Na terça-feira (15), o Conselho Nacional do Café (CNC) participou de uma reunião sobre Produção e Fornecimento Sustentável de Café, coordenado pela Conservation International, que desenvolve o programa Desafio Café Sustentável, para debater sobro o foco inicial da ação do grupo de trabalho técnico da Força-Tarefa Público-Privada do Café (FTPPC) da Organização Internacional do Café (OIC).
“A aquisição sustentável se refere às práticas de negócios das empresas/traders e podem envolver o fornecimento de assistência técnica e preços diferenciados aos produtores, além de uma relação comercial de longo prazo”, explica o presidente do CNC, Silas Brasileiro.
Outro ponto considerado importante foi o estudo e o ranqueamento dos melhores modelos de produção e fornecimento sustentável, que contribuem para a resiliência dos cafeicultores aos choques de mercado e climáticos.
Segundo o presidente do CNC, a cafeicultura brasileira certamente será um exemplo para este estudo, pois conta com um ambiente facilitador para a conseguir uma produção mais sustentável do mundo, alicerçada sobre cooperativas, que desenvolvem a sustentabilidade em produção, aquisição e fornecimento de café.
“O cooperativismo cafeeiro oferece a pequenos e grandes produtores as mesmas condições de acesso a serviços integrados, como assistência técnica, aquisição de insumos, tecnologias, ferramentas de gerenciamento de riscos de mercado, agregação de valor e facilitação de acesso a mercados, entre outros benefícios”, enumera. O plano de ação deste GT será construído no primeiro trimestre de 2021 e submetido para aprovação da FTPPC no mês de março.
Já na quinta-feira (17), o CNC participou da reunião do GT Técnico sobre Transparência de Mercado para discutir os objetivos do estudo sobre o funcionamento do mercado futuro do café.
Esse trabalho não possui objetivos regulatórios e a expectativa é desenvolver análises estatísticas e recomendações que serão avaliadas e deliberadas pela FTPPC e pelo Conselho Internacional do Café da OIC em três áreas.
i) impactos das negociações de alta frequência na convergência entre os preços futuros e a realidade da oferta e demanda de mercado;
ii) formas de educação para melhorar o conhecimento e o uso dos mercados futuros pelo segmento da produção; e
iii) modelos de gerenciamento de riscos de mercado que auxiliem os cafeicultores a venderem o café quando quiserem e não quando precisarem.
“Também nesse tema, o cooperativismo de café do Brasil tem muito a contribuir, pois amplia o acesso dos cafeicultores ao mercado futuro como ferramenta para gerenciamento de riscos e previsibilidade de receita”, cita o presidente do CNC.
A expectativa é que o estudo seja concluído no mês de maio, para apresentação na 5ª reunião da Força-Tarefa Público-Privada.
As informações são do CNC.