Nas lavouras de café, especialmente nas zonas de Planalto e de Chapada, no estado da Bahia e nas áreas montanhosas e mais úmidas no Espirito Santo, o parasitismo da erva de passarinho em cafeeiros tem aumentado muito e já se constitui em problema grave em muitas áreas de cafezais. Provavelmente, estas regiões tem mais parasitismo da erva, em função da presença, em maior escala, de árvores hospedeiras, próximas aos cafezais. Nessas árvores os pássaros se alimentam dos frutos, levando as sementes, em seguida, até às lavouras de café.
A erva de passarinho é uma hemi-parasita, já que suas folhas podem fazer fotossíntese. No entanto, para isso, ela precisa absorver do cafeeiro, através de suas raízes tipo haustórios, a seiva bruta, que contem água e minerais. Nesse processo, ela enfraquece o cafeeiro e chega a matá-lo. Verificou-se, ainda, que a erva prejudica também pela cobertura da copa e folhagem do cafeeiro, reduzindo assim seu processo fotossintético.
O controle da erva de passarinho, sobre o cafeeiro, só pode ser obtida através de poda, no caso cortando a planta de café, abaixo da área parasitada. Qualquer parte da erva que permanecer pode se recuperar e voltar o parasitismo. Neste processo ocorrem gastos com mão de obra, além de que a planta podada acaba perdendo área produtiva.
O trabalho de poda, para retirada da erva do cafeeiro, deve ser feito o quanto antes for verificado o parasitismo, assim a retirada fica facilitada.
Resta dizer que as folhas da erva passarinho possuem propriedades medicinais.
Frutos de cor laranja e avermelhado da erva de passarinho(esq). As sementes já germinadas sobre os ramos(centro) e as raízes da erva parasita penetrando na ramagem(dir).
Cafeeiro inteiramente coberto por erva de passarinho, na Chapada Diamantina-BA. Veja que os 3 cafeeiros centrais estão com menor porte, em função de poda anterior para eliminar a erva parasita. No entanto, ela retomou em uma planta.
Detalhe das hastes e das raízes da erva passarinho parasitando o ramo de cafeeiro