinião. A coleta de dados está sendo feita através de entrevista semiestruturada.

Como o tema é muito oportuno, e quase não há trabalhos que enfatizem a questão do planejamento e o conhecimento de quem usa esta tecnologia, coloco o meu trabalho à disposição de vocês. Deve estar finalizado em quarenta dias.



Att: Adelber Vilhena Braga.

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