O balanço semanal do Conselho Nacional do Café (CNC) afirma que os contratos futuros do café foram desvalorizados nos mercados internacionais, à medida que os fundos de investimento seguem apostando em queda nas cotações e ampliam seu saldo vendido, em meio a um cenário de oferta satisfatória e de desaquecimento do consumo no Hemisfério Norte nesta época do ano, devido às férias de verão.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro/2019 do contrato "C" acumulou perdas de 250 pontos, encerrando a sessão de ontem a US$ 0,9725 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento setembro/2019 do café robusta finalizou o pregão a US$ 1.307 por tonelada, com recuo de US$ 37.
O dólar comercial se valorizou no período, acompanhando o movimento externo. A divisa ganhou força em relação às moedas de países emergentes ligados a commodities após declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou a imposição de tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões de produtos chineses. No fechamento, o dólar foi cotado a R$ 3,8475 (+2%), maior patamar desde 2 de julho.
Sobre o clima, a Somar Meteorologia alerta que haverá mudanças sobre o cinturão cafeeiro do Brasil. O serviço informa que ocorrerá queda da temperatura na região sudeste, devido à atuação de uma massa de ar polar que avança depois da passagem do sistema frontal. O frio começará a perder força a partir de segunda-feira.
No Brasil, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta que as cotações acompanharam o movimento internacional, fato que limitou a realização de negócios. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta ficaram em R$ 400,70/saca e a R$ 271,81/saca, com desvalorizações de 1,3% e 0,8%, respectivamente.
As informações são do CNC.