A produção de café envolve diversas etapas. Segundo estudo realizado pela Embrapa, mesmo retirando todas as impurezas como paus, terra, pedras, folhas, entre outros, é importante que o café passe pelo lavador para a retirada de material fino aderido à superfície dos frutos e separação dos frutos maduros dos boias e outras materiais.
Com a adoção do lavador ou separador hidráulico, em função da densidade, cafés que flutuam na água (secos, brocados, malformados e imaturos), comumente denominados “boias”, são separados dos frutos pesados (cerejas e verdoengos). Além da separação dos boias, os frutos maduros (cerejas) podem, ainda, serem separados dos frutos parcialmente maduros (verdoengos ou verde cana) no descascador de cerejas. Finalmente, depois de submetidos a uma secagem adequada para cada tipo, devem ser armazenados separadamente.
Para a Embrapa, os diferentes tipos de café devem ser secados e armazenados em lotes separados, ou seja, os cafés boias não devem ser armazenados com os cafés originados de frutos perfeitos, nem os cafés boias da primeira fase de colheita com os de final de colheita.
O cafeicultor deve, antes de decidir pela formação de lotes, analisar os motivos que caracterizaram o café como boia. É muito comum, no final da colheita ou em regiões de baixa umidade relativa do ar, a obtenção de grande porcentagem de frutos do tipo boia de boa qualidade. Nesse caso, a característica “boia” foi devido à secagem na planta e não faz com que o produto seja desqualificado.
Resumindo, vamos considerar os cafés boias como “suspeitos”, prepará-los e armazená-los em lotes individualizados, e só aceitar determinado valor de venda depois de serem classificados segundo tipo e bebida.
Após a lavagem, os frutos verdoengos (meio maduros) e maduros podem ser conduzidos para descascadores mecânicos. São encontrados no mercado diferentes modelos e com capacidade de processamento variável. Em muitas unidades de processamento, além do transporte dos frutos do lavador até o descascador, exige muita água.
Passo a passo
No cilindro do descascador, os frutos são pressionados contra uma peneira, rompendo casca dos frutos maduros e liberando os grãos com parte da mucilagem. Estes, juntamente com a casca, passam pela peneira e caem no separador de casca. A casca é removida por um parafuso sem fim. O “café cereja descascado” sai em uma bica e os frutos verdoengos, resistentes ao esmagamento, saem intactos por outra bica.
A pesquisa foi realizada pela Embrapa, autores:
Juarez de Sousa e Silva - Eng. Agrôn, Ph.D., Prof. da UFV, Viçosa - MG
Sérgio Maurício Lopes Donzeles - Eng. Agrôn., D.Sc.
Sammy Fernandes Soares, Eng. Agrôn., D.Sc.
Aldemar Polonini Moreli - Adm. Rural, M.Sc.
Douglas Gonzaga Vitor - Eng. Agrôn.
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