A Coastal Resilience Practice, do World Resources Institute (WRI), publicou os resultados de dois anos de pesquisas sobre o impacto das mudanças climáticas na produção de café na Costa Rica - país conhecido mundialmente por seu café de qualidade - em uma nova nota prática.
Em 2050, na ausência de medidas de adaptação, os especialistas projetam que a mudança climática reduzirá as áreas globais adequadas para o cultivo de café em cerca de 50%.
Depois de trabalhar em estreita colaboração com os cafeicultores locais e ministérios do governo, o WRI identificou seis soluções-chave de adaptação que, segundo o instituto, podem ajudar a impulsionar a resiliência climática para o setor cafeeiro da Costa Rica. São elas:
- Promover opções de adaptação promissoras identificadas pelas partes interessadas, como diversificação da renda dos agricultores e replantio de fazendas com variedades de café resistentes ao clima, com acompanhamento técnico regular;
- Estabelecer linhas de base e monitorar os impactos das medidas de adaptação;
- Mapear quando e onde o café pode não ser mais viável nas próximas décadas e como apoiar os agricultores que precisem abandonar o café;
- Reforçar as instituições existentes e os fatores de capacitação para aumentar a adoção de medidas de adaptação e construir uma maior resiliência;
- Desenvolver educação empresarial sob medida para o agricultor;
- Expandir a aprendizagem entre pares entre os agricultores.
Apesar de seu foco local, o WRI disse que as descobertas poderiam ser aplicadas a outros países produtores de café, como Colômbia, México, Guatemala, Honduras, Vietnã, Indonésia, Etiópia e Uganda.
As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin