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Pesquisadores e cafeicultores se unem para avaliar agroecossistema de orgânico

POR EQUIPE CAFÉPOINT

PRODUÇÃO

EM 30/03/2017

1 MIN DE LEITURA

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Da redação

Com o objetivo de inserir percepções em um experimento de pesquisa realizado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), 40 agricultores participaram, no dia 27 de março, da 1ª oficina de avaliação dos agroecossistemas com café orgânico em sistema florestal, que aconteceu na Fazenda Experimental de Bananal do Norte, Cachoeiro de Itapemirim (ES).

Foto: Incaper/ Divulgação


Ao longo do procedimento, os agricultores participaram de um nivelamento inicial sobre Sistemas Agroflorestais, percorrendo cada parte do experimento e fazendo anotações e observações sobre os pontos positivos e os negativos do processo, onde foram sistematizados no final da oficina.

Uma das observações feitas pelos agricultores foi o sombreamento. Destacou-se que os pés plantados na área sombreada estavam melhores do que os pés que ficavam diretamente no sol. “Na área de sombreamento, as plantas estão muito mais bonitas. No café solteiro, como não tem sombra alguma e nem cobertura no solo, está mais fraco, amarelado e a produção é bem menor”, disse Marta Costalonga, agricultora de Cachoeiro de Itapemirim que cultiva café conilon.

A experiência fez com que alguns agricultores repensassem sobre as maneiras de cultivo. “Percebi uma grande diferença do café a pleno sol e do café consorciado, sobretudo no solo”, disse o agricultor Júlio Cesar de Mendonça Rodrigues, que saiu da atividade pensando em consorciar parte da sua produção de café.

O projeto busca avaliar diversos fatores nos sistemas agroflorestais e gerar uma troca de informações entre pesquisadores, extensionistas e cultivadores a partir das observações feitas na pesquisa experimental. “Incluiu-se a percepção dos agricultores durante o processo, pois ao longo desse período o agricultor pode identificar algum ponto a ser trabalhado antes do resultado final da pesquisa”, disse Érica Munaro, extensionista do Incaper e uma das coordenadoras da atividade.

A unidade de observação de café sombreado foi implantada na fazenda em 2013. Na experiência foram avaliados cafeeiros orgânicos em sistemas agroflorestais, matéria orgânica, equivalência de área e percepção dos agricultores. Além disso, estão presentes no local consórcios do café com ingá, pupunha, bananeira e gliricídia.

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AUGUSTO SÁVIO MESQUITA

SALVADOR - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 31/03/2017

Seria muito útil, para melhor avaliação, análise econômica que comparasse as receitas no dois sistemas de produção: tradicional e agroflorestal.

Cafeeiros Canephora sp. sombreados, apresentam maior massa foliar, mas os ramos de produção (plagiotrópicos) são atrofiados e, por conseguinte, a produtividade é prejudicada. A luz é essencial para maior produtividade. Se houver suprimento de água e nutrição adequados, o plantio a pleno sol, indubitavelmente, apresentará maior rendimento médio. Em áreas de déficit hídrico, o sombreamento com leguminosas arbustivas (como gliricídia), em espaçamentos largos, atenuará o problema e pode até ajudar no suprimento de nitrogênio.

Tive conilon sob coqueiral, em zona de alta pluviosidade, o resultado foi frustrante. Derrubei o coqueiral e tive grande trabalho em recuperar a arquitetura das plantas.

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