A semana de 25 a 29 de janeiro encerrou estável para os contratos futuros do café arábica, que manteve certa firmeza no fechamento de janeiro, ficando entre US$ 1,20 e US$ 1,25 por libra-peso no vencimento mais líquido, o março/2021.
As cotações vêm oscilando sob pressão da força do dólar em meio aos entraves políticos e fiscais no Brasil, e recebendo suporte da sensação de menor oferta mundial, com perdas significativas no Brasil, na América Central e no Vietnã.
Na quinta-feira (28), na Bolsa de Nova York, o vencimento março/2021 encerrou o pregão a US$ 1,24 por libra-peso, com modesta queda de apenas 5 pontos. Na ICE Europe, o vencimento março/2021 do canéfora (robusta) recuou US$ 7 na comparação com a sexta-feira anterior, finalizando a sessão a US$ 1.303 por tonelada.
A consultoria Capital Economics divulgou relatório no qual aponta que o real brasileiro não deve ter muito mais espaço para se desvalorizar em relação ao dólar.
Nesta semana, a divisa se depreciou à medida que o governo voltou a sinalizar responsabilidade fiscal e o Banco Central apontou para a possibilidade dos juros subirem antes do previsto. No fechamento do dia, a moeda foi cotada a R$ 5,4357, com recuo semanal de 0,8%.
No mercado físico, o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para o café arábica voltou a quebrar seu recorde nominal. Segundo os analistas, o avanço é influenciado pelo comportamento do dólar, por certo aumento na procura e, principalmente, pela retração vendedora, este último, portanto, sendo um limitador da liquidez.
Os indicadores do Cepea para arábica e canéfora se situaram em R$ 662,22 por saca – maior nível do levantamento iniciado em 1996 – e R$ 422,48 por saca, respectivamente, com valorizações de 0,6% e 0,8% no comparativo com o final da semana antecedente.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia indica que as temperaturas se elevarão nos próximos dias no cinturão cafeeiro do Brasil e ocorrerão chuvas fracas. Na próxima semana, a partir do dia 4 de fevereiro, as precipitações retornam com intensidade em São Paulo. Com o avanço de uma frente fria, Minas Gerais e o sul do Espírito Santo também receberão água nos primeiros 10 dias do próximo mês.
As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).