Da redação

Um grupo de cafeicultores está se organizando para fazer uma manifestação na manhã de terça-feira (21/2), a partir das 10h, na BR-364, próximo à entrada da Rodovia 479, que liga a cidade de Rolim de Moura. O grupo é formado por produtores de Cacoal, Rolim de Moura e Presidente Médici. A mobilização é contra a importação do café conilon.

Primeiro protesto de produtores em Rondônia // Foto: Divulgação

Este já é o segundo protesto organizado pelos cafeicultores no estado. O primeiro aconteceu na sexta-feira (17/2), onde houve faixas de protestos e um pitstop alertando os motoristas e caminhoneiros do bloqueio, na BR-364. Fontes informaram ao CaféPoint que a rodovia é rota de caminhões que vem carregados de soja de regiões produtoras no norte do Mato Grosso e sul de Rondônia com destino a Porto Velho.
Além dos produtores, os viveiristas autorizados – a maioria também é produtor – também participarão das manifestações. Produtores de Minas Gerais e Espírito Santo também estão se somando aos rondonienses e, em contato, devem organizar protestos nos demais estados.

O primeiro aconteceu na sexta-feira (17/2), onde houve faixas de protestos e um pitstop alertando os motoristas e caminhoneiros do bloqueio, na BR-364

De acordo com cafeicultores rondonienses, a manifestação deve terminar por volta das 15h. Além dos produtores, o grupo é formado por viveiristas, agrônomos e comerciantes de cafés da região central e zona da mata rondoniense. O estado de Rondônia é considerado o segundo maior produtor de café conilon do Brasil.

Manifestações como esta já estão acontecendo em outros estados brasileiros, como é o caso do Espirito Santo. Em Rio Bananal-ES, a manifestação aconteceu no domingo e reuniu produtores e autoridades de vários seguimentos. Lá o protesto percorreu as ruas e avenidas da cidade.

A manifestação iniciou por cafeicultores brasileiros após o Governo Federal anunciar a liberação da importação de café robusta verde por parte de empresas brasileiras no período de fevereiro a maio. A autorização foi feita pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão pertencente ao executivo federal. Esta medida deve prejudicar os milhares de produtores de café em Rondônia e demais estados brasileiros, em especial o Estado do Espirito Santo, o maior produtor do país.