O café precisa de nutrientes provenientes do solo, como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, zinco, manganês. Estes elementos devem ser avaliados com frequência, já que ficam em todas as partes do fruto.
O nitrogênio e o potássio são muito importantes. O primeiro é responsável pelo crescimento das folhas e o segundo pela formação dos açúcares e pela qualidade final do fruto, ao permitir uma plena maturação. Por isso, devem ser repostos em quantidades maiores.
A coleta de amostras é o passo mais importante para a avaliação da fertilidade do solo, já que terrenos de baixa fertilidade colaboram para uma cultura menos rentável. A folha também ajuda a identificar a possível falta de nutrientes. A competitividade exige do cafeicultor maior eficácia para manter-se na atividade.
A busca de uma maior produtividade do cafeeiro demanda pesquisas. Quando a produtividade é muito baixa, geralmente existem problemas como falta de tecnologia apropriada no cultivo, lavouras velhas ou mal conduzidas, pouca adubação, etc. Por outro lado, alguns fatores podem aumentar a produtividade, como a escolha da variedade adequada, o controle fitossanitário e o manejo correto do solo.
Compreender os efeitos da umidade do solo no cafezal é outra ferramenta fundamental. A irrigação é frequentemente necessária em regiões com pouca chuva e a falta de água é prejudicial principalmente durante a frutificação. A ideia de cafeicultura irrigada está sempre relacionada à imagem de equipamentos modernos. Entretanto, é preciso escolher variedades que se adaptem às diversas formas de irrigação existentes.
Gotejamento
Nesse sistema, a água é levada sob pressão através de tubos até ser aplicada no solo, diretamente na zona da raiz da planta. É um sistema caro, indicado para regiões com pouca disponibilidade de água. Chega a dobrar a produção de uma cultura de café e pode manter a safra estável ano após ano. Também tem a vantagem de reduzir doenças e economizar água, energia e defensivos, além de permitir a fertirrigação, o que diminui a utilização de adubos.
Aspersão convencional
Consiste em lançar jatos de água na plantação, que caem em forma de chuva. O investimento de capital é menor, mas a mão de obra é intensa por conta de mudanças da tubulação que conduz a água.
Pivô central
É também um método de aspersão, com a diferença de que a água é movimentada de forma circular e enviada sob pressão através de tubos metálicos (onde se instalam os aspersores, que “borrifam” água) a partir de um dispositivo central (ponto de pivô). Esses tubos são suportados por torres triangulares com rodas, que possibilitam um movimento de rotação em torno do ponto de pivô. Em geral, os pivôs são instalados para irrigar áreas de 50 a 130 hectares. Têm como vantagens o controle do deslocamento do equipamento, a uniformidade de irrigação e a pouca mão de obra empregada.
Sulco
Neste método, ideal para cultivos em fileiras, a distribuição da água é feita por gravidade, pela superfície do solo. O custo é menor do que o dos métodos de aspersão, bem como o consumo de energia, mas deve ser aplicado sobre terrenos planos. Entretanto, o investimento em mão de obra é alto e a eficiência é baixa (de 30% a 40%). Por isso, tem sido alvo de críticas.
As informações são do Guia do Barista – Da origem do café ao espresso perfeito.