ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Excesso de calor: como isso pode prejudicar a produção de café?

POR EQUIPE CAFÉPOINT

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 04/02/2021

3 MIN DE LEITURA

0
0

Produtores se preocupam como as mudanças climáticas e as temperaturas excessivas podem prejudicar a produção de café. O engenheiro agrônomo Dr. José Donizeti Alves esclarece essas dúvidas.

Para os cafeicultores, 2020 ficou gravado pela triste memória de uma seca que afetou o vingamento dos frutos e encurtou a janela de crescimento do café. Por conta disso, haverá redução nas safras de 2021 e 2022, mas felizmente a seca do ano passado ficou para trás.

Estamos em pleno verão e com ele vieram as chuvas em volume suficiente para reverter a situação de déficit para excedente hídrico no solo. Essa condição permitiu, como já havíamos previsto, uma recuperação do crescimento vegetativo pela emissão de novos nós e folhas. O que se nota hoje é que as lavouras em nada lembram àquelas que vimos nos meses de agosto a novembro. Elas estão sadias, bem enfolhadas, vigorosas e com melhores perspectivas de safra em relação àquelas projetadas em alguns meses atrás. As atuais condições só foram alcançadas graças ao clima até então favorável e a rápida decisão dos cafeicultores em retornar as adubações e o controle de pragas, doenças e do mato. Aqueles que não o fizeram certamente estão vendo os efeitos de uma decisão equivocada.

Lavouras adultas

Em função do enfolhamento das plantas, o cafeeiro pôde então capitar a energia luminosa e transformá-la em energia química (carboidratos), que foi canalizada para o crescimento de raízes, folhas, ramos e principalmente frutos. Fatores externos facilmente identificáveis, como crescimento ativo de frutos (expansão rápida) e de ramos, nenhuma desfolha ou mesmo queda de frutos, são sinais de que os carboidratos foram e estão sendo sintetizados (fonte) em quantidade suficiente para atender os crescimentos vegetativo e reprodutivo (drenos).

Para que essa produção de carboidratos seja sustentável até a fase de granação (acúmulo de matéria seca na semente) e que permita aos ramos crescerem por mais dois meses (até o final do verão), a fotossíntese tem que continuar a operar em níveis semelhantes aos atuais. Para tanto, chuvas abundantes e temperaturas que não ultrapassem 32º C são condições “sine qua non”.

Até o momento, os carboidratos sintetizados estão atendendo bem as atuais exigências das plantas. Tanto é verdade que a lavoura está reagindo muito bem às atuais condições climáticas. A má notícia é que essa energia produzida é suficiente apenas para abastecer os drenos no dia a dia, restando muito pouco para o armazenamento na forma de amido. Portanto, a continuidade desse calor pode zerar a fotossíntese e, na sequência, esgotar as reservas de carboidratos, gerando um desequilíbrio nas relações fonte e dreno, condição em que a fonte não é capaz de sustentar os drenos. Como consequência haverá desfolha, predispondo as plantas ao ataque de pragas e doenças. Caso o calor se estenda até fevereiro/março, haverá sérios problemas na granação com a produção de alta percentagem de frutos chochos.

Lavouras recém-implantadas

Ainda que as lavouras adultas, enquanto durar a reserva de energia, continuarão a reagir bem ao clima atual, esse calor pode provocar sérios danos às mudas recém plantadas. Em função de um volume insuficientes de raízes, a água perdida pela transpiração das folhas das mudas não é totalmente reposta e provoca murcha ou escaldadura. Sempre que as folhas murcharem, a única saída para minimizar o problema é a irrigação, quantas vezes for necessária. Caso não irrigue, as plantas definham, ficam pouco desenvolvidas e nunca serão plantas adultas saudáveis.

É importante destacar que a irrigação pode não ser totalmente eficiente, uma vez que os efeitos negativos do calor podem suplantar aos benefícios da adição de água. Por outro lado, se não irrigar e o veranico se estender por muito tempo, a grande maioria das mudas irá sofrer escaldadura, secar e morrer. Em ambos os casos deve-se fazer o replantio das mudas sabendo que, ainda que indesejável por atrasar mais o desenvolvimento das plantas e aumentar os custos, essa operação tem que ser feita.

As informações são de Guy Carvalho (por Carol Mendes).

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures