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Como evitar e recuperar danos causados ao cafeeiro pela deriva do herbicida glifosato - Parte2

POR NECAF

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 11/02/2016

3 MIN DE LEITURA

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Por Giovani Belutti Voltolini, Tiago Gonçales Cardeal Naves, Ademilson de Oliveira Alecrim, do Necaf - Ufla

Como evitar?
A eficiência na aplicação do glifosato depende do uso de equipamentos e técnicas apropriadas que evitem a deriva. Dentre as principais formas para reduzir a ocorrência de deriva podemos citar práticas como a utilização de pontas com indução de ar (figura 4), que são os chamados bicos anti-deriva, onde os mesmos oferecem menor risco quando comparado a um convencional.


Figura 4. Bicos com indução de ar (anti-deriva).
Fonte: Magnojet.

A utilização de proteções dos bicos, como por exemplo, o chapéu de Napoleão (figura 5) que é colocado nos equipamentos costais ou maquinários é muito viável, pois o funcionamento deste se dá como uma barreira física. A calibragem correta da pressão dos pulverizadores, adequando o diâmetro e peso das gotas também são de grande importância, assim como o uso de adjuvantes na calda de pulverização para aumentar a eficiência do produto.



Figura 5. Chapéu de Napoleão com bico.
Fonte: pulveriçaoecia.com.br

O operador deve estar atento às condições ambientais, assim como no funcionamento do equipamento de pulverização, aferindo a vazão, a velocidade, o desgaste dos bicos, a altura da barra de aplicação, ou seja, todos os fatores que podem influenciar na ocorrência da deriva no cafeeiro.

Recuperação de plantas intoxicadas
Mesmo com todos os cuidados com as tecnologias de aplicação, geralmente são encontrados casos de intoxicação de plantas de café pelo herbicida glifosato. A recuperação das plantas, em desenvolvimento inicial, ocorre somente com o tempo, demorando cerca de 30-45 dias. No entanto, vem sendo realizados estudos com relação a produtos que possam acelerar a recuperação das plantas.

Uma dessas alternativas que estão sendo utilizadas é a pulverização foliar após intoxicação pelo herbicida utilizando sacarose, em razão dos benefícios que vem apresentando para as plantas. A aplicação de sacarose (açúcar comum), em lavouras novas de cafeeiros, mostra resultados eficientes no processo de reversão da intoxicação por esse herbicida.

Outra prática que vem se intensificando, no que diz respeito à recuperação do cafeeiro, é a aplicação de produtos à base de aminoácidos via foliar, reduzindo significativamente os sintomas de fitotoxidez do glifosato. Se tratando da recuperação e desenvolvimento da planta, é importante ressaltar que os aminoácidos estão associados a importantes processos metabólicos da planta.


Curiosidade
A molécula de glifosato possui melhor eficiência em condições ácidas, com pH em torno de 4,0. Entretanto, não é comum a ocorrência deste pH ácido nas águas utilizadas para pulverização, onde as mesmas possuem pH neutro, na faixa de 6,5-7,0.

Contudo, práticas empíricas dos cafeicultores, como adicionar limão na calda de pulverização ou também colocar vinagre (ácido acético) têm apresentado melhora na pulverização, isto por que, o pH da calda diminui e consequentemente a molécula de glifosato terá melhor eficiência.

Além destas práticas empíricas, comercialmente são utilizados condicionadores de calda visando a adequação da melhor faixa de pH para realização de manejos de pulverização de defensivos agrícolas.

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LEIA A PARTE 1 DESTE ARTIGO: Danos causados ao cafeeiro pela deriva do herbicida glifosato.
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Autores
Giovani Belutti Voltolini1 – Graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras – Ufla, Membro do Grupo de estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia – GHPD e Núcleo de Estudos em Cafeicultura – Necaf.
giovanibelutti77@hotmail.com
Tiago Gonçales Cardeal Naves2 – Graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras – Ufla, Membro do Núcleo de Estudos em Cafeicultura – Necaf.
tiago_navesoo@hotmail.com
Ademilson de Oliveira Alecrim3 – Mestrando em Agronomia - Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras – Ufla, Membro do Grupo de estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia – GHPD e Núcleo de Estudos em cafeicultura – Necaf.
ademilsonagronomia@gmail.com

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XIBO SURUÍ

EM 06/03/2024

Se o glifosato entra em contato com a planta do café diretamente, ela morre?
ALCIONE JOSÉ DO ESPÍRITO SANTO

APIACÁ - ESPÍRITO SANTO - COMÉRCIO DE CAFÉ (B2B)

EM 12/08/2021

Boa noite eu pulverizei com zinco e miorgan minha lavoura entouxicou oque fazer
CLEYTON LIRA

JOÃO PESSOA - PARAIBA - ESTUDANTE

EM 02/12/2019

Amigo Boa noite acho que colocarão isso em uma árvore na minha casa tem como inverter essa situação pois ela estar morrendo. É uma árvore da família não queríamos ver ela morrer. Obrigado.
RONIVON RODRIGUES SINDRA

MANHUAÇU - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/02/2017

EFEITO RESIDUAL DE HERBICIDA PÓS EMERGENTE EM MUDAS DE CAFÉ

A.L.A. Garcia, email: garcialmg@gmail.com (Fundação Procafé); L. Padilha (Embrapa Café); R. P. Reis (Fundação Procafé).

O glyphosate é um herbicida de ação sistêmica, não seletivo, absorvido pelas folhas e translocado via floema até a raíz. Apresenta rápida adsorção aos colóides do solo, com uma atividade residual insignificante na maioria dos solos. Sua ação na planta ocorre pela inibição da atividade da enzima enopiruvil-chiquimato-3fosfato sintase, que participa da rota do ácido chiquímico, nas plantas. Diferentes trabalhos têm sido apresentados com resultados que afirmam que após a morte das plantas alvo, existe o efeito residual da exudação das raízes, destas que promove a intoxicação dos cafeeiros, comprometendo o seu desenvolvimento nos anos posteriores. A avaliação do estado nutricional das plantas geralmente é realizada pela diagnose foliar, considerando-se que a folha é o órgão que geralmente mais responde às variações no suprimento do nutriente, pela adição ou já presente no solo (Malavolta et al., 1997). É também nas folhas que ocorrem as principais reações metabólicas, onde as alterações fisiológicas decorrentes de distúrbios nutricionais geralmente se tornam mais evidentes (MartinPrevel et al., 1984). A determinação dos teores de nutrientes como critério de diagnose baseia-se na premissa de existir relação significativa entre o suprimento destes e os seus teores no tecido amostrado, bem como entre os teores e as produções das culturas (Evenhuis & Waard, 1980). Este trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito residual de herbicida com o principio ativo glyphosate, e as alterações nos teores de nutrientes em plantas de Coffea arabica. O experimento foi conduzido em estufa na Fazenda Experimental da Fundação Procafé/MAPA de Varginha, utilizando vasos de 10 litros. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com quatro repetições. Após correção do solo com calcário, super simples e cloreto de potássio, mudas de café da cultivar Mundo Novo IAC 376/4 foram transplantadas para os vasos no estágio de segundo par de folhas, sendo a parcela experimental representada por quatro vasos, com uma planta em cada. Como planta alvo foi semeada a braquiária (Brachiaria decumbens) ao redor dos cafeeiros nos vasos. O herbicida utilizado no trabalho contém glifosato como ingrediente ativo com 41% de concentração do ingrediente ativo na forma de sal isopropilamínico.  Os seguintes tratamentos foram aplicados: capina manual ;  6,0 e 18,0 L/ha de herbicida aplicados na braquiária; 18,0 L/ha direcionado ao solo; 6,0 L/ha aplicados na braquiaria com posterior adição de gesso(1ton/ha) e um outro com fosfito (2L/ha). No tratamento onde o herbicida foi direcionado ao solo em um único local, próximo a região do colo da planta, o controle da braquiária foi realizado via capina manual após a aplicação. As doses do herbicida foram definidas com base na indicação para o controle da braquiári
RODRIGO

IÚNA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/12/2016

Eu jogo o rondulp 2 verses por ano com uma dosagem pequena com a correção do ph ideal que é de 3,5 a 4,5, e adiciono junto com a calda um produto que está no mercado à base de turfa , contendo ácido humicos e fúlvidos que ajuda o sistema radicular, segundo minhas informações, por que o glifosato atinge as raises do café e consequentemente irão intoxica las, queria saber se essa intoxicação pelas raízes é verdade?????? E se estes produtos que indicaram é bom?????
GIOVANI BELUTTI VOLTOLINI

LAVRAS - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 16/02/2016

Isso ai Ginoazzolini Neto, a opção por meios alternativos no controle do mato é muito importante!! Sempre temos que avaliar o custo x benefício, e neste caso, se bem manejado, os benefícios podem ser inúmeros!!
GINOAZZOLINI NETO

LONDRINA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 13/02/2016

Excelente assim como o primeiro. Espero ficar um ano sem aplicar glifosato. É caro, mas acho que compensa.
GIOVANI BELUTTI VOLTOLINI

LAVRAS - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 12/02/2016

Grato pelos cumprimentos João Batista Vivarelli!!!



Sempre estaremos a disposição para esclarecer novas dúvidas!!
GIOVANI BELUTTI VOLTOLINI

LAVRAS - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 12/02/2016

Boa tarde Viniepaty Rocha!!!



Sua dúvida é muito recorrente à grande parte dos cafeicultores, porém o campo ainda carece de pesquisas de caráter conclusivos nesta área.



Contudo, em campo, de modo empírico, alguns cafeicultores têm utilizado doses em torno de 2 a 4% do volume de aplicação, ou seja, dependendo do equipamento de aplicação a dose fica em torno de 4 kg por hectare.



Já no caso do vinagre, para ajustar o pH da calda, o mais recomendado é a opção pelos condicionadores de calda comerciais, pois estes especificam doses e funções características. Porém , de modo empírico, doses de 200 ml por hectare são empregadas em áreas cafeeiras.



Adicionais de ureia (0,5 kg por hectare) também são utilizados na aplicação visando maior eficiência do glifosato e consequentemente maior eficácia no controle.



Lembrando que todas essas informações são empregadas de modo empírico, ou seja, práticas de campo, pois ainda faltam pesquisas conclusivas relacionadas a este tema!!
GIOVANI BELUTTI VOLTOLINI

LAVRAS - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 12/02/2016

Prezado José João!!



Muito obrigado pela interação e pelos cumprimentos!!!



Concordo plenamente com o senhor, pois a adoção de sistemas integrados no manejo das plantas daninhas proporciona maior eficácia no controle, assim como a menor possibilidade de surgimento de plantas daninhas resistentes.



É notório que o manejo do mato proporciona inúmeros benefícios ao solo, inclusive uma forma de controle físico das plantas daninhas, seja pela quantidade de fito-massa após a roçada (método físico), ou também pela supressão à germinação de outras plantas daninhas (manejo de café associado ao cultivo de braquiária).
JOÃO BATISTA VIVARELLI

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 12/02/2016

Artigo Técnico excelente
VENICIUS ANTONIO AUGUSTO ROCHA

SETUBINHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/02/2016

Bom dia! Qual a quantidade de açúcar coloca se por hectare? E vinagre para baixar o pH para aplicação de glifosato qual quantidade por hectare? Parabéns matéria muito boa
JOSE JOAO

IMBÉ DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 11/02/2016

Muito bom artigo, gostei, muita informação importante!



Apesar de que, o melhor mesmo é fazer o manejo do mato!

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