A StoneX, rede de serviços financeiros que conecta empresas, organizações, traders e investidores, estimou que a safra brasileira de café na safra 2023/2024 será em torno de 62,3 milhões de sacas, um aumento de 4,3% ante o ciclo anterior.
A projeção foi feita após um Giro de Safra que visitou mais de 100 municípios nas principais regiões produtoras, Estados da Bahia, Espírito Santo, Rondônia, Minas Gerais e São Paulo. Segundo a consultoria, apesar do aumento em relação à temporada anterior, a safra deverá ficar muito abaixo do potencial produtivo que haveria caso as regiões não tivessem sofrido com o clima seco, principalmente durante o pegamento da florada.
A produção de café arábica deverá aumentar 6,4% em relação à safra passada, para 40,7 milhões de sacas, estimou a StoneX em relatório. Já o canéfora deverá alcançar 21,6 milhões de sacas, aumento de 0,6%.
A StoneX observou que, historicamente, existe uma grande discrepância entre as previsões de várias fontes para a produção brasileira. Em 2021, a diferença entre a maior e a menor estimativa foi de mais de 10 milhões de sacas, enquanto em 2022 a diferença foi de quase 14 milhões de sacas. “No entanto, a situação da safra 2023 é ainda mais desafiadora – a diferença entre a maior e a menor estimativa disponível para a nova safra já ultrapassou 20 milhões de sacas.”
A empresa explicou, também, que os eventos climáticos dos últimos anos inverteram o ciclo bianual de café em algumas áreas do Brasil. Como reflexo de geadas em 2021, a produção foi reduzida em 2022, que deveria ser um ano de bienalidade positiva. “2023, considerando o ciclo anterior, seria um ano de bienalidade negativa, mas as lavouras que foram impactadas em 2021 estão completando agora o segundo ano do ciclo e finalizando o ano produtivo. São essas lavouras as responsáveis pelo aumento na produção de café arábica no Brasil em 2023”, disse a consultoria.
As informações são do Broadcast Agro