A última quarta-feira (17) foi de alta para os contratos futuros do café arábica na ICE, alcançando a máxima em quase uma década, impulsionados pelo aperto na oferta nos principais mercados consumidores.
O café arábica para março subiu 4,4%, para 2,3475 dólares por libra-peso, após tocar o pico de 2,3580 dólares, máxima desde janeiro de 2012. Operadores disseram que os atrasos nos embarques da América do Sul, bem como o clima adverso das safras na Colômbia e na Ásia, ajudaram a alimentar a alta nos preços.
“Altos custos de frete e atrasos nos embarques da América do Sul para a Ásia estão contribuindo para os preços do café”, explicou o gerente de ativos WisdomTree em relatório, acrescentando que as chuvas excessivas causadas pelo La Niña também prejudicaram a produtividade da Colômbia, segundo maior produtor do mundo de café arábica. O café canéfora para janeiro subiu 0,7%, para 2.256 dólares a tonelada.
Já na manhã desta sexta-feira (19) o pregão do mercado futuro do café arábica iniciou com variações técnicas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
O mercado cafeeiro segue de olho nas condições do Brasil para 2022 e a preocupação com a oferta mais restrita aumenta a cada dia. "As fortes oscilações no dia a dia em NY continuam espelhando interesses de curto prazo de operadores e especuladores. A rolagem dos contratos em NY leva a oscilações ainda mais agudas", destaca a última análise do Escritório Carvalhaes.
Por volta das 08h54 (horário de Brasília), março/2022 tinha queda de 10 pontos, valendo 229,05 cents/lbp; maio/2022 tinha baixa de 10 pontos, valendo 229,30 cents/lbp; julho/2022 tinha alta de 5 pontos, valendo 229,35 cents/lbp; e setembro/2022 tinha alta de 10 pontos, valendo 229,30 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o canéfora abriu o dia com altas técnicas. Janeiro/2022 tinha alta de US$ 17 por tonelada, valendo US$ 2229; março/2022 tinha alta de US$ 13 por tonelada, cotado a US$ 2180; maio/2022 tinha alta de US$ 11 por tonelada, valendo US$ 2153; e julho/2022 tinha alta de US$ 11 por tonelada, valendo US$ 2148.
As informações são da Reuters e Notícias Agrícolas.