A safra 2019/2020 tende a ser menor em relação ao ano passado, por conta da já esperada bienalidade do grão e das mudanças climáticas. A maioria dos produtores já finalizou a colheita e neste momento é a hora de tomar certos cuidados para garantir uma safra seguinte produtiva.
Um deles é o repasse, que segundo a Folha Rural, produzida pela Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), ainda não é muito utilizado. O artigo aponta que esse manejo é de suma importância para o controle da broca, já que o inseto sobrevive nesse período justamente nos frutos que permaneceram na lavoura, seja na planta ou no solo. Na tentativa de diminuir os custos da colheita, normalmente desconsideram o repasse, o que pode ser um problema para a futura produção.
A broca causa grandes prejuízos, devido às perdas de qualidade e quantidade, e por necessitar, quando o controle for químico, de grande quantidade de produtos com custo muito alto e grande impacto no equilíbrio da lavoura.
Os prejuízos para a próxima safra podem ser grandes, considerando a produção alta esperada por conta do inverno chuvoso em algumas regiões, o que potencializa a praga. Mesmo que a princípio não se apresente economicamente viável retirar os frutos que ficaram desta safra, esta é a prática que ajuda o controle da broca.
Outro manejo de suma importância é a pulverização de pós-colheita. A colheita manual e mecânica causam injúrias nas plantas, sendo uma porta de entrada de agentes patogênicos. Estas ocorrências em locais em que as condições ambientais são favoráveis podem provocar danos em ramos produtivos e perdas em área foliar.
Como forma de cicatrizar as lesões originadas na colheita, os usos de pulverizações com cobre são indispensáveis. Além do efeito cicatrizante, também contribuem com a redução dos inóculos de fungos, tais como da ferrugem e da cercosporiose, e também o complexo de doenças que causam danos às flores do café.
As informações são da Folha Rural – Cooxupé.