Na semana passada aconteceu o workshop “Pesquisa e Tecnologias para a Cafeicultura Brasileira”, organizado pelo Conselho Nacional do Café (CNC) e pela Embrapa Café em Brasília (DF). A ocasião teve como objetivo divulgar as tecnologias desenvolvidas no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, de forma a traçar um panorama daquilo que está em validação ou já disponível para transferência aos cafeicultores.
O representante da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e coordenador de Incubadora e Parque Tecnológico (Inbatec), professor Paulo Henrique Leme, esteve no evento e apresentou o que a Universidade tem desenvolvido de 2013 a 2019, sobretudo com vinculação à Agência de Inovação do Café (InovaCafé), para sanar os principais problemas da cadeia produtiva do café, favorecendo a redução de custos, o aumento da produtividade e a melhoria da qualidade.
Dentre as iniciativas da UFLA apresentadas estão: “O caso do terreiro de Lama Asfáltica na região Sul de Minas Gerais – A tecnologia do terreiro de lama asfáltica”; “Crescimento e produção de cafeeiros fertirrigados conduzidos com diferentes níveis de adubação”; “Desempenho Agronômico de Cultivares de Cafeeiro na Região Sul de Minas Gerais”; “Desempenho de cultivares resistentes à ferrugem após poda (esqueletamento)”; e “Ensaio Nacional de Competição de Cultivares de Cafeeiro Resistentes à Ferrugem para as Condições do Estado de Minas Gerais”.
Destaque também para as pesquisas: “Índices de qualidade física em diferentes solos manejados na cafeicultura”; “Modelo de Capacidade de Suporte de Carga do solo (MCSC)”; “Observatório do Café – Informativo de Tendências do Café”; “Programa de pré-aceleração Avança Café”; “Seleção de genótipos de cafeeiro parcialmente resistentes a cercosporiose”; “Plantio de lavouras em diferentes épocas do ano com uso de polímero hidrorretentor, como forma de fornecimento gradual de água”; “Técnicas agronômicas para mitigação dos efeitos da restrição hídrica no cafeeiro”; “Revista Coffee Science”; e “Utilização da anatomia foliar e fisiologia vegetal como forma de pré melhoramento genético”.
“Foi uma oportunidade de mostrar as inovações que estamos desenvolvendo e destacar a importância do que tem sido feito na área de transferência de tecnologia, tema bastante debatido durante o evento”, esclareceu Leme. Segundo ele, vale lembrar que o início do programa de pré-aceleração Avança Café está com inscrições abertas, uma oportunidade de desenvolver novos negócios de base tecnológico para a cadeia produtiva do café. “Isso comprova que estamos fazendo um trabalho não só com a pesquisa, mas também com a inovação e o empreendedorismo”, completou.