A semana foi de recuperação para os preços internacionais do café até a última quarta-feira (5), quando os valores baixaram, ocorrendo um saldo negativo nos mercados.
Analistas indicam que a forte baixa da quarta-feira, superior a 6%, foi puxada por um expressivo movimento de vendas de posições por parte dos fundos de investimento após os ganhos ocorridos. As perdas, contudo, foram aliviadas por compras de oportunidade na quinta-feira.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento julho do contrato "C" encerrou o pregão a US$ 1,0205 por libra-peso, acumulando desvalorização de 170 pontos. Na ICE Futures Europe, o contrato com vencimento em julho/2019 do café robusta caiu US$ 47, negociado a US$ 1.431 por tonelada.
A queda do dólar em relação ao real contribuiu para a recuperação do café após a queda na quarta-feira. No Brasil, o câmbio acompanhou a tendência internacional, com a valorização do euro e da libra sendo estimulada pelos sinais do Banco Central Europeu de que um corte de juros poderá ocorrer, mas não de imediato. Ontem (6), a moeda norte-americana fechou a R$ 3,8826, acumulando recuo de 1,1%.
Em relação ao clima, a chegada do frio no cinturão produtor cafeeiro pode favorecer a sustentação do preço. Segundo a Somar Meteorologia, uma massa de ar seco deve atuar em quase toda a região sudeste nesse fim de semana, mantendo as temperaturas baixas. O serviço meteorológico informa que há possibilidade de geada na Serra da Mantiqueira, no trecho entre os municípios de Maria da Fé (MG) e Itatiaia (RJ).
No mercado físico, os preços acompanharam a movimentação internacional e também reduziram as perdas com a recuperação de ontem. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a retração dos agentes mantém os negócios calmos. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 413,84/saca e a R$ 295,21/saca, respectivamente, com perdas de 0,95% e 1,4%.
As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).