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Fundação Procafé: Réquiem à cafeicultura de montanha

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 11/12/2013

2 MIN DE LEITURA

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Toda a cafeicultura brasileira está passando por um período difícil, em função da conjuntura atual, de preços baixos do café. O reflexo dessa situação pode ser sentido pelas inúmeras manifestações e reivindicações efetuadas pelo setor, no sentido de que sejam adotadas medidas de política cafeeira, capazes de minimizar os problemas de baixa ou negativa rentabilidade, verificada na produção de café.

A condição está ainda pior para as lavouras nas montanhas, onde os tratos e a colheita são efetuados manualmente e os custos de produção do café são mais altos.

Não bastasse a questão do preço, a safra para 2014, nessas regiões tradicionais de montanha, na Zona da Mata de Minas e no Espirito Santo, está prevista com quebra significativa. Essas regiões, juntas, tem capacidade produtiva de cerca de 9-10 milhões de sacas/ano de cafés arábica, volume este obtido em 2013.

Agora as lavouras ficaram muito sentidas, com elevada desfolha e com seca intensa da ramagem dos cafeeiros, resultado do stress pela ultima safra, agravado pelo maltrato, este ligado, já, ao preço desestimulante do café. Isto indica, de inicio, que a safra de 2014 na região venha a sofrer uma quebra na faixa de 30-40%.

No café remanescente desta safra de 2013, a má qualidade dificulta ainda mais o preço conseguido pelos produtores, que tem ficado na base de 150,00 a 175,00 por saca, bem abaixo do custo de produção. Essa qualidade, mais concentrada em cafés bebida Rio, esteve ligada ao alto custo e carência de mão de obra, mais o período úmido na fase de maturação e colheita dos frutos, ocasionando um retardamento na operação, favorecendo as fermentações e a queda de maior parcela de frutos no chão, assim com maior quantidade de cafés de varrição.

Se não houver nenhuma catástrofe climática, a situação de preços baixos deve permanecer por alguns anos. Também, a situação do alto custo e da carência de mão de obra não deve mudar para melhor, pois os trabalhadores estão saindo, do campo para a cidade.

Deste modo, está na hora de se pensar em sistemas alternativos de manejo da cafeicultura de montanha, que facilitem os tratos e a colheita. Alguns avanços já foram feitos nesse sentido, com a adoção de lavouras mais adensadas. Mas, é necessária uma nova postura, de mudança, por parte dos técnicos da pesquisa e dos que trabalham nos serviços de orientação aos cafeicultores.

É preciso adotar as novas variedades, produtivas e resistentes, reduzindo os custos de produção. É necessário aplicar sistemas de plantio e podas que resultem em plantas mais baixas e mais fáceis de tratamento e de colheita, sendo o caso de podas de desrama baixa e aquelas para safra zero. Outras práticas que facilitem o manejo, como o micro-terraceamento e o uso de derriçadeiras mecanizadas também devem ser prioritárias. Em resumo, é muito importante que as lavouras e os sistemas atuais de manejo sejam rapidamente adaptados a uma nova realidade. Sem isso, como se diz no título, só restaria orar pela moribunda cafeicultura.

As informações são da Fundação Procafé, adaptadas pelo CafePoint.

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DALTON SILVA GOULART DE CARVALHO

TRÊS CORAÇÕES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 14/12/2013

A tendência da cafeicultura de montanha é acabar. Com a mecanização da colheita e o encarecimento do custo da mão de obra, investir em novas áreas não mecanizadas somente se justifica caso se almeje a produção de cafés especiais. Caso contrário, o risco de perder seu investimento é enorme, principalmente quando vislumbramos os  possíveis  cenários para o pais no médio e longo prazo (mão de obra mais cara).Os cafeicultores que podem mecanizar suas lavouras devem sobreviver e com mais produtividade fornecerão até mais café do que o atual modelo proporciona.       
MARCOS CARVALHO

CABO VERDE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 12/12/2013

A cafeicultura de montanha esta passando dificuldade por causa de preços atuais, se não tiver um tratamento diferenciado, causara  um transtorno social  que poderá ser irreversíveis !!!!!!!
JOSEPH CRESCENZI

ITAIPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 12/12/2013

Uma alternativa, contando com eventuais "Safra Zero" seria a diversificação da propriedade em nível de que a produção de café seja o "Lucro Líquido" anual.  Independente do preço do grão, este representa o lucro obtido no ciclo. Tem ano bom, tem ano menos bom, nunca ano desesperador.

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