Ao longo da semana, os contratos futuros do café avançaram nos mercados internacionais por conta das previsões climáticas para as regiões produtoras brasileiras, que podem sofrer com a geada de amanhã (6).
O dólar comercial também forneceu suporte, recuando abaixo de R$ 3,80 na comparação com o real diante da aprovação do texto-base da Reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara. A moeda norte-americana encerrou o pregão do dia 4 de julho a R$ 3,7993, acumulando perda semanal de 1,1%.
Sobre a Reforma da Previdência, após atuação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), apoiada pelo Instituto Pensar Agro (IPA), do qual o Conselho Nacional do Café (CNC) é parte, a versão final do relatório da PEC 6/2019, aprovada na Comissão Especial, manteve as isenções das contribuições sociais sobre as exportações agropecuárias, dispostas na Emenda Constitucional n° 33, de 2001.
"Essa conquista está em linha com a atuação do CNC, que constantemente tem defendido, em Brasília (DF), que não podemos exportar tributos. Continuaremos atentos à tramitação da reforma da Previdência, matéria muito importante para o futuro do Brasil, que ainda precisará ser votada em dois turnos nos plenários da Câmara dos Deputados e no Senado Federal", analisa o presidente da entidade, Silas Brasileiro.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro/2019 do contrato "C" acumulou ganhos de 695 pontos na semana, fechando a sessão do último dia 4 a US$ 1,1365 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento setembro do café robusta fechou a US$ 1.474 por tonelada, avançando US$ 44 no acumulado semanal.
Em relação ao clima nas regiões produtoras brasileiras, a Somar Meteorologia prevê instabilidades com a frente fria. Amanhã, o tempo fica firme na maior parte do estado de São Paulo e Minas Gerais, com previsão de geadas entre o oeste e o centro paulista. No domingo, há condição para formação de geadas amplas no interior de São Paulo, sul de Minas Gerais e Triângulo Mineiro. O serviço meteorológico também informa que diversas cidades podem registrar suas manhãs e tardes mais frias do ano.
No mercado físico, os preços acompanharam o desempenho internacional e evoluíram no acumulado da semana. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) estiveram em R$ 451,45/saca e a R$ 295,06/saca, respectivamente, com altas de 3,9% e 0,3%.
No que se refere à liquidez, os pesquisadores do Cepea comentam que a alta possibilitou o fechamento de negócios no noroeste do Paraná e no sul de Minas Gerais e Cerrado Mineiro, tanto no spot quanto no mercado futuro. Entretanto, parte dos produtores permaneceu retraída, à espera de melhores estimativas sobre o clima no fim de semana.
As informações são do CNC.