A última semana de fevereiro foi de ganhos nos contratos futuros do café, puxados por uma combinação de fatores que envolvem a possibilidade de aperto na oferta mundial devido a problemas no Brasil, Vietnã e em países da América Central, além do provável reaquecimento do consumo, à medida que a vacinação contra a Covid-19 avança nos Estados Unidos e na Europa.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/2021 encerrou o pregão da última quinta-feira (25) a US$ 1,4005 por libra-peso, acumulando valorização de 1.090 pontos ante a sexta-feira passada (19). Na ICE Europe, o vencimento março/2021 canéfora (robusta) avançou US$ 116 no intervalo, ficando negociado a US$ 1.459 por tonelada.
Analistas apontam que nem mesmo o ciclo de alta do dólar foi capaz de conter a evolução dos futuros do café e ainda acreditam que a commodity pode atingir patamares superiores. Na última quinta-feira, a divisa norte-americana fechou negociada a R$ 5,514, acumulando ganhos semanais de 2,4%.
Com a forte alta internacional, as cotações do café também avançaram significativamente no Brasil, trazendo de volta a liquidez ao mercado físico. O indicador calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para a variedade arábica voltou a bater seu recorde nominal, a R$ 746,14/saca, subindo 9,6% na semana. O indicador do canéfora (robusta) evoluiu 5,5% no período, situando-se em R$ 452,08/saca.
As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).