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Fundação Procafé: Tipos de corretivos para cafezais

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 30/04/2014

3 MIN DE LEITURA

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Na lavoura cafeeira o uso de corretivos é muito importante, para reduzir a acidez dos solos e neutralizar o alumínio e manganês tóxicos, alem de fornecer nutrientes, como o cálcio e o magnésio, essenciais ao desenvolvimento e produtividade das plantas. Os corretivos de acidez são classificados em:

Calcário: produto obtido pela moagem da rocha calcária, sendo composto por carbonato de cálcio e de magnésio. Em função do teor equivalente em MgO eles são classificados como calciticos, magnesianos ou dolomiticos.

Cal virgem agrícola: obtido industrialmente pela calcinação ou queima completa do calcário. Seus constituintes são o óxido de cálcio e o óxido de magnésio. O CaO e o MgO reagem com a água produzindo os respectivos hidróxidos.

Cal hidratada agrícola ou cal extinta: obtido industrialmente pela hidratação da cal virgem. Seus constituintes são o hidróxido de cálcio e o hidróxido de magnésio.

Calcário calcinado: preparado pela calcinação parcial do calcário. Seus componentes são carbonatos e, parte, de hidróxidos de Ca e Mg.

Escória de siderurgia: subproduto da indústria do ferro e do aço, sendo composta por silicatos de cálcio e magnésio.

Carbonato de cálcio: preparado pela moagem de depósitos terrestres ou marinhos de carbonato de cálcio, com ação semelhante ao carbonato do calcário.

Como visto anteriormente, os diversos corretivos se diferem pela sua característica química, a partir da qual os diferentes produtos podem dar origem a bases fortes, como o OH- disponibilizado rapidamente no solo, com correção a curtíssimo prazo, ou corresponder a bases fracas, como os carbonatos (CO3- -) ou silicatos (SiO3- -) estes com correção lenta. O Ca e o Mg não são neutralizantes, são, apenas, nutrientes para os cafeeiros. O gesso (CaSO4.2H2O) não é corretivo de acidez, porque o SO4- - é uma base química extremamente fraca.

Pela razão aqui colocada, a escolha do corretivo, para uso adequado nas lavouras de café, deve considerar a sua resposta no prazo desejado. Assim, no plantio, pode-se, normalmente, usar um calcário comum, pois a resposta pode ser esperada em prazo maior. Já, para lavouras adultas, onde se deseja uma correção no curto prazo, e, especialmente, por não ser possível a incorporação do calcário, deve-se dar prioridade para fontes mais rápidas.

Na figura 1 e no quadro 1 pode-se observar os resultados de experimentos que mostram diferenças de correções, no pH e nos teores disponibilizados de Ca e Mg, na comparação de um calcário comum com uma cal virgem ou hidratada(tipo GEOX). As cais (virgem e hidratada), além de possuirem granulometria fina, apresentaram reatividade maior, devida à natureza química (bases fortes), podendo-se verificar que a ação desses produtos ocorreu em período muito curto (a partir de 10 dias).

Na escolha de um determinado tipo de corretivo deve-se observar, também, os teores disponíveis de Ca e Mg (expressos, por convenção, como CaO e MgO), a granulometria e o poder de neutralização, estes 2 últimos expressos em PRNT. Elementos do ambiente e do modo de aplicação, como a presença de umidade, de temperaturas mais altas, da presença de acidez e de incorporação ao solo, ativam e aceleram a correção pelo produto.

O efeito residual de um corretivo (tempo de duração da correção) depende da dosagem usada, do tipo de solo e das adubações (adubos nitrogenados acidificam o solo).

Finalmente, nunca é demais ressaltar que, cabe ao Técnico indicar o corretivo, de acordo com a situação da lavoura, considerando as características químicas e físicas do produto, e tendo em vista, também, a necessidade verificada pela análise de solo e a questão do beneficio/custo do produto.

Figura 1- Correção de pH em solo sob diversas fontes de calcário, Muzambinho-MG, 2013

Fonte - LD do CARMO; FC FIGUEIREDO; PP BOTREL. Curso Superior de Tecnologia em Cafeicultura do IFSULDEMINAS, Câmpus Muzambinho. In- Anais do 39º Cong. Bras. Pesq. Caf., Fundação Procafé, 2013, p. 175. 

Tabela 1- Dados médios de pH, teores de Ca, Mg e V% em amostras de solo, O-20 cm, sob efeito de diferentes modos e produtos corretivos de rápida efeito – Coleta do solo aos 25 dias após aplicação. Piumhi-MG, 2013


Fonte - J. B. Matiello e Ana Carolina R.S. Paiva – Engs Agrs Mapa e Fundação Procafé, e Gabriel R. O. Vaz e Eduardo M. C. Pinto, Engs Agrs GECAL , In - Anais do 39º Cong. Bras. Pesq. Caf., Fundação Procafé, 2013, p. 153.

As informações são da Fundação Procafé
 

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ODIRLEI GUERRA

CAMACAN - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 12/10/2015

Parabens pela materia muito proveitosa.

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