A semana de 11 a 15 de julho encerrou com o mercado futuro do café arábica em queda nos preços na Bolsa de Nova York (ICE Future US), o que não ocorria há 9 meses. O clima favorável à colheita, a aversão ao risco no ambiente externo e os fatores técnicos explicam a queda acentuada.
A desvalorização do vencimento mais líquido, setembro/2022, foi de 5,81% (1.205 pontos) fechando a quinta-feira (14) a 195,30 centavos de dólar por libra-peso, representando uma queda semanal de 2515 pontos. O canéfora (robusta), na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), fechou a quinta-feira em queda semanal de US$ 51,00, a US$ 1930,00 por tonelada.
No dia 14 de julho, o dólar à vista subiu. A moeda fechou cotada a R$ 5,4333, representando 0,51% de alta com relação ao dia anterior. Na semana houve valorização de 3,15%. Os especialistas apontam que uma possível recessão global, com a alta inflação nos Estados Unidos e os novos surtos de Covid-19 na China, pressionam a moeda americana.
No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informaram que as cotações domésticas dos cafés arábica e canéfora apresentaram queda no dia 14, refletindo a pressão do mercado internacional. Os indicadores calculados pela instituição situaram-se em R$ 1.239,04 por saca (arábica) e R$ 711,28 por saca (canéfora), com variação semanal de -8,14% e +0,74%, respectivamente.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que mesmo não havendo indicativo de geadas nas áreas produtoras de café, a nova frente fria derrubará as temperaturas nesta segunda quinzena de julho.
As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).