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Embrapa: Estresse Hídrico Controlado são percebidos na colheita do café

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 11/05/2012

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O Brasil é o maior produtor e o segundo maior consumidor de café no mundo. Em 2011 a produção de café no Brasil atingiu 48 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado e, em 2012, a previsão de produção é de até 50,4 milhões de sacas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Cerca de 10% da área total de produção é cultivada com irrigação, contribuindo com 25% da produção total.

Para racionalizar o uso de água na lavoura cafeeira, a Embrapa Cerrados, vem desenvolvendo projetos de pesquisa multidisciplinares, visando estabelecer um sistema de produção eficiente para tornar a cafeicultura irrigada uma atividade competitiva e sustentável. A grande vantagem desse novo enfoque com manejo adequado da irrigação, o uso do estresse hídrico controlado, possibilita a sincronização do desenvolvimento das gemas reprodutivas e equilíbrio nutricional. Além da redução do uso de água e energia na irrigação, o que proporciona ganhos superiores a 33% de produtividade e melhoria na qualidade dos grãos, e economia no processo de colheita contribuindo para a sustentabilidade do agronegócio café. A Embrapa Café, que coordena o programa do Consórcio Pesquisa Café, é uma unidade de pesquisa da Embrapa, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Linhas de pesquisa Os resultados de pesquisa realizados pela equipe da Embrapa Cerrados e validados em diferentes regiões produtoras com distintas características climáticas como a região de Cerrado dos estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás e na região Sul de Minas Gerais se tornaram inovações com impactos positivos na cadeia produtiva do café. "Os resultados da aplicação da tecnologia do estresse hídrico controlado junto com o equilíbrio nutricional, notadamente o aumento da aplicação do fósforo, nas unidades de validação e transferência de tecnologia conduzidos em fazendas no Oeste da Bahia mostraram a possibilidade de obtenção de até 88% de uniformidade na floração e 82% de frutos cerejas na época de colheita confirmando os resultados experimentais. Em várias áreas de validação foi possível obter três colheitas consecutivas que, na média, atingiram resultados superiores a 60 sacas de café beneficiado por hectare", afirma Guerra.

Mais qualidade dos grãos O Estresse Hídrico Controlado consiste na interrupção das irrigações até 70 dias no período mais seco e frio do ano. A suspensão das irrigações deve ser feita de 24 de junho até no máximo 4 de setembro, quando o produtor deve retornar com as irrigações para evitar que altas temperaturas, que normalmente ocorrem em final de setembro, comprometam o pegamento da florada do cafeeiro. Devido a maior uniformidade na floração e na maturação dos frutos o produtor consegue maior produtividade, mais qualidade e menor custo na produção. Caso a cafeicultura seja irrigada durante todo o ano, é possível que a planta apresente vários períodos de floração e, conseqüentemente, grande desuniformidade na maturação dos grãos. O Estresse Hídrico Controlado acaba por "educar" o cafeeiro para um desenvolvimento equilibrado em condições adequadas de cultivo.

Desde 2005, várias unidades-piloto foram implantadas nas áreas de produção no Oeste da Bahia, Sul e Noroeste de Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal, para difundir a tecnologia nas principais regiões produtoras de café irrigado.

Todos os anos, a resposta dessa tecnologia é avaliada para quantificar os benefícios no rendimento de grãos de qualidade, na economia de água e energia e nos custos de produção. Esses resultados são mostrados para outros produtores para que a tecnologia seja difundida. As visitas técnicas com a participação de técnicos agrícolas, produtores e estudantes de graduação e pós-graduação são realizadas ao longo do ano, em dias de campo para discutir os benefícios do uso da inovação do Estresse Hídrico Controlado.

Resultados - Os resultados experimentais e das unidades de validação em diversas regiões, ao longo de um período de 11 anos, indicaram várias vantagens no uso do Estresse Hídrico Controlado na produção de café irrigado. A equipe de pesquisadores envolvida no desenvolvimento dessa inovação explica que a produção irrigada de café deve ser apoiada pelos principais fatores: alta produtividade, maior qualidade dos grãos e o menor custo de produção. Nas fazendas Lagoa do Oeste e Rio de Janeiro, da AdecoAgro, empresa parceira da Embrapa na validação da tecnologia, possuem uma área de café irrigado superior a 1500 hectares; e a colheita de café se estendia por vários meses e se obtinha no máximo 30% a 35% de frutos cerejas próprios para produção de cafés especiais. Com essas tecnologias e o empenho da equipe de café dessas fazendas, atualmente a colheita é feita no máximo em 60 dias e a obtenção de frutos cerejas supera significativamente os 65% da produção.

"As melhorias no sistema de produção de café podem ser percebidas ainda pela redução de grãos mal formados, pelo aumento da qualidade do café e pela redução do custo de colheita.", finaliza Guerra.

Outras informações acesse aqui o site: Embrapa Cerrados

As informações são da Embrapa Café, adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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MARCELO DIANIN

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EM 12/05/2012

Receita de bolo no caso do manejo da irrigação é algo infundado, retrógrado, pois a cada ano e em cada micro região ou fazenda os comportamentos das lavouras se manifestam de forma diferente relacionados diretamente com o clima e tipo de solo.

No cerrado mineiro, o Prof. Cláudio Pagotto da UFV de Rio Paranaíba, através de um estudo feito nos anos de 2009, 2010 e 2011, realizados na Faz, Transagro em Rio Paranaíba -MG, identificou que não se pode simplesmente eleger um dia para se iniciar e um dia para interromper o stress hídrico de uma lavoura, em cada ano e em cada parte da fazenda deve ser realizado um monitoramento da floração, ou seja, da evolução dos botões florais que começaram a se desenvolver em fevereiro ou março para que se identifique o melhor momento da interrupção do stress com o intuito de sincronizar ao máximo a chegada dos botões no nível de E4, para que haja a melhor uniformidade da florada. Aliado ao monitoramento floral, foi realizado o monitoramento de umidade da folha com o intuito de verificar o nível de hidratação das plantas. Na prática esse método poderia ser substituído pelo monitoramento do nível de umidade do solo, tensiometria, concomitantemente ao manejo climático da evapotranspiração através de estações climáticas. Os melhores resultados nesse caso ocorreram no stress tardio e mais curto, quando o aumento da temperatura no fim do mês de agosto e início de setembro contribuiu diretamente no aumento da evapotranspiração e consequente indução de florada mais uniforme.

Concluindo, os pesquisadores da EMBRAPA dessa área deveriam repensar essa metodologia da mesma receita de bolo para todas as regiões produtoras de café, aqui no cerrado mineiro quando se trata de manejo hídrico  da irrigação em café, acreditamos que não se deve copiar seu vizinho, pois cada propriedade tem suas condições microclimáticas, cada um deve entender e fazer seu próprio monitoramento hídrico para alcançar melhores resultados de florada e produtividade.     

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