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Cooxupé: número de cafés brocados triplicou nos últimos dez anos

PRODUÇÃO

EM 24/08/2017

1 MIN DE LEITURA

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Da redação

Com a proibição do inseticida Endosulfan em julho de 2013, a broca-do-café tem sido uma das maiores preocupações do setor cafeeiro. De acordo com a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), nos últimos dez anos a quantidade de cafés brocados recebidos pela instituição triplicou, saindo de 2% em 2007 para 6% este ano, volume que corresponde a mais de 110 mil sacas. 

Foto: Ivan Padovani/Café Editora
                                   Foto: Ivan Padovani/Café Editora

Segundo o gerente do departamento técnico da Cooxupé, Mário Ferraz de Araújo, a porcentagem deve aumentar ainda mais porque vai começar a entrar os cafés de chão, que devem apresentar maior índice de infestação da praga. Conforme estudos da cooperativa, a broca pode causar até 13% de queda na produção das lavouras e redução de 21% no peso dos grãos, além de prejudicar a qualidade da bebida. 
De acordo com especialistas, a falta de uma boa colheita, o clima e o aumento no preço dos defensivos utilizados no combate ao inseto tem contribuído para a maior presença da broca nas lavouras. Nesta safra, a Cooxupé espera receber 4,5 milhões de sacas de café das regiões de Sul de Minas Gerais, Cerrado Mineiro e Alta Mogiana.

“Em abril e maio ocorreram chuvas atípicas nessas regiões, o que contribuiu para maior reprodução da broca. A lavoura está no período de frutificação e a praga ataca os chumbinhos, chumbões, verdes, cereja e até grãos secos”, diz o professor da Universidade federal de Lavras (UFLA), Geraldo Andrade.

Para o pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Julio César de Souza, se medidas não forem tomadas com rapidez, tanto por órgãos governamentais quanto por cafeicultores, com certeza haverá prejuízos assustadores ao Brasil, já que grãos brocados não podem ser exportados, sendo comercializados apenas no mercado interno, como café escolha, de menor valor.

"A nossa esperança é o inseticida Ethiprole, que ainda não está no mercado mas já foi testado e registrado no Mapa, apresentando-se bastante eficiente", explicou. A mercadoria ainda não está à venda porque precisa da liberação do Japão e dos Estados Unidos quanto ao limite máximo de resíduo, já que o Brasil exporta café para esses países.

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JULIO PEDREIRA PASANDIN

MONTE ALTO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 31/08/2017

Com isto, só falta jogar a pá de cal sobre a cafeicultura brasileira. 

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