A semana foi de elevação nos contratos futuros do café nos mercado internacionais. Isso ocorreu pela cobertura de posições vendidas de fundos e especuladores, desencadeado pelo mercado climático, já que os compradores estavam atentos à mudança do clima no Brasil.
De acordo com analistas, a massa de ar polar do final de semana anterior e a ocorrência de chuvas, que atrapalharam os trabalhos de colheita e interferiram no processo de secagem dos frutos, refletiram a mudança de comportamento dos fundos, que diminuíram seu saldo vendido também em meio a observações sobre a possibilidade de geada nos cafezais brasileiros.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento julho/2019 do contrato "C" subiu 905 pontos até o dia 30 de maio, encerrando o pregão a US$ 1,0235 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento julho/2019 do café robusta fechou a sessão a US$ 1.456 por tonelada, acumulando ganhos de US$ 88.
O dólar comercial voltou a patamares inferiores a R$ 4 nesta semana até o fechamento em 30 de maio, quando foi cotado a R$ 3,979. A percepção de melhora no ambiente político brasileiro, com sinalização de avanços para aprovação das reformas propostas pelo governo, motivou o desempenho. A divisa acumulou perda semanal de 0,9%.
O clima
Segundo a Somar Meteorologia, uma frente fria se aproxima da costa Sudeste e provoca chuva nas áreas sul e leste de São Paulo, no sul de Minas Gerais e no Rio de Janeiro ainda hoje (31). Para as demais áreas da região, a previsão é de tempo firme.
O serviço meteorológico informa que, por causa de uma frente fria, as precipitações continuam no Rio de Janeiro e no sul de Minas Gerais na segunda-feira, 3 de junho. Contudo, o sistema se afastará para alto mar e a primeira semana de junho será de tempo mais estável em todo o sudeste. No entanto, o alerta continua, porque as temperaturas seguirão baixas.
No mercado físico, as cotações do café foram impulsionadas pela evolução internacional, mas os negócios seguem calmos, com produtores aguardando preços melhores. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon situaram-se em R$ 414,31/saca e a R$ 299,04/saca, com ganhos de 5,7% e 3,9%, respectivamente.
As análises são do Conselho Nacional do Café (CNC).