Aconteceu entre os dias 21 e 25 de maio, em Rondônia, a Jornada dos Robustas Amazônicos: Qualidade, Sustentabilidade e Equidade, uma série de ações para quem faz parte da cadeia produtiva de café no Estado, desde a produção a comercialização, passando pela qualidade, armazenamento, gestão pública e equidade de gênero no campo. O seminário foi realizado pela Embrapa e pelo Governo de Rondônia, por meio da Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi).
Participaram do evento especialistas, com experiência nacional e internacional, que colaboraram para aprimorar o trabalho que vem sendo desenvolvido em prol da cafeicultura de Rondônia.
Investir na qualidade do café foi a orientação do governador Daniel Pereira, durante a abertura do Seminário. “A produtividade do café em Rondônia chama a atenção, mas o valor do produto final depende da qualidade e é nisto que o Estado deve investir”, ressaltou. O governador lembrou que todos, inclusive os indígenas estão interessados em produzir café, a exemplo da etnia Suruí, cuja liderança recentemente pediu mudas para o plantio em suas terras.
O Presidente da Câmara Setorial de Café de São Paulo, Eduardo Carvalhaes, acredita que Rondônia está no caminho certo. Ele realizou uma palestra sobre a evolução e sustentabilidade do café na Amazônia e ressaltou a busca permanente pela qualidade do café robusta. “Por trás da sustentabilidade temos que mostrar um produto muito bom, um café de ponta. Mas não podemos esquecer que não é milagre, precisamos lembrar que antes não se produzia café de qualidade com robustas”. Carvalhaes afirma, ainda, que há uma conquista de mercado a ser feita, é necessário insistir em pesquisa, produtividade e manter a qualidade para chegar à altura dos outros.
Enrique Alves, pesquisador da Embrapa, comemora o momento e afirma que eventos como o Seminário servem para coroar o trabalho que vem sendo feito em prol da cafeicultura do Estado. “Na última década nos dedicamos a trabalhar questões da qualidade deste café. A ideia que se tinha era que dificilmente se alcançaria uma bebida 100% robusta”, lembra. “E hoje temos o contrário, estamos mostrando que ele é excelente sozinho. O próximo passo é buscar novos nichos de mercado”.
Para Josiana Bernardes, consultora em Cafés Especiais pela IDCofferlab, ainda há muito para cumprir. “Rondônia está começando se posicionar quanto ao robusta, no mercado em geral. Como ele ainda é tabu no segmento café especializado, o caminho é educação, formação continuada e informação sobre o tema, apresentando e sempre reforçando que é um produto de alta qualidade”, afirmou.
As informações são da Agência de Notícias do Governo do Estado de Rondônia