A última semana foi de ganhos para os contratos futuros do café, principalmente no dia 20 de novembro, quando romperam resistências devido à perspectiva de agentes que haverá déficit na oferta global, em função da menor safra do Brasil, ainda que esses fundamentos não sejam novos.
Diante dessa sensação, as posições vendidas líquidas especulativas foram reduzidas da segunda quinzena de outubro para cá, fornecendo suporte. Na Bolsa de NY, o vencimento março/2020 avançou 660 pontos, encerrando o pregão de ontem a US$ 1,1625 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento janeiro/2020 do canéfora subiu US$ 4, negociado a US$ 1.402 por tonelada.
Com o mercado focado nesses fatores, o desempenho do dólar ficou de lado. No acumulado da semana, a moeda permaneceu praticamente estável (-0,02%) e fechou a sessão de quinta-feira (21) a R$ 4,1927.
No mercado físico, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) cita que as cotações do arábica acompanharam o movimento internacional e alcançaram o maior valor desde 14 de março de 2017 em termos nominais, cenário que atraiu agentes e elevou a liquidez interna. Para o canéfora, os preços permaneceram estáveis e, assim, a liquidez segue limitada.
Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e canéfora situaram-se em R$ 490,53 por saca e R$ 312,02/saca, respectivamente, com variações semanais de 4,1% e -0,04%.
As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).