A irrigação com consciência foi tema de debates na Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura (Fenicafé), em Araguari (MG). O presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), Cláudio Morales, disse que problemas políticos e econômicos, variações climáticas, instabilidade de preços e falta de água são alguns dos impasses para a produção de café.
Morales ressaltou que a água é e sempre será o mais importante insumo para a produção de café e qualquer outra cultura. “Precisamos produzir e ter qualidade, mas precisamos estar seguros de que os processos sejam realizados com propriedade, respeito e de forma consciente”, disse.
O presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis, destacou a redução do consumo de água na irrigação das lavouras com o uso de tecnologias sustentáveis por cafeicultores do cerrado de Minas Gerais.
Segundo ele, no início, eram gastos na irrigação três mil litros para cada hectare cultivado com café. Hoje, o consumo oscila entre 800 a mil litros. “Isso é racionalização do uso da água, isso é tecnologia, isso é sustentabilidade”, enfatizou Assis.
Promovida pela ACA, a 23ª edição da Fenicafé reuniu especialistas, estudantes e produtores de café de todo o país. O evento tem contribuído para o crescente cultivo da cafeicultura irrigada no Brasil.