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Fundação Procafé: Morte em plantas jovens de cafeeiros conillon, por plantio de mudas de estacas

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 05/12/2013

2 MIN DE LEITURA

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Mudas clonais de cafeeiros conillon, produzidas através do enraizamento de estacas de ramos ortotrópicos, tem ocasionado problemas de morte em plantas jovens, por efeito de sistema radicular mais superficial e menos desenvolvido.

Duas causas são mais comuns na mortalidade de cafeeiros conillon no campo. A primeira é a ocorrência de mancha manteicosa, uma doença causada por Colletotrichum, um fungo que ataca somente plantas susceptíveis que se apresentam no meio das lavouras, em pequeno percentual. Essa morte ocorre até os primeiros 4-5 anos de campo, existindo diferentes níveis de susceptibilidade, algumas plantas morrendo logo e outras atacadas em poucas folhas e ramos, sem problemas de morte.

O problema de mancha manteicosa é restrito às mudas oriundas de sementes, já que, com a fecundação cruzada nos cafeeiros da espécie C. canephora , mesmo plantas sadias, sem a doença, podem dar origem a sementes que resultarão em plantas susceptíveis.

No caso das mudas clonais, como as plantas matrizes selecionadas não são mais susceptíveis, elas só darão origem a plantas que não irão desenvolver a doença.

Por outro lado, conforme já dito no inicio, o uso de mudas clonais leva a uma segunda causa frequente de morte de plantas, estas ainda jovens, por apresentarem vários piões ou raízes primárias, com isso tendem a formar um sistema radicular mais superficial.

Uma vez no campo, as mudas, com bons tratos nutricionais e irrigação, se desenvolvem bem na sua parte aérea, e as plantas passam a exigir das raízes, estas, pouco desenvolvidas, não atendem bem, então a parte aérea começa a amarelecer a folhagem e as plantas ficam prejudicadas e sua maioria morre rapidamente.

Em terrenos mais argilosos, duros, existe uma interação com o sistema radicular, e, nessa condição, o numero de plantas com amarelecimento e morte aumenta, sendo comum mais de 10% das plantas.

O problema de morte de plantas de conillon não comporta uma solução salvadora, pois se torna difícil, no curto prazo necessário, recompor as raízes das plantas. O que se pode tentar, com boa possibilidade de sucesso, é a poda das plantas, tipo uma recepa alta. Como a planta aos 2 anos tem pouco mais de 1 m de altura, ela seria cortada pela metade, deixando mais equilibrada a sua parte aérea em relação ao sistema radicular, o qual, menos exigido, poderia se recuperar gradualmente. Isto deve ser feito o quanto antes se notar o problema de amarelecimento das plantas.

A indicação mais certa consiste no replantio mais rápido das plantas mortas.

Outra recomendação, nos novos plantios, é o uso de Triadimenol (Bayfidan ou Premier plus) nas mudas clonais, no viveiro, para que possam aumentar o volume de raízes finas, já que elas são carentes nesse aspecto.

As informações são da Fundação Procafé, adaptadas pelo CafePoint.

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LUIZ HENRIQUE FERNANDES

VILA VELHA - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/12/2013

Não creio que o texto reflita muito bem a realidade do conilon, principalmente do Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia, onde é mais tecnificado. Principalmente nas lavouras recém-plantadas, com acompanhamento técnico e uma boa base nutricional, as lavouras saem muito vigorosas e alcançando excelentes produtividades. É sabido que alguns clones, ao chegar na época da poda programada, morrem algumas plantas, mas isso devido a grande perda de raízes oriunda do manejo da poda, que cai drasticamente. Um excelente tratamento para aumento de raízes que temos visto é aplicação de Tiametoxam desde o viveiro até aplicação no campo, com o produto Actara 250 WG, uma vez que é comprovado cientificamente os ganhos fisiológicos oriundos da aplicação deste ingrediente ativo nas plantas, gerando maior enraizamento e vigor.
ANTHERO DE CASTRO ALMEIDA

ITAMARAJU - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 09/12/2013

Aqui e Anthero de Castro Almeida quem fala. Na minha lavoura a planta começa a amarelar e depois morre, mas se houver outra galha no pé a planta sobrevive. Será que não pode ser um tipo de broca, tipo a da aste? Obrigado pela a atenção, qualquer resposta estou no email, antherodecastro@hotmail.com
RAQUEL

ALTA FLORESTA D'OESTE - RONDÔNIA - PESQUISA/ENSINO

EM 07/12/2013

Concordo com o Wander, o preparo do solo é fundamental para o bom desenvolvimento do cafeeiro. Outra questão é o tamanho das covas ou do sulco, covas rasas em solos muito argilosos por exemplo dificulta o desenvolvimentos das raízes pivotantes, e geralmente o uso de irrigação localizada proporciona o  crescimento limitado das raízes havendo esses contra tempos ao longo do desenvolvimento da planta. Eng. Agrônoma, Raquel Schmidt, Aluna pesquisadora do Programa de Pós Graduação em Produção Vegetal-Nutrição de Plantas- UFAC
CLEUSA MARQUES

CAMPOS GERAIS - MINAS GERAIS - CAFETERIAS E PONTOS DE VENDA DE PRODUTOS DE CAFÉ

EM 07/12/2013

Concordo com os comentários e acredito que muitos viveiristas não se preocupam com a qualidade das mudas visando um comércio só de grandes vendas.Não sou formada em nada mas pude observar a plantação que meu avó fez a mais de setenta anos,onde o cafezal dele era o mais robusto,alto e verde,dentre as plantações vizinhas,todos comentavam e perguntavam porque o dele era o melhor e rendia muito mais na colheita.Muito simples,eram mudas de qualidade,ele fazia todo tratamento necessário durante o ano usando produtos na manutenção e tratando a terra.Não tinha estudo nenhum mas procurava sempre fazer o melhor investindo e desses cuidados obteve os lucros onde pode contruir sua vida aqui no brasil quando chegou de portugal.Hoje as facilidades se tornaram dificuldades para o agricultor,porque as facilidades muitas vezes é sem qualidades.Tudo é questão de observar de onde vem as mudas,pra qui terra vai e o tratamento que vai ter,observando estes tres princípios não ha café com problemas a não ser o de natureza de clima.Só haverá plantação e colheita com lucros fazendo escolhas e dando bom tratamento aos cuidados do cafezal.
WANDER RAMOS GOMES

NOVA VENÉCIA - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/12/2013

Concordo em partes mas vejo uma solução simples, um bom manejo de nutrição de base fosfatada, baseada em análise de solo, com princípios de nutrição, seria a solução. Ha tempos observamos esses problemas. Infelizmente temos viveirista sem muitos critérios na seleção de suas estacas, hora muito lenhosa e as vezes muito tenras, outra vezes, o preparo de substrato mal feito e agregado ainda um recipiente pequeno,entre outros  seria um dos problemas do viverista. O problema no produtor é pouco planejamento no plantio, por falta de informação, ou mal informado, lavouras são implantadas sem uma preparação nutricional da cova e depois buscam soluções milagrosas para salvar a lavoura. Portanto o problema não é um mas um conjunto de problemas.  Eng. Agr. Wander Ramos Gomes, Coordenador Técnico/COOABRIEL.
CRISTIANO COCCO

JAGUARÉ - ESPÍRITO SANTO - PESQUISA/ENSINO

EM 05/12/2013

muitos cafeicultores, principalmente viveiristas não respeitam os bancos genéticos que tem no mercado saem catando brotação de qualquer café, depois tem má qualidade genética com consequências ja conhecidas, mortalidade, plantas sem resistência a pragas e doenças....  

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