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Boletim Carvalhaes: Maior safra não trará tranquilidade ao mercado de café

POR EQUIPE CAFÉPOINT

ANÁLISES

EM 18/05/2018

4 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 18/05/2018

Boletim semanal Escritório Carvalhaes - ano 85- n° 20
Se quiser consultar boletins anteriores, clique aqui e confira o histórico no site*
Santos, sexta-feira, 18 de maio de 2018
 

A semana foi marcada por um clima tenso no mercado financeiro brasileiro. A insegurança cresceu com a decisão, na quarta-feira, do Copom – Comitê de Política Monetária em manter inalterada a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano, depois de sinalizar que a reduziria pelo menos mais uma vez.

O dólar apresentou forte valorização frente ao real e mesmo assim, a partir da quarta-feira as cotações do café na ICE Futures US em Nova Iorque, que haviam iniciado a semana em baixa, passaram para o campo positivo. Fecharam com pequenas altas na quarta, ontem quinta-feira e hoje. Mesmo com altas nesses três dias os contratos de café com vencimento em julho próximo perderam 140 pontos na semana.

A valorização do dólar compensou com folga a queda da semana em Nova Iorque e o mercado físico brasileiro de café movimentou-se. Com ofertas melhores, cresceu o volume de negócios. Vários lotes que estavam parados por diferenças de preços entre compradores e vendedores de 15 a 20 reais foram fechados. A frente fria que está subindo e deve chegar no sudeste brasileiro neste final de semana ajudou a movimentar o mercado de café.

Em seu segundo levantamento sobre a safra brasileira de café 2018/2019, a CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento estimou que nossa colheita será de 58 milhões de sacas de 60kgs beneficiadas. Esse número já estava previsto em sua primeira estimativa, divulgada em janeiro último, e não surpreendeu o mercado. Será o maior volume de café produzido pelo Brasil em sua história. O que chama a atenção é que apesar de recorde, a produção é justa para atender nossas necessidades para a exportação, que o CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil estima entre 35 e 37 milhões de sacas no novo ano-safra (julho de 2018 a junho de 2019), e consumo interno, que em 2017, segundo a ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, ficou em 23 milhões de sacas e continua crescendo. Mesmo que a produção venha a ser um pouco maior, o que restar será necessário para complementar nossas necessidades no ano-safra seguinte 2018/2019 quando teremos uma safra de ciclo baixo.

Com estoques oficiais de café zerados pela primeira vez e com estoques privados pequenos (que ainda estão sendo usados para nossas exportações e consumo interno em maio e junho), nossa maior safra na história não nos trará tranquilidade para atendermos nossos compromissos na exportação e consumo interno. O mercado de café continuará tenso e difícil para todos os agentes.

Na sexta-feira passada, 11 de maio, o CNC – Conselho Nacional do Café realizou o Seminário "Estatísticas Brasileiras de Café – Aprimoramento Doméstico e Alinhamento Internacional", no MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Brasília. O evento contou com a participação de todos os representantes da cadeia produtiva, do Governo Federal, de renomadas instituições de ensino e pesquisa, representantes do agro com passagem relevante pela cafeicultura e do diretor executivo da OIC - Organização Internacional do Café, José Sette.

A metodologia adotada pela Conab para estimar as safras cafeeiras brasileiras, com uso de sensoriamento remoto, tecnologias de geoprocessamento e tratamentos estatísticos, surpreendeu positivamente os presentes (veja em nosso site mais informações sobre o seminário).

A "Green Coffee Association" divulgou que os estoques americanos de café verde totalizaram 6.732.564 em 30 de abril de 2018. Alta de 165.248 sacas em relação às 6.567.316 sacas existentes em 31 de março de 2018.

Até dia 17, os embarques de maio estavam em 679.874 sacas de café arábica, 3.596 sacas de café conillon, mais 53.537 sacas de café solúvel, totalizando 737.007 sacas embarcadas, contra 702.265 sacas no mesmo dia de abril. Até o mesmo dia 17, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em maio totalizavam 1.284.528 sacas, contra 1.201.782 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE do fechamento do dia 11, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 18, caiu nos contratos para entrega em julho próximo 140 pontos ou US$ 1,85 (R$ 6,91) por saca. Em reais, as cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam no dia 11 a R$ 568,59 por saca, e hoje, dia 18, a R$ 583,15. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em julho a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 10 pontos. No mercado firme de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2017/2018, condição porta de armazém:

R$460/470,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$450/460,00 - FINOS A EXTRA FINOS – MOGIANA E MINAS.
R$440/450,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$420/430,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$410/420,00 - RIADOS.
R$400/420,00 - RIO.
R$400/420,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$390/410,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.

DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 3,7360 PARA COMPRA.

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GLEISON

IBICOARA - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 04/12/2017

Sou produtor de café  na região da Chapada Diamantina. Queria ter um apoio técnico e melhorar a gestão da minha fazenda. 

Fico grato se alguém poder me dar uma orientação!

Abraços.
LUIZ ARRUDA

ANDRADINA - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 25/11/2017

Até quando os produtores terão que aguentar um governo medíocre que prefere vender banana do que bananada ? Política apenas de commodities é politica de escravidão!!!
JOSINO

MANHUAÇU - MINAS GERAIS - COMÉRCIO DE CAFÉ (B2B)

EM 06/11/2017

Acho engraçado que somos o maior produtor de café do mundo e o café é cotado na bolsa de NEW YORK, sendo que qualquer instabilidade POLÍTICA do país sofremos as consequências!!! Como uma pessoa de outro país, que não vem na lavoura, consegue fazer uma estimativa de safra do próximo ano?! Indignado como não conseguem ver que o que ainda segura o BRASIL somos nós, produtores, que fazemos parte de 6% do PIB no agronegócio. 
ELI VALERA NABANETE

MARUMBI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/10/2017

Sinceramente está difícil saber o que norteia os preços do café. Quem souber, por favor, nos oriente.

Obrigada! 
MURILO DE FREITAS FERRACIN

MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 16/10/2017

Infelizmente todos estes comentários e informações são válidas somente para nós, produtores, que estamos no dia- a-dia. Porém, para os atravessadores, pouco importa. Estamos em um mercado que o que roda não são os grãos e sim os papéis. Com isso, pouco importa se vai ter mercadoria ou não para honrarem, paga-se com papel.
MARCELO RODNEY DE SOUZA

LAJINHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 09/10/2017

Em nossa região a quebra passa de 50% em relação a 2016/2017. Muitos produtores estão fechando a safra com 30% de produção em relação ao ano anterior.

2017/2018 foi umas das safras mais baixas dos últimos anos.
RODNEI P COVRE

ITARANA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 26/09/2017

Nós, produtores, precisamos ter certeza de que as indústrias vão comprar o café e não apenas viver esperando o resultado da especulação do mercado financeiro.  Desta forma, nossa indústria se tornará mais forte na torrefaçao de café solúvel, trazendo valor ao nosso produto.
JUSCELINO FERRAZ DE ARAUJO

GUAXUPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 19/09/2017

Essa é a realidade do produtor, cooperativa e indústria, faturando alto  - e muito alto - em cima do pobre cafeicultor. Trabalhar ganhando fácil, em salas climatizadas e viagens aos melhores lugares do mundo, esses são os nossos defensores? Até quando vamos aguentar?

Produtor, vamos nos reorganizar, senão...
M J SILVA

LINHARES - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 11/09/2017

É complicado...

Todos nós queremos uma melhoria, uma luz para tal problema, porém, diante de tanta desgraça na política, ficamos sem saber se teremos esses dias de glória ou se seremos para sempre escravos da má gestao que segue acomodando malas e malas para o seu próprio benefício. 
JULIO PEDREIRA PASANDIN

MONTE ALTO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 08/09/2017

Para que ocorra o que o Sr.Alexandre Castro Cambraia colocou (e que está bem fundamentado), necessitamos de uma política drástica de exportações que determine a saída do café como produto industrializado e não como commodity. Para isso, teríamos que ter um parque industrial a altura, bem como marketing adequado e logística também. Seria um sonho, estaríamos quebrando com alemães, italianos, americanos, que vivem desta maravilhosa bebida correndo risco zero.
ALEXANDRE CASTRO CAMBRAIA

OLIVEIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 06/09/2017

Tenho 38 anos e acompanho meu pai na cafeicultura desde pequeno. Estando há 12 anos na atividade como produtor, posso afirmar que os problemas e discursos são os mesmos há pelo menos 30 anos. 

