Nessa semana ocorreu a 10ª edição do NutriExperts, evento voltado a consultores agronômicos de todo o País e da América do Sul, com o intuito de avaliar os efeitos da seca e geada e o futuro da cafeicultura.
O evento contou com a participação do professor José Donizeti Alves, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), que abordou o tema "Vencendo as barreiras fisiológicas na produção de café". Ele resgatou a história do café e levantou alguns pontos que ainda trazem dificuldade para o produtor. Entre os fatores que determinam o nível de produtividade, José Donizeti ressaltou que o momento é de muita pressão para o cafeicultor, mas que com o manejo eficiente os problemas podem ser minimizados.
"Quando a pressão do ambiente é muito grande, a tendência do cafeeiro é de trabalhar ‘contra’ o produtor e produzir pouco. Se o ambiente é bom, o pé de café vai responder e, nesse cenário, precisamos falar de clima e manejo. O produtor precisa ter a consciência de que nem sempre o que é comum é normal e, com isso, usar as tecnologias eficientes para suporte", completou.
O especialista destacou a importância da participação efetiva de técnicos e engenheiros agrícolas para vencer as barreiras fisiológicas e diminuir o máximo possível o potencial de perda. "É preciso rever o passado para entender o presente e projetar o futuro. O café tem alguns problemas de ‘fabricação’, de origem e alguns que não foram solucionados. Mas ainda assim é possível usar tecnologia, manejo e bons produtos", complementou.
Muito tem se falado no mercado de café do tamanho da safra de 2022, que ainda é incerto, e a colheita avança com passos mais lentos. Para o professor, uma produção que seja sustentável economicamente precisa ter no mínimo 25 sacas por hectares. "Se produzir menos que isso certamente não está tendo uma produção sustentável e para produzir mais do que isso, nessas condições, é preciso vencer as limitações também agronômicas", concluiu.
As informações são do Notícias Agrícolas.