Denominação de Origem é um nome geográfico que designa produtos cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente a determinada região, ou seja, um produto só é daquele jeito por causa do local em que foi produzido, levando em consideração o meio geográfico e os fatores naturais e humanos. Desse modo, ele não pode ser produzido em nenhum outro lugar!
No setor cafeeiro, o Brasil possui cinco regiões que ostentam o selo, sendo o Cerrado Mineiro, a Mantiqueira de Minas, o Caparaó e as Montanhas do Espírito Santo para cafés da espécie arábica (grãos verdes, industrializados na condição torrado e/ou torrado e moído), e as Matas de Rondônia para cafés da espécie canéfora.
A primeira região produtora de café a conquistar o selo de D.O. foi o Cerrado Mineiro, em 2013. Composto por 55 municípios, a região possui lavouras localizadas a mais de 800 metros de altitude. Quem faz o controle da qualidade dos cafés cultivados ali é a Federação dos Cafeicultores do Cerrado.
A segunda Denominação de Origem foi para a Mantiqueira de Minas, que obteve o selo em junho de 2020, solicitado pela Associação dos Produtores de Café da Mantiqueira (Aprocam). A região conta com 25 municípios e os grãos são cultivados em plantações que possuem mais de 1.040 metros de altitude.
O Caparaó conquistou o selo em fevereiro de 2021. A região, conhecida por acumular premiações como o Coffee of the Year, é composta de dezesseis municípios, dez capixabas e seis mineiros, com plantações acima de 700 metros de altitude. A organização gestora da D.O. é a Associação dos Produtores de Cafés Especiais do Caparaó (Apec).
Em maio de 2021, as Montanhas do Espírito Santo também obtiveram o selo de Denominação de Origem. Válido para 16 municípios produtores de café arábica, o pedido foi solicitado pela Associação de Produtores de Cafés Especiais das Montanhas do Espírito Santo (Acemes). Na região, os cafés são cultivados em altitudes que variam de 500 a 1.400 m.
Já as Matas de Rondônia, berço dos Robustas Amazônicos, finalmente conquistou a D.O. em junho de 2021, tornando-se a primeira Denominação de Origem para cafés da espécie canéfora. Requisitado pelos Cafeicultores Associados da Região das Matas de Rondônia (Caferon), o selo é válido para grãos Robustas Amazônicos cultivados em 15 municípios. O estado é o segundo maior produtor de canéfora do Brasil, ficando atrás apenas do Espírito Santo.