O Projeto ABIC Educa promoveu, no dia 15 de julho, o webinar “Instrumentos Mitigadores de Risco de Preço”. O evento contou com Celírio Inácio, Diretor Executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC); Monica Pinto, Coordenadora de Projetos da Associação; e os palestrantes Danilo Oliveira e Elizângela Pimenta, da diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil, que apresentaram opções de produtos de agronegócio em termos de mercadoria.
Proteção financeira
Danilo Oliveira explicou sobre os Derivativos, que tem como intuito serem instrumentos de proteção financeira contra oscilações de preços e de taxas em uma data futura e derivam do preço de commodities (café, soja, boi gordo, metais e energia), ações, taxas e índices. Os Derivativos podem ser negociados na bolsa ou no balcão, no caso do Banco do Brasil no Balcão.
“O BB oferece o Derivativo conhecido como Termo de Mercadorias. Essa modalidade trava o preço da commodity em uma data futura e apresenta as seguintes características: contemplam café, soja, milho, boi gordo e açúcar. A contratação é feita na agência e na mesa de operações do BB, sem prêmio ou tarifa de contratação (spread no preço, ou seja, o lucro do banco), ajuste financeiro em reais no vencimento e previsibilidade do fluxo de caixa”, destaca o membro da diretoria de Agronegócios.
O especialista explicou, também, sobre o funcionamento do Termo de Mercadorias. “O cliente tem de informar a quantidade de commodity, o prazo e a ponta a ser protegida. Já o banco informa qual o preço a ser fixado. A receita ou despesa futura do cliente fica previsível”, comenta.
Não importa a variação de preço da saca de café no vencimento, o custo da empresa é sempre o mesmo. Se uma indústria contratou R$ 1.200,00 por saca de café para daqui a um ano e o preço do café sobe para R$ 1.350,00, o preço para a indústria permanece o mesmo. O mesmo raciocínio vale em caso de queda. Se o preço cair para R$ 950,00 no vencimento, o custo para a indústria segue R$ 1.200,00.
Opções Agronegócio BB
Já Elizângela Pimenta contou sobre alternativas oferecidas pelo Banco do Brasil, as Opções Agro BB. O objetivo delas é não deixar o cliente exposto às variações de preços do mercado de commodities agropecuárias (café arábica, soja, milho, açúcar, boi gordo, algodão e arroz). São destinadas a produtores rurais, agroindústrias, beneficiadores, cooperativas agropecuárias, frigoríficos e participantes da cadeia agro que tenham conta ativa no BB e cadastro atualizado.
“O Banco do Brasil garante o direito de comprar ou vender uma commodity a um preço pré-estabelecido (strike) em uma data futura, mediante pagamento de um prêmio. São contratos de balcão registrados na Cetip que permitem maior flexibilidade nas negociações. Os strikes e os vencimentos são referenciados em Bolsa de Valores nacionais e internacionais”, explica Elizângela.
Há dois tipos de contratos que podem ser feitos, Call (opção de compra): proteção contra alta de preço e Put (opção de venda): proteção contra baixa de preço.
As informações são da Usina da Comunicação.