Os ramos laterais produtivos dos cafeeiros, também conhecidos como ramos plagiotrópicos, podem apresentar ramificações saindo deles, dando origem a ramos, também produtivos, chamados de secundários ou terciários, formando o que se chama de palmetamento da ramagem.
O palmetamento dos ramos depende do espaçamento da lavoura, da variedade, do número de hastes ortotrópicas. Quanto menor o espaçamento entre plantas e mais hastes por planta, menor vai ser a bifurcação de ramos e nas variedades Catuaí e Acauã esta formação de secundários e terciários é mais pronunciada.
Condições que provocam deficiências ou estresse nos cafeeiros também ativam a bifurcação da ramagem, vez que promovem a redução da dominância apical, assim facilitando a emissão de ramos laterais, saindo dos ramos produtivos. São causas mais frequentes a deficiência de boro, a queima da ponta do ramo por frio, o ataque de phoma e, especialmente, na situação atual, o déficit hídrico.
Como tudo na vida, um pouco é bom e o que é demais acaba prejudicando. Assim ocorre com a bifurcação da ramagem do cafeeiro. Técnicos e produtores ficam alarmados quando os ramos laterais ao invés de emitirem botões acabam emitindo brotações, dizendo que diferenciaram gemas vegetativas no lugar das produtivas. Isto parece verdade, mas não chega a ser inteiramente prejudicial. Primeiro por que esta ramificação adicional vai representar maior área produtiva na safra seguinte. Em segundo lugar, por que tem sido observado, especialmente quando estes ramos saem mais cedo, e, ainda, nas regiões mais quentes, que logo iniciam a abotoar, um pouco mais tarde é claro, recuperando parte do problema.