Existe algum Deus capaz de modificar a situação? Ou nós, brasileiros, vamos finalmente enxergar que ser um país vendedor de commodities é o mesmo que ser um país escravo e fadado à pobreza e ao fracasso?

Devemos nos capacitar e nos industrializar, tornando o Brasil o maior fornecedor de café torrado do mundo!!!!
MARTA DA SILVA FERREIRA

GUAXUPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/08/2017

Politicamente desgovernados, completamente impotentes diante do descalabro de preços que - só não vê quem não quer - são uma afronta ao produtor.  Vamos, ano após ano, amargando a falta de uma política séria, eficaz e competente.

Chegará o dia em que nós, produtores, poderemos dizer que o preço de venda de nosso produto é "x"? Baseado na verdade do nosso custo de produção? Desafiando quem está atrás de alguma mesa (chiquérrima) a honrar e respeitar nosso trabalho? Quero viver o bastante para ver isso... Enquanto isso, engulo à força vender barato para garantir o crédito, garantir a honra, garantir a migalha que proverá a árdua batalha de garantir a lavoura do ano que vem.
EDUARDO

EM 22/08/2017

O custo da saca de café por R$ 450,00 é muito bem feito, devido a quebra da safra. Vocês querem matar a galinha dos ovos de bronze. 
JOSE EDUARDO BICUDO

SERRA NEGRA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 16/08/2017

Bom dia!

Acredito que a disposição de compra das exportadoras de café não é o suficiente para fechar bons negócios, pois em minha região temos os melhores cafés arábica do Brasil.

Esperamos melhores preços (R$ 580,00) para continuarmos a produzir e sobreviver.
GERALDO GARCIA DE MEIRELES

GOIÂNIA - GOIÁS - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 31/07/2017

Na falta de graves intempéries climáticas (secas e geadas), o que sempre provocou  oscilações no mercado de café foram, sem dúvidas, os boatos sobre previsões de safras e estoques remanescentes. Antigamente, um senhor lá de fora mentia descaradamente fazendo prognósticos de safras cafeeiras sem sair do seu país e tinha uma credibilidade incrível. Bem, aquele já não apita mais nada e hoje vivemos um momento tecnologicamente bem aparelhado, logo não deve ser tão difícil uma aproximação de números reais. A lei de oferta e procura nunca será revogada, mas que haja transparência nas informações e que as lideranças atuem de fato na defesa dos interesses justos da nossa tão sofrida cafeicultura.
LUIZ ANTONIO GOBEL

NOVA RESENDE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 02/06/2017

Temos  que levar em conta o momento político do pais, que é totalmente desfavorável. Segundo: não existe uma política séria para a cafeicultura. Está em andamento, mas ainda sem resultados, apesar de estarmos em começo de safra . O que não podemos deixar é que os especuladores mandem neste mercado. O agricultor deve estar mais unido  agora e só vender quando o preçofor favorável e cobrar dos nossos políticos ações mais imedatas ao nosso favor. 




WILLIAN TREVIZAN

ARAGUARI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 01/06/2017

Já não chega o bicho mineiro que não dá sossego, agora estes políticos que não existe combate além do tempo para esta praga...lástimável...
PAULO PECCINI

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 31/05/2017

Imagino que o senhor Ministro Blairo Maggi não deve entender de produção de café, muito menos quanto aos riscos que essa importação pode trazer. Está dando declarações visando somente a indústria e esquecendo os produtores. Precisamos que as forças políticas favoráveis fiquem atentas pois o cargo de ministro é passageiro e a cafeicultura não.
ELDER G. BALDON

NOVA VENÉCIA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/04/2017

Sabe o que não entendo, esses caras, produzem café, Torrance café, só focam jogando de lá para cá papel.nós somos bobão mesmo, não conseguimos cortar essa dependência Via de escrava.
TARCÍSIO AMERICANO BARCELOS

EM 25/04/2017

Para o mero especulador é altamente interessante a volatilidade dos preços

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