O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) emitiu seu Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do mês de maio. O volume da safra brasileira de café foi estimado agora em 2.973.711 toneladas, ou 49.561.850 sacas de 60kg. O rendimento médio também apresentou leve redução de 0,5%. Os dados foram divulgados no último dia 9 de junho de 2016.
Arábica
A produção de café arábica em maio foi estimada em 2.388.911 toneladas, ou 39,8 milhões de sacas de 60 kg. Segundo do IBGE, em Minas Gerais, principal produtor da espécie, e responsável por 68,7% do total nacional a ser colhido em 2016, prevaleceram condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras.
O Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias de Minas Gerais (GCEA/MG) elevou em 1,8% a estimativa da produção e em 2% a estimativa do rendimento médio, que alcançou 1.610 kg/ha. Ao todo, o estado deve produzir 1.641.813 toneladas desse tipo de café, ou 27,4 milhões de sacas de 60 kg.
“Pelo segundo ano consecutivo, o Espírito Santo é acometido por uma redução da ocorrência de chuvas nos principais municípios produtores, com reflexo na redução dos mananciais utilizados para a irrigação. Em alguns municípios, inclusive, há relatos de falta de água para o abastecimento dos núcleos urbanos”, relata o Levantamento.
Estimativa de maio em relação à produção de 2015
Após dois anos de quebra de safra, em decorrência de problemas climáticos, a produção de café do país deve crescer 12,3% frente ao ano anterior e alcançar 2.973.711 toneladas, com a estimativa da produção do café arábica devendo crescer 19,8%.
O GCEA/MG informou uma safra de café arábica de 1.641.813 toneladas, ou 27,4 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 23,9% frente ao ano anterior. Em São Paulo e no Espírito Santo, segundo e terceiro maiores produtores do país, o crescimento da estimativa da produção, frente ao ano anterior, foi de 19,8% e 22,4%, respectivamente. O aumento dos investimentos, por conta dos preços que se mantiveram em patamares relativamente elevados em 2015, e o clima mais chuvoso, nas principais regiões produtoras, beneficiaram as lavouras, com reflexo positivo também na qualidade do produto.
Quebra no conilon
Em contrapartida, a safra de café conilon em 2016 deve apresentar uma redução de 10,7% frente ao ano anterior, reflexo da redução de 8,1% no rendimento médio e de 2,9% na área a ser colhida. Nos últimos dois anos, o Espírito Santo vem sofrendo uma forte seca que vem afetando a região produtora desse tipo de café, com efeitos na redução dos reservatórios de água, que são utilizados para irrigação das lavouras.
Com a colheita sendo iniciada, a preocupação dos produtores versam sobre o preço de comercialização, já que o custo de produção aumentou consideravelmente, acompanhando a desvalorização da moeda brasileira.