No dia 25 de fevereiro, os membros do Conselho Nacional do Café (CNC), em Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada virtualmente, reelegeram Silas Brasileiro para a Presidência Executiva da entidade durante o próximo biênio, que se estenderá até 22 de março de 2023. Ao lado, ele terá o coordenador Maurício Miarelli e o novo Conselho Diretor, eleitos na reunião, para orientarem os trabalhos a serem implantados.
“Teremos dois anos desafiadores. Seguiremos diante do impacto sanitário, que deve começar a mitigar com o avanço da vacinação, e, principalmente, do econômico causados pela pandemia da Covid-19, os quais nos obrigam a nos reinventar e a buscar inovações. Pretendemos estruturar nossos comitês para um plano de ação com foco em estatística, pesquisa e tecnologia, sustentabilidade e comunicação, visando ao fortalecimento e à modernização da cafeicultura”, explica Silas Brasileiro.
O presidente do CNC reforça que a entidade seguirá estreitando laços com os parlamentares e o Governo Federal para a preservação do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e para ampliar o capital destinado à pesquisa e inovações. “O Funcafé é a principal fonte de recursos exclusivos à cafeicultura e é fundamental para que o Brasil permaneça como principal player mundial, com investimentos em pesquisa e tecnologia, de maneira que nossos produtores sigam com renda na atividade”, comenta.
Silas argumenta que essa aproximação é importante para o andamento normal das políticas ao setor. “No anseio de alcançarmos resultados, é necessário que nossos parlamentares votem e aprovem as orientações vindas do Conselho Deliberativo da Política do Café, que é composto por todos os segmentos do setor privado e pelo governo federal, com uma excelente condução da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e apoio incondicional da ministra Tereza Cristina. Assim, teremos efetivas políticas públicas para a cafeicultura, voltadas às necessidades reais da atividade”, completa.
Para o próximo biênio, o Conselho Diretor do CNC contará com nove conselheiros: Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé; Carlos Sato, presidente da Cocapec; Francisco Sérgio de Assis, presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado; Guilherme Salgado Rezende, presidente da BSCA; José Marcos Rafael Magalhães, presidente da Minasul; Leonardo de Mello Brandão, vice-presidente da Coccamig; Luiz Carlos Bastianello, presidente da Cooabriel; Luciano Ribeiro Machado, Superintendente do Bancoob; e Marco Valério Araújo Brito, presidente da Cocatrel e da Coccamig.
“A partir da próxima gestão, contaremos com os préstimos de nossos debutantes Guilherme Rezende (BSCA) e Bastianello (Cooabriel), que possuem espírito cooperativista, posturas coerentes aos princípios do cooperativismo, além de destacada gestão à frente de suas entidades, o que agrega valor e qualifica ainda mais o corpo diretivo do CNC para a melhor tomada de decisões visando ao fortalecimento sustentável dos cafés do Brasil”, conclui o presidente.
Funcafé
Ao lado do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o CNC apurou que os repasses do Funcafé aos agentes financeiros na safra 2020 subiram para R$ 3,848 bilhões até o último dia 3 de março. O montante corresponde a 70,4% do total de R$ 5,466 bilhões contratados.
Desse volume repassado, R$ 1,482 bilhão foi destinado à linha de financiamento de Comercialização (67,1% do total), R$ 1,240 bilhão para a de Custeio (77,5%), R$ 605 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café – FAC (54,4%), R$ 501 milhões para Capital de Giro (79,4%) e R$ 20,3 milhões à linha destinada a Recuperação de Cafezais Danificados (12,7%).
As informações são do CNC.