O 2° Levantamento da Safra de Café de 2019, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, e na seção Safra Brasileira de Café, no site da Conab, estima uma produção de cafés de 50,92 milhões de sacas de 60kg, sendo 36,98 milhões de café arábica e 13,94 milhões de café conilon.
A estimativa implica em uma redução de 17,4% da safra de 2019 em comparação com a de 2018, que foi de 61,66 milhões de sacas. Deste volume físico, 47,48 milhões de sacas foram de café arábica e 14,17 milhões de café conilon. Assim, verifica-se que, num comparativo da safra de 2019 com a de 2018, a produção de arábica teve redução de 22,1% e a de conilon de 1,7%.
A análise separa por quedas na produção das regiões. O estado da Bahia desponta-se em primeiro lugar com 33,3% de redução, pois a sua produção em 2018 foi de 4,55 milhões de sacas e a de 2019 foi estimada em 3,04 milhões de sacas. Em segundo está São Paulo, com 26,3% de redução, cuja produção foi de 6,30 milhões de sacas em 2018 e, em 2019, tem estimativa de 4,64 milhões de sacas.
Minas Gerais ficou em terceiro, com 20,7% de redução, pois sua safra de 2018 foi de 33,36 milhões de sacas e a de 2019 deverá ser de 26,44 milhões de sacas. Em quarto lugar encontra-se o estado do Espírito Santo, com um possível decréscimo na sua produção de 7% (13,74 milhões de sacas em 2018 e 12,78 milhões de sacas em 2019). Por fim, em quinto, o Rio de Janeiro, que teve em 2018 uma produção de 346 mil sacas e, considerando que em 2019 será de 328 mil sacas, a sua redução será de 5,2%.
A Conab ressalta que quase todas as regiões produtoras sofrerão influências do efeito da bienalidade negativa (fenômeno que alterna produção menor em uma safra com maior do ano seguinte), sobretudo no café arábica. Além disso, a incidência de altas temperaturas, atrelada à escassez de chuvas em período importante do ciclo (veranico registrado em várias regiões produtoras de café entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019), fez com que as estimativas de rendimento médio fossem ainda menores. Em relação à área em produção, a tendência também é de redução quando comparada com a safra passada, podendo diminuir 1,1% e atingir 1,84 milhões de hectares.
O levantamento na íntegra está disponível no site da Embrapa.
As informações são da Embrapa Café.