Nos aspectos genéticos - as mudas devem ser oriundas de sementes, ou estacas, de origem conhecida (sementes ou clones certificados), observando as indicações de cultivares com características mais apropriadas e adaptadas à região de plantio, sendo essenciais - a produtividade, o porte baixo, o vigor e a resistência do material genético.
Mudas de café de folhas verde claro e amareladas, coriáceas, indicam menor forçamento da parte aérea, através de adubação nitrogena e melhor aclimatação ou condicionamento hormonal
Na formação das mudas são muito importantes:
1- A escolha da área do viveiro - com boa insolação, em local alto, sem umidade e não localizado logo abaixo de lavoura.
2- O uso de substrato livre de nematoides, se possível fazendo análise prévia.
3- Fazer registro do viveiro - com técnico responsável.
4- Na semeadura – usar sempre o semeio direto, para evitar raízes tortuosas.
5- Proteger as mudas contra pragas e doenças – e controlar sempre que necessário, sendo que no caso de Pseudômonas indica-se eliminar mudas doentes.
6 - Produzir/plantar mudas no estágio certo – com 4-6 pares de folhas. Não forçar seu crescimento vegetativo em detrimento do sistema radicular.
7- Fazer a aclimatação das mudas ao sol, ou, preferivelmente, um condicionamento hormonal, que segura o crescimento vegetativo, com amadurecimento/endurecimento dos tecidos e amplia o crescimento do sistema radicular fino.
8- Selecionar as mudas antes do plantio, recuperando ou eliminando mudas fracas no viveiro.
Uma boa muda é aquela que possui mais raízes, essenciais no pegamento e na boa estruturação inicial da planta no campo. Uma boa proporção do sistema radicular, com sua parte aérea, em peso, é de quase 1 para 1. Todos os tipos de mudas podem ter boa qualidade, seja as de sacola plástica, as de tubete, as de bandeja ou de sacolas de TNT. Basta adequar o seu tamanho e os cuidados no plantio. Muda de qualidade tem caule mais grosso, folhas coriáceas, de coloração verde-claro e devem estar livres de pragas e doenças.
Tem chamado à atenção, ultimamente, a pequena quantidade de cafeicultores que fazem suas próprias mudas, havendo preferência pela sua aquisição em viveiristas. Isto vem dificultando sob dois aspectos:
1º - A aquisição das mudas eleva o custo da implantação da lavoura, visto que os plantios atuais, em sistema renque ou semi-adensados, necessitam do uso de um número elevado de mudas por área, de 5000-8000/ha, assim, logo de saída, isso incorre em gasto de cerca de 2500,00 – 4000,00/ha.
2º- O cafeicultor fica sujeito a adquirir/plantar as mudas que o viveirista tem disponível no momento, nem sempre daquela variedade ou da qualidade que o produtor deseja. Com isso, a adoção de novas variedades fica mais difícil, pois os viveiristas tendem a formar mudas das variedades tradicionais. Nesse caso, uma das alternativas seria o cafeicultor adquirir sementes de variedades que achar mais adequadas, então, com elas, ou formar suas próprias mudas ou fornecer as sementes pro viveirista formar as mudas para ele (cafeicultor).
O sistema radicular das mudas, sua proporção com a parte aérea é muito importante.
Mudas de tamanho menor, de tronco grosso e bem aclimatadas e condicionadas com hormônios, se adaptam bem no campo