O nível de consumo global de café tem crescido nos últimos anos, em um movimento que alavanca as vendas do grão ao redor do mundo. A Organização Internacional do Café (OIC) estimou este consumo em 150,2 milhões de sacas em 2014, contabilizando taxa de crescimento médio do consumo entre 2011 e 2014 de 2,5% ao ano. Segundo o CEO da illycaffè, Andrea Illy, a tendência é de elevação nessa demanda, equivalendo à necessidade de incremento de até 50 milhões de sacas em uma década, número próximo à produção brasileira por ciclo.
Já a produção mundial do grão é estimada pela OIC em 143,4 milhões de sacas na safra 2016, um aumento de 1,4% em relação ao ciclo anterior. No entanto, as mudanças climáticas vêm preocupando o mercado de café, que enfrentou anteriormente duas safras de quebra em seu maior produtor, o Brasil.
Diante desta equação, em que o consumo segue crescendo e a produção depende do clima para manter seu incremento, a illycaffè reuniu, nesta quarta-feira (6/4), especialistas para debater sobre os desafios globais do agronegócio café e da cafeicultura. “O Brasil é principal favorecido pelo aumento do consumo global de café”, analisou Andrea Illy. “O país tem uma grande variedade de opções climáticas, extensão de terras e é possível que os produtores adotem diversas técnicas para amenizar mudanças climáticas”, destacou ele durante o webinar (webconferência) "A economia brasileira e os desafios para o agronegócio café", realizado na USP, em São Paulo